Bônus Valentina Parte 1

41 6 1
                                    

Você já parou para pensar o que as pessoas pensam quando olham para você? Muitas vezes me pego pensando o que pensam de mim? Tipo "Olha como ela é linda", " Nossa que vadia, fica cada dia com um", "Olha como ela é uma boa amiga" ou " Olha que ótaria, apaixonada por um cara que gosta da melhor amiga". Mas o que não paramos para pensar é que os nossos piores críticos somos nós mesmos que acabamos nos auto criticando, e muitas vezes colocando nossa auto estima para baixo.

Eu sou uma dessas pessoas que não liga para o que os outros pensam de mim, pois eu mesma me auto censuro, me recrimino pela forma que transpareço ser, sendo que sei que não sou assim, não sou aquela garota baladeira que curti sair para beber e pegar geral, eu só adotei esse modo de vida na ilusão de que se eu fosse o oposto da minha melhor amiga os outros não pensariam que eu estava tentando competir com ela. Eu sei é confuso até mesmo para mim.

Minha vida sempre esteve entrelaçada com a da Lillian minha melhor amiga desde sempre. Nós sempre contamos tudo uma pra outra, ela nunca teve segredos de mim e eu também conto tudo para ela, ou quase tudo. Será que omitir é considerado mentira? bom eu não sei mas a uns anos atrás deixei de contar algo há ela que me atormenta até hoje. Não contei que estava apaixonada pelo mesmo cara que ela na época, Taylor Fox, Taylor sempre esteve por perto afinal era vizinho da Lillian, nós crescemos juntos é pouca a diferença de idade entre nós ele é 4 anos mais velho que a Lilli e eu sou 1 ano mais velha que ela. Há diferença de idade nunca foi um problema entre nós mesmo Tay sendo mais velho ele nunca se importou de brincar com a gente.

Mas a infância passou, a adolescência chegou junto com os hormônios e foi ai que as coisas mudaram. Me lembro até hoje quando foi a primeira vez que olhei para ele de forma diferente. Eu sempre fui mais digamos pra frente que as meninas da minha idade, quando tinha 13 anos ao sair da escola me encontrei com Taylor que sempre esperava a mim e a Lillian para nos acompanhar até em casa ele sempre foi muito protetor conosco, mas nesse dia a Lilli não tinha ido estava doente, então sobrou só nós dois. Quando cheguei ao portão da escola ele estava lá e com uma flor na mão, mais não qualquer flor, era uma rosa cor de rosa a minha preferida, ele disse que a viu e lembrou que eu gostava e trouxe para mim.

Naquele dia meu coração bateu um compasso diferente, ele batia rápido e minhas mãos ficaram suadas. A partir daí eu comecei a prestar mais atenção nele, aprendi sobre seus gostos, sua cor favorita, quais músicas ele mais gostava, reparava em tudo. Mas sendo muito nova não entendia o que eu estava sentindo, foi ai que comecei a omitir coisas da minha melhor amiga, não contei sobre a flor, não disse sobre os sentimentos que começavam a entrar em meu coração, esse foi meu maior erro.

Não é atoa que dizem se você deixa para resolver uma coisa simples depois isso se transforma em uma bola de neve que só vai acarretando em outras coisas simples que apareceram no caminho até chegar ao ponto de você ser atropelado por todas elas de uma vez.

É o que eu estou passando agora, depois de pensar que minha melhor amiga tinha morrido em um acidente de avião, ela aparece três meses depois viva, namorando um deus grego que acabou me adotando como sua irmã, e grávida de gêmeos ainda por cima. Não que eu ache ruim longe disso afinal eu amo ela como uma irmã que nunca tive ela era a família que eu não tinha, eu tinha uma mãe e um pai era o que eu pensava pelo menos até meus 12 anos quando meu pai faleceu e minha mãe mudou totalmente a forma de me tratar. Uma das frases que ela sempre dizia era " que garota burra mas pelo menos é bonita", ela nunca viu nenhum potencial em mim, para ela eu só teria sorte na vida se usasse a "minha beleza" e arrumasse um marido rico para me sustentar porque segundo ela eu não prestava para nada.

O único exemplo materno que tive depois que meu pai faleceu era a Dona Lolla mãe da Lilli que mesmo sendo sozinha me adotou como filha.

E agora estou aqui em frente ao homem que amo depois de uma das situações mais complicadas da minha vida. Tudo a minha volta parece se complicar mais, Taylor se declarou na cara dura que era apaixonado pela Lilli, acusou o Dan de ser um assassino e acabou apanhando feio por isso, e para piorar os dois bocas frouxas que eu amo dizem para ele que eu sou apaixonada por ele. Se eu achava que não podia piorar, pois é piorou ele ouviu minha conversa com o Dan, e agora estamos aqui os dois em um silêncio constrangedor.

- Isso tudo é verdade?

- Há que tudo você se refere?

- Valentina agora não é hora de você bancar a espertinha. Eu quero saber se é verdade que você é apaixonada por mim?

- Sim. É verdade.

- Desde quando?

- Acho que ja tem uns 12 anos.

- Você ta tá me dizendo que é apaixonada por mim desde que tinha 13 anos?

- Sim.

- Por que nunca disse nada? Por que nunca chegou em mim e disse o que sentia?

- Porque quando descobri que estava apaixonada eu era muito nova só tinha 14 anos, e depois eu tentei criar coragem várias vezes para falar com a Lilli para ela sei lá me ajudar, mas quando eu decidi falar já era tarde ela achava que estava apaixonada por você e eu prefiri guardar isso só para mim.

- E você não pensou que eu merecia saber? Que eu poderia gostar de você também?



Gente tem parte 2 e talvez uma parte 3. Então vamos ver no que vai dar?

A IlhaWhere stories live. Discover now