day seven

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E mais um dia que eu estava sentado naquela cadeira de couro em meu escritório daquele maldito prédio. Eu não estou aguentando mais. Tomei um gole de café enquanto observava os papéis em minha frente. Papéis e mais papéis, e só isso que meu pai sabe me trazer.

Ouvi meu celular vibrar sobre a mesa me tirando a atenção dos papéis  aborrecentes à minha frente. Ele vibrou mais uma vez, larguei a xícara sobre a mesa com uma distância boa dos papéis para não correr nenhum risco e peguei o aparelho. Meu sorriso apareceu ao eu ver o nome que brilhava na tela.

Hoseok:
Olá
O que está fazendo agora, Kim?

Me:
Oi, Jung!
Bem, como sempre estou
na empresa.

Hoseok:
Oh, sim.

Me:
Ei, você está me mandando
mensagens enquanto está
na aula?

Hoseok:
Talvez.

Me:
Rebelde você.

Hoseok:
Essa aula está tão chata!
Eu precisava falar com
você mesmo.

Me:
A gente pega trem juntos.
Poderia falar depois.

Hoseok:
Está me evitando, Kim?

Me:
Não é nada disso hyung.

Hoseok:
Eu sei hihi

Me:
Você é dramático, isso sim.
Enfim, o que ia me dizer?

Hoseok:
Quero te convidar para ir
a uma festa comigo.

Minha garganta secou ao ler a mensagem, eu não gostava de festas, passei a não gostar após minha primeira vez em uma festa, foi uma experiencia horrivel e desde aquilo eu nunca mais fui em uma. Seria uma experiencia boa desta vez?

Me:
Eu não sei hyung...

Hoseok:
Ah, vamos! Por favor,
por mim TaeTae!

Sorri olhando para a tela e relendo a mensagem, eu estava aflito nesse momento, mas ao ver o apelido que ele me deu, esqueço tudo.

Me:
Mas por que eu?
Você deve ter milhares de
outros amigos.

Hoseok:
Esquece os outros, eu que decidi
convidar você, não eles.

Me:
...

Hoseok:
CARALHO O PROFESSOR
QUASE VIU MEU CELULAR
Desculpa me exaltei.
Então, o que me diz, Kim?

- Mechendo no celular sendo que você devia estar dando uma olhada nos papéis, Taehyung? - Ouvi a voz do meu pai que entrava no meu escritório. Praticamente joguei meu celular encima da mesa dura de madeida enquanto eu passava as mãos pelos cabelos.

- Por que você não contrata outras pessoas para fazer isso? Eu não consigo dar conta sozinho! - Confessei em um tom baixo, batendo fraco meu punho sobre a mesa.

- Já conversamos sobre isso, só confío em meu próprio filho, e outra coisa, você sempre deu conta de tudo, não vai ser agora que não vai conseguir mais. - Ele respondeu em um tom irritado e saiu da sala batendo forte a porta.

Com os meus cotovelos na mesa de madeira, afundei meu rosto em minhas mãos, respirei um momento contra elas, tentando me acalmar. Eu não posso perder a cabeça agora, estava indo tudo tão bem. Eu preciso esquecer um pouco isso, esfriar a cabeça, viver mais como um garoto da minha idade viveria, e não enfurnado dentro de um escritório. Não pensei duas vezes e peguei o celular de volta da mesa.

Me:
Eu vou com você, Jung.

Smiling boy → kth + jhsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora