Segunda Chance - @JAPereira

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  Havia muito barulho sobre o quarto, porém não se sabia ao certo de onde ele vinha

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  Havia muito barulho sobre o quarto, porém não se sabia ao certo de onde ele vinha. Agoniado pelo que parecia ser uma música, o rapaz hospedado no quarto 23 do hospital central se levanta, seguindo lentamente com seus pés descalços até um buraco em sua parede.

 "Que loucura é essa?" pensou ao notar que a música saía exatamente daquele buraco. Buraco que o mesmo acabara de por um de seus olhos.

 Desesperado por não saber de onde vinha aquela música mesmo que ela aparentasse sair daquele local e também por que não conseguia ver nada através daquele furo, o jovem começa a arrancar pedaços da parede. Será que só ele escutava aquilo, seria possível?

 Após ter quebrado gesso o suficiente para a passagem de um ser, o rapaz se surpreende por não encontrar nada além de um lugar branco e vazio, porém foi esse lugar branco e vazio que tragou todo o seu corpo para dentro de si.

 Com seus olhos arregalados o rapaz observa todo o local, e chocado tenta voltar pelo mesmo caminho, mas no lugar do buraco havia apenas uma parede muito bem reformada.

 "Meu quarto? Onde estou?" Acreditava ele ainda está no mesmo lugar.O que parecia ser seu quarto, na verdade era a entrada para um outro mundo.

 Um arrepio escandaloso e colossal se funde a sua espinha o fazendo virar-se com rapidez. Dando um grito que o faz pular para trás, o jovem recua tapando seus olhos.

 — O caminho é para lá. — disse uma das muitas almas presentes no local. 

Ele não era louco, era obvio que não se juntaria a elas, além do mais, um humano não atravessa paredes, mas se um humano não faz isso, qual é a explicação para a sua chegada ali? 

 Tomando coragem ele se aproxima pouco mais de dois passos da fila que os fantasmas faziam, ambos o ignoravam e seguiam atravessando uma parede especifica do cômodo.

 "Não me custa nada tentar." Pensou se colocando entre a fila. 

Seu momento estava chegando, seu coração batia forte sob o peito, e aquela corrente colossal se aproximava novamente de sua espinha. Era o momento, aquele era o seu momento.

 Assim que ele se preparava para fechar seus olhos e correr, alguém o toca e novamente ele sente a desconfortável sensação de está sendo sugado.

 "Uau." Foi a primeira coisa que passou diante de sua mente ao chegar no mundo atrás da parede.

 Era um deserto, um enorme e esplêndido deserto recheado de almas e fantasias.

 — Diga o seu nome meu querido fantasma — disse um rapaz baixo e barrigudo.

 "Fantasma?"

 — Jovem? — enquanto o garoto mexia suas pequenas mãos tentando dizer algumas coisas o rapaz barrigudo reparava bem e gargalhava. — Como assim você não é um fantasma? Você está no mundo dos mortos... Agora me diga, qual seu nome? 

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