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- Pedro... - sussurro meio nervosa

- Sai daqui! - ele gritou

- Me deixa te ajudar, para de quebrar tudo - falei me aproximando

- Sai! - ele me empurrou contra a parede e eu bati minhas costas com tudo

Meus olhos se encheram de lágrimas e ele me encarou meio assustado depois que eu o olhei com medo

- Desculpa, desculpa... - ele sussurou colocando as mãos na cabeça e se jogando no chão

Chorou como uma criança desesperada

- Eu sou um idiota, eu sei eu sei! - ele gritou desesperado

- Tudo bem...- me sentei ao seu lado e abracei seus braços - Não Pedro, você não é um idiota... - falei e ele continuou a chorar - As vezes você é mas... - sorri - É o idiota que eu gosto entende? - sorri e abracei ele mais forte

- Não deixa eu me tornar um idiota... - ele chorou me olhando nos olhos

Sorri

- Não vou deixar - abracei ele apertado

Eu nunca havia visto ele tão vulnerável, eu nunca imaginei que ele pudesse ficar tão vulnerável

Pra mim ele sempre foi um cara Bruto e sem sentimentos, pra mim ele nunca demostraria o quão sensível ele era pra alguém

E olha só onde eu estou hoje, abraçando esse brutamontes pra ele parar de chorar porque ele se sente culpado

Talvez ele esteja drogado, talvez ele não consiga se controlar diante disso tudo, talvez ele use a força que tem pra descontar a raiva, pelo menos ele não saiu por aí matando todo mundo.

**

Depois daquilo ele subiu pro quarto calado e ficou por lá, liguei pro Mb e mandei ele chamar uns vapor pra vir arrumar as coisas que ele tinha quebrado

Logo eles trouxeram novos móveis e arrumaram toda a bagunça, me sentei na mesa da cozinha e respirei fundo

Já eram quase 15:30, depois que os vapores foram embora eu já tava morrendo de fome, procurei umas coisas no armário e fiz macarrão, frango, arroz e uma salada

- O demônio do meu irmão tá aqui? - Jh colocou a cara na porta olhando tudo em volta

Revirei os olhos

- Entra enjoado! - falei e ele riu entrando

- Como ele tá? - perguntou

- Ele quebrou tudo, chorou, se xingou e depois foi deitar - expliquei

- Não é um dia legal pra ele - me olhou sentando na mesa

- Nunca imaginei que veria ele assim... - falei

- Ele não é de se descontrolar assim... - explicou

- Sei que não - falei e ele sorriu - Quer comer alguma coisa? - perguntei e ele sorriu

- Falou a minha língua, tem o que ai? - perguntou me olhando

- Macarrão, frango, arroz e salada - respondi

- Tô na maior larica, faz meu prato aí - falou passando a mão na barriga

Fiz um prato caprichado, passei por ele e sentei na mesa

- Iiih qual foi? - me olhou sem entender

- Se levanta e vai por o teu, tá me achando com cara de empregada? - perguntei e ele fez careta

- Com essa aí não tem brincadeira João! - ouvi e encarei ph que descia as escadas sem camisa

Ele passou por mim e beijou minha cabeça se sentando ao meu lado na mesa

- Você é mó chata! - Jh riu e se levantou pegando um prato

- Vai lavar as mãos, podre, acabou de chegar da rua - briguei e ele riu

- Em vez de uma mulher tu arrumou uma mãe Pedro, se liga em?! - ele brincou colocando o prato na pia e lavando a mão

- Eu só chata só com você - falei

- Comigo também - ph falou alisando minha perna

- Eu sou um doce de pessoa, vocês que não enchergam esse meu lado - falei e jh gargalhou, ph só deu um sorrisinho - Quer? - perguntei pegando um pedaço do frango e apontando pra ele

- Não, to sem fome - falou

- Tem que comer - falei colocando o frango na boca

- Não tô legal - falou fechando a cara e deitando a cabeça em meu ombro, já que nossas cadeiras estavam bem perto

- Tadinho do meu bichinho...- fiz careta e ele riu junto com Jh

- Credo já estão assim? - jh fez careta e eu ri

Naipe de Patroa Onde as histórias ganham vida. Descobre agora