ALEC (O Marido de "BELLE")

...VIOLADO...

Mamãe e papai foram dormir. Mamãe me mandou ir dormir,  mas eu não consigo. Estou rolando na cama, o soninho não vem.

De repente, a porta se abre, mamãe sempre deixa ela fechada, já sou um menino grande. Não tenho medo do escuro. Olho para trás, é papai. Por que o papai está acordado? Ele sempre dorme cedo. Mamãe diz que ele dorme com as galinhas.

Papai entra e fecha a porta, ele tranca. Nunca usei a chave, mamãe diz que é para os adultos. Então, eu não posso mexer. Papai se vira pra mim, ele está sorrindo. Ele vem devagar até a minha cama, tirando o cinto.

Papai vai me bater?

Papai nunca me bateu... Nem mamãe. Sempre que faço alguma coisa errada, eu fico de castigo.

Por que papai vai me bater?

Eu não fiz nada. Ainda é o meu aniversário.

   - Você é um homem agora, não é? - Papai pergunta, ainda sorrindo.

Me sento na cama.

   - Sou sim, papai.

   - Quero que tire a roupa.

   - Por quê, papai? Eu vou apanhar? Eu não fiz nada. É meu aniversário...

   - Apenas tire a roupa, Alec. Me obedeça.

Estou com medo, mas obedeço papai e tiro o meu pijama estampado com trenzinhos. Eu adoro trenzinhos.

   - Me dê. - Papai estende a mão, e sei que devo entregar o pijama pra ele. - Agora, deite de bruços na cama.

   - Por quê, papai?

   - Porque eu estou mandando, Alec. Vamos logo.

Ainda com medo, deito na cama. Depois, papai senta sobre mim e usa o cinto para prender as minhas mãos nas grades da cama.

O que papai está fazendo?

   - Quero que fiquei quietinho agora, Alec. - Papai sussurra no meu ouvido e usa a minha calça do pijama para tapar a minha boca.

Não posso mais falar. Tento me mexer na cama, mas papai é pesado demais. De repente, papai coloca alguma coisa nos meus olhos, acho que é a minha camisa do pijama. Também não posso mais ver nada.

O que papai está... De repente, não estou mais com a cueca.

Por que papai tirou a minha cueca?

Estou com medo.

Não!

Sou um menino grande, não posso chorar. Não posso ficar com medo...

De repente, sinto uma dor enorme. Tento gritar, mas o pano em minha boca não deixa. Tem alguma coisa entrando em mim, uma coisa grande. E isso dói. Tá doendo.

   - Você é um homem agora.

Ouço papai sussurrar.

Tento me mexer, mas papai é pesado demais...

Tá doendo muito...

Eu quero chorar... Mas não vou... Sou um menino grande... Não posso chorar.