Descoberta sombria - @JonasZairVendrame

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Nada nessa vida pode nos assolar mais do que a morte! Talvez a coisa mais temida da humanidade

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Nada nessa vida pode nos assolar mais do que a morte! Talvez a coisa mais temida da humanidade. Não podemos controla-la, nem a prever. Ela sempre chega de forma sorrateira e inesperada.

Pior que encontrar com ela, é lidar com ela, quando esse ser impiedoso leva alguém que amamos.

Eu já havia deixado a casa de minha mãe há alguns anos. O pior de tudo que estávamos brigados, nunca mais nos falamos apesar de suas tentativas de me encontrar. Eu estava muito chateado na época, eu só queria que me contasse a verdade, mas ela sempre se recusou a contar quem era meu pai. Nunca soube até que um acontecimento terrível viesse em meu conhecimento.

Eu morava em uma cidade vizinha, era próximo de meu município natal, mas minha mãe não sabia. Mesmo não nos falando eu mandava dinheiro para ela diretamente em sua conta bancaria. Tinha zelo por seu bem-estar afinal.

Lá estava eu de volta àquela velha casa que tanto me traziam lembranças e muitos sentimentos distintos.

Foi minha avó quem me ligou para avisar do falecimento de minha mãe.

A relação das duas não era muito boa. Minha avó só a encontrou morta porque passou em sua casa para discutir como sempre faziam quando ainda morava ali. Minha avó também não tinha grande afeto por mim. Ela sempre recriminava a própria filha por ter me concebido de uma forma fora dos padrões da igreja.

Eu havia chego antes sequer da polícia no local. Minha avó apesar de parecer triste estava apenas com a cabeça baixa, sentada no sofá da sala de estar parecendo ter morrido também, mas não parecia chorar.

— Ela está lá em sua própria cama – Disse ela com uma voz pouco amigável em minha direção.

Sem dizer nada a ela subi a velha escada de madeira, que rangia a cada pisada minha.

A porta rosa de seu quarto estava semiaberta, apenas empurrei levemente, assim logo me foi revelado diante os olhos aquela cena terrível de terror.

Minha mãe estava de costas em cima da cama, seu corpo estava completamente ensanguentado juntamente da cama e o chão. Ela estava vestida, isso de certa forma me deixou aliviado, pois não parecia ter sofrido violência sexual. Mas não pude deixar de perceber o grande buraco na região central de seu peito. Quem que tivesse feito aquilo não se incomodou de remover seu coração através da camisola.

Não havia sinais de arrombamento, nem sequer luta corporal. Claro que deixaria para a polícia determinar melhor isso.

Eu estava triste, eu senti sua morte. Mas não estar extremamente abalado era o que me assustava. Era uma cena macabra de filme de terror, mas era como se algo bloqueasse meus sentimentos.

— Eu sabia que um dia tudo terminaria assim!

Olhei assustado para porta e lá estava minha vó com uma aparência terrível. Ela era um pouco acima do peso, nunca passava uma maquiagem no rosto para disfarçar as olheiras, e andava com o cabelo sempre amarrado em um coque. Sempre usava um casaco marrom e uma saia comprida. Mesmo que não a visse durante anos seu velho jeito ainda era o mesmo.

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