Capítulo 85 : Fim Das Esperanças

291 30 22
                                    

Ambre chegou na sala , e via Nathaniel sentado, pensativo.  Ela via um olhar de angústia.

Ambre: “Ela vai vir falar com você.”  Fechou a porta.
Nathaniel: “Sério?” Mudando sua expressão.
Ambre: “Sim, só aguardar.. Quero ver vocês saindo dessa escola como namorados..”
Nathaniel: “Não é tão simples assim.”
Ambre: “Claro que não.. “
Nathaniel: “ Mas vou falar com ela sim.. “ Com olhar de decidido do que faria.
Ambre : “ Isso que se fala.” Feliz.  Ela disfarçou e pegou a chave em cima da mesa enquanto Nathaniel ficou de costas.  Ela pretendia trancar eles o dia inteiro caso não resolvesse nada. ( Quero ver meu irmão sendo macho.. ) Pensou.
Nathaniel: “O que foi? Está estranha.. Vai aprontar que eu sei.”  Ele conhecia bem a sua irmã.
Ambre: “Nada...” Nervosa.
Nathaniel: “Já sei.. A chave que estava em cima da mesa, você pegou.”
Ambre: “Euu..... Ah, tá bom. Queria trancar vocês.” Jogou a chave em cima da mesa.
Nathaniel: “ Não precisa disso , eu vou prender Alessa no diálogo.. “ Irritado.
Ambre: “Tá bom.”
Alessa: “Oi?” Bateu na porta mas acabou abrindo.
Ambre: “Alessa...” Sorriu.
Alessa: “ Bom , já fui lá.. E fui regularizada.” Ergueu as sobrancelhas.
Ambre: “Eu já volto , vou pro banheiro.”  Fingiu para poder sair de lá e deixar Nathaniel sozinho com Alessa.
Alessa: “Eu espero.” Olhou ela partindo.
Nathaniel: “Alessa.. Eu... Preciso falar com você. “ Se esforçando para dizer.
Alessa: “Pode falar.”  Nathaniel foi até Alessa, que se encostou seus quadris na mesa , e ele na sua frente.
Nathaniel : “ O que você tem com Lysandre?” Em um tom ciumento, com as mãos na cintura.
Alessa: “ Que isso?” Não gostando do tom.
Nathaniel: “Isso mesmo , Alessa.. Vai ficar de lenga lenga com ele?”  Em um tom nervoso.
Alessa: “ Eu... “ Não sabendo o que dizer.
Nathaniel : “O que , Alessa, me diz? “  Não querendo ouvir que ela estava com ele.
Alessa: “ Eu estou com.. Ele..” Empurrou as palavras para sair.  Ele não acreditava no que ouvia.
Nathaniel: “É isso mesmo? “ Com olhos vermelhos querendo chorar.
Alessa: “ Eu.... “ Não sabendo o que dizer. Estava se sentindo culpada , por fazer ele sofrer.   __”Por isso que era melhor eu ficar sozinha.. Estou te fazendo sofrer..”
Nathaniel: “ Realmente dói saber.. Que eu não farei você feliz.. “
Alessa: “ Deixa eu sair daqui, antes que eu faça você sofrer mais...” Abaixou a cabeça, se desviou de Nathaniel para sair.
Nathaniel: “Espere, Alessa.. “ Pegou em seu pulso. Alessa virou. __ “ Vamos tentar ser amigos, eu.. Respeito a sua escolha.. “ Abraçou-a forte , era o abraço da despedida daquela esperança que se foi ,  que morria aos poucos dentro dele.  Embora que fosse difícil, a melhor maneira seria essa.  Cultivar uma bela amizade.  Alessa ficou surpresa pelo abraço , que indicava que os dois estavam bem.  Acho que era esse o sentimento , o verdadeiro amor.. Uma amizade.. Toda confusão se acabava, Alessa via tudo as claras.. Apesar de ainda amar Castiel ,  ele não queria entregar o seu coração para quem não a ama..
Alessa: “ Quero que você seja feliz.. Pena que eu não posso fazer isso.. Mas te darei a minha amizade. “ Sorriu.
Nathaniel: “Eu também.. Amigos?” Pegou a mão de Alessa e beijou.
Alessa: “Claro.”  Os dois juntaram as mãos , e trocaram olhares com uma nova realidade. Nathaniel tentará esquecer esse episódio , mas nunca esquecerá do valor do amor que tem por Alessa, que ainda terá...
Nathaniel: “ Enfim nos acertamos..”
Alessa: “É..”  Sorriu. __”Bom, eu acho que vou embora com a minha tia, prefiro ir para a sessão de fisioterapia agora.”
Nathaniel: “Tudo bem..”
Alessa: “A minha tia foi pedir licença para eu sair para a  diretora. Não vai ter nada de importante, eu sei  os conteúdos das matérias que tenho hoje. ”
Nathaniel: “Tudo bem , já disse..  Espero que você melhore disso logo.. Quero ver você tocar de novo. Eu amo quando você toca.” Deixou Alessa sem graça.
Alessa: “Ah. E..Falando nisso , ensaio hoje a noite, tá bom?”
Nathaniel: “ Ah. Que bom que me avisou , obrigado. Nos veremos a noite então. ”
Alessa: “Sim.. Olha a minha tia.” Olhando pela janela de vidro da porta.
Nathaniel: “Vai lá , Alessa. Boa fisioterapia para você. “Sorriu.
Alessa: “Obrigada.” Parou , hesitava em sua escolha , mas acabou indo no impulso , foi até Nathaniel e deu um beijo na bochecha , deu um sorriso leve e saiu.  Encontrou com sua tia no corredor, e voltou para o pátio , onde se despediu dos seus amigos.. O ensaio foi lembrado , com horário marcado , ás 19:30.  Uma nova sessão de fisioterapia o esperava, com aquele belo rapaz.
O carro parava em frente ao consultório de Ian, a tia de Alessa deixou-a lá e combinaram de um horário para ela poder voltar para buscar.  Ian não esperava por essa vinda, estava fazendo nada , apenas mexendo no computador do escritório , pesquisando mais casos como o de Alessa.  Os resultados eram complicados, mais ainda tinha esperança de ajudá-la.  De repente Alessa bate na porta.
Ian: “Quem é?”
Alessa: “Sou eu , Alessa.”
Ian: “Pode entrar.” Se levantou da cadeira rapidamente, animado e surpreso. Uma bela visão ele tinha , ao ver Alessa abrindo aquela porta , com um sorriso discreto.
Alessa: “Oi , eu vim cedo.”
Ian: “Que bom que veio , até senti.. Sua falta.. “ Também estava sem-graça.
Alessa: “Mesmo?” Sem-graça.
Ian: “Sim.. Ainda você é minha única paciente,  e o que estou fazendo mais é analisando casos de uns pacientes do meu pai.. Bom , vamos começar?”
Alessa: “Claro.. “  Caminhando até o sofá.  O consultório de Ian era bem personalizado , moderno, com uma arquitetura totalmente inovada.
Ian: “Sente-se , fique a vontade, você sabe como é o processo.”
Alessa: “Tudo bem.”  Se sentou.  Ian pegou uma cadeira almofadada, com estilo cubismo.
Ian: “Bom, eu vou te dar objetos diferentes, o que você costuma pegar, eu até achei essa gaita, quando eu tinha 5 anos.. Você conseguiria pegar neles firmes?”  Olhando direto nos olhos dela.
Alessa: “ Não consigo ter firmeza..”
Ian: “ Mas vai ter.” Dava motivação , deu a gaita para Alessa.  __” Faz o usual , pegue ele como se você fosse tocar.”  Alessa tentava pegar a gaita do jeito certo , sua mão esquerda tremia,  pois estavam frágeis, e com receio de que doeria ainda mais.
Alessa: “ Eu estou tentando.”
Ian: “Não tenha medo, sua mão não vai explodir ou dar choque.”  Olhava para a mão dela  na torcida.
Alessa: “ Vou conseguir. “ Contou 3 segundos e sua mente, e com tudo , pegou na gaita e fez a posição certa para o uso.
Ian: “Isso. “ Sorriu.
Alessa: “ É , mais ainda é difícil , parece que ele quer soltar.” Observando sua própria mão.
Ian: “É normal. Agora , ah... Uma ideia melhor. Fazer os movimentos com os dedos. Finge que você está digitando.”  Ele demonstrava para a Alessa fazer o mesmo, via a dedicação e mais confiança de Alessa, que era um grande passo para a recuperação.  Os avanços foram lentos naquela sessão , mas depois de uma hora, entre conversas e muita dedicação,  a concentração e a vontade de ter a sua vida de volta.

Uma Doce Rebelde - Amor DoceWhere stories live. Discover now