something great; larry

the script was written and i couldn't change a thing.

Ao chegar à sua casa, Louis chegou sorrindo ao se lembrar dos acontecimentos do dia. Flertar com um rapaz via janela do ônibus? Essa era novidade pra ele. Afinal, ele tinha vinte e um anos ou dezessete de novo?

Riu ao pensar no que o garoto pensaria dele, e pelo menos não o veria de novo para lembrar-se do mico.

Mas em todo caso, ele não ligaria de lembrar-se do mico se isso envolvesse encontrar o rapaz dos olhos verdes e das covinhas outra vez.

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Louis mal sabia que a partir daquele dia havia começado uma nova rotina em sua vida.

Todas as noites os dois rapazes se "comunicariam" pela janela do ônibus, sendo por gestos ou às vezes por medidas drásticas como escrever em algum papel e colocar na janela para o outro ler (Louis se perguntava em qual momento imaginava que deixaria sua vida ficar parecida com um clipe da Taylor Swift).

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Louis queria conhecer o garoto, --Harry, ele mesmo contara seu nome em uma das folhas que levantou para a janela-- mas parecia que tudo conspirava contra sua vontade, e que a coragem lhe faltava, afinal ele nem sabia se o rapaz gostaria de falar com ele além dessa brincadeira de conversar "à distância" e também não sabia se o garoto se interessava nele do mesmo jeito que ele estava interessado no mais jovem. Sim, mais jovem, Louis descobrira também que o moço tinha dezenove anos de idade.

Era estranha a maneira como mesmo sem terem trocado nenhuma palavra os dois se davam bem apenas rindo e tentando comunicar-se por gestos e papeis.

A questão era que Louis estava interessado em ter uma amizade "real" com o rapaz. Na verdade, se fosse possível, queria algo mais do que uma amizade até, mas sobre isso pensaria com calma, pois nem sabia ainda se o garoto tinha a mesma orientação que ele.

Um dia, porém, a coragem que faltava, chegou --Louis tinha vinte e um anos, pelo amor de Deus!, e então o rapaz decidiu que conversaria com Harry para que tentassem se tornar amigos de verdade, sem ser apenas por sinais e escritas em cadernos.

Mas, como a sorte sempre parecia estar contra Louis, no dia em que ele estava decidido a falar com Harry, o ônibus que ia da sua universidade até o terminal se atrasara porque havia estragado, fazendo com que ele tivesse que esperar muito mais do que o normal e aguardar enquanto mandavam outro veículo.

Justo no dia em que ele havia preparado todo um discurso pra falar com o outro garoto --e colocado uma de suas melhores roupas, mas isso não vinha ao caso, isso acontece!

Além do fato de que ele não veria Harry, era bem provável que teria que pegar um ônibus diferente do que o de costume, já que esse ônibus de sempre demorava um bom tempo para voltar, uma vez que ele perdesse. Teria que pegar o veículo que dava mais voltas e o deixava mais distante de casa do que o ônibus com que ia embora todas as noites.

Chegando ao terminal, Louis viu ambos os lados vazios, seu lado e o lado onde o ônibus de Harry ficava, e então bufou, pois realmente não era seu dia de sorte.

O ônibus que deveria pegar já estava do outro lado do terminal, então ele decidiu apressar-se para pegá-lo antes que perdesse esse também.

Ao andar até o veículo, começou a digitar uma rápida mensagem para seu colega de quarto, Zayn, avisando que chegaria mais tarde porque havia perdido o ônibus certo. Olhou para a placa que dizia qual era a vila do ônibus e entrou. Estava tão distraído com seu celular que quando se sentou em um dos bancos, demorou a reparar que havia sentado ao lado de Harry.