1 capítulo

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P.o.v Ana

3 meses depois

   A três meses atrás eu estava em um maldito palco, sendo humilhada por um maldito garoto, o qual não sai de minha mente e agora também não sai de meu corpo. Eu carregava uma filha dele, uma menina que não tem culpa alguma do pai que tem, uma menina que não irá conhecer o pai assim tão cedo. Eu sei que não posso a privar de o conhecer, mas eu não estou preparada para encarar aquelas íris azuis, as quais não saem de minha cabeça em um minuto sequer. Eu ainda o amava, e eu me achava uma completa estranha por isso, ele simplesmente falou que só me queria para transar e eu ainda o amo ? O que eu tenho ? Além de uma filha, é claro.

   Nos últimos meses eu venho descobrindo tantas coisas, e nenhuma consegue sequer ser boa, o que eu fiz de tão errado para merecer isso ?. Minha mãe decidiu se fazer presente em minha vida, ela diz que eu não tive maturidade nem para cuidar de mim mesma imagine só cuidar de uma criança, e ela estava certa, eu não tinha maturidade para cuidar dessa criança, mas eu sei que ela vai me ajudar a passar por tudo isso durante tanto tempo, ela só estava ali para ver se eu estouraria o cartão de crédito da mesma comprando coisas para minha filha.

   Ele espalhou por ai que tinha me pegado o traindo com um cara qualquer e que ainda me amava mas não queria ser corno, eu não entendi por que ele estava fazendo tudo aquilo. Eu mal conseguia me ver longe dele, imagine só trair ele. Ele estava jogando baixo comigo, como sempre foi, e sempre será.

   --Querida ?-- escuto a voz de minha mãe a qual me faz sair de meus devaneios.

   --Oi ?-- pergunto tentando acalmar meu coração e logo coloco meus cabelos para trás.

   --Acha que deveríamos colocar o quarto dela de que cor ?-- minha mãe me pergunta enquanto segurava uma madeira cor de rosa pastel em uma mão e na outra uma cor creme também pastel.

   --Gostei mais do creme-- falo passando a mão em minha barriga.

   Não estava tão grande mas era perceptível para os olhos, e bom, eu evitava ao máximo sair de casa, já que com a minha volta para Los Angeles o medo de o encontrar nas ruas da cidade me faziam ficar um tanto quanto apavorada, ele não era um monstro mas para mim ele era um pouco mais que isso, e mesmo assim eu o amava, Deus me abençoe.

   --Eu gostei mais do rosa-- Maggie fala entediada me fazendo revirar os olhos, com os hormônios da gravidez minha vontade de a matar aumentava bastante.

   --A filha é minha e não sua-- falo simples --Eu quero o creme-- digo para o atendente e ele logo sai com aquela madeira para seja la onde.

   --O que você acha que Hayes vai fazer quando ficar sabendo ?-- Maggie pergunta me fazendo ficar mais que irritada.

   --Eu já te mandei parar de tocar no nome dele-- falo quase em forma de grito fazendo a garota se assustar.

   --Ele pode até ser um filho da puta, mas ele tem que saber desse filho Ana-- minha mãe fala me fazendo revirar os olhos.

   --A filha é minha e não de vocês, parem de querer decidir a vida dela-- falo brava fazendo Maggie rir.

   --Você está fazendo a mesma coisa querendo a privar de conhecer ele-- diz a garota indiferente.

   --Maggie sai da minha frente antes que eu arranque todos esses cabelos seus-- falo irritada e logo sinto minha cabeça doer, essa gravidez anda me trazendo mais dor de cabeça que qualquer coisa nesse mundo.

   Minha mãe estava decidida a me fazer contar para ele antes que eu entrasse pelo o menos em trabalho de parto, mas eu não queria o ver, mesmo que eu ainda tenha seis meses para me preparar para isso, eu não quero, não quero olhar em seus olhos e lembrar de todas as vezes que ele disse que me amava e que não conseguia viver sem mim, eu não queria lembrar das últimas palavras dele para mim.

   Eu fui mesmo tão idiota ao ponto de pensar que ele correria atrás de mim ? Eu queria mesmo isso ? A que ponto eu cheguei ?.

   Minha filha não precisa de um pai para ser feliz, e por mais que isso venha ser egoísmo de minha parte, eu só quero o melhor para minha filha, eu não quero que ela se decepcione com o pai que tem, eu só queria que tudo isso não tivesse acontecido.

   Eu não pedi tanto Deus, eu so queria que ele estivesse aqui quando eu fiz o teste, so queria ele aqui para ver pela primeira vez nossa filha, so queria ele aqui para ver seus olhos lacrimejados quando ouvisse as batidas do coração da nossa pequena, eu so queria ele aqui para me ajudar a passar pelos enjoos, merda Ana.

   --Você falou com alguma de suas amigas ?-- minha mãe fala chegando ao meu lado do nada e logo eu me apresso para limpar as lágrimas que insistiram em cair.

   --Elas não são minhas amigas mãe, pensei que já tinha superado isso-- falo dura sem a olhar.

   --Elas não tem culpa das coisas querida-- minha mãe fala me fazendo quase vomitar ali mesmo, eu sentia nojo de todos eles.

   --Mãe, entenda uma coisa. Todos eles sabiam o que Hayes Grier queria comigo, todos eles sabiam que aquele idiota não me amava e não me queria para nada, que eu não passava de uma foda de graça para ele, todos eles sabiam mãe, e nenhum sequer me disse nada, nenhum sequer o impediu. Mãe, eu os odeio tanto que você não conseguiria me entender, eu odeio Hayes Grier mais do que ja odiei qualquer outra pessoa, e eu me odeio por ainda amar ele e ainda ter esperanças de que ele seja um bom pai para a minha filha. E se você quer mesmo me ajudar, é melhor ir comprar coisas para sua neta e fingir ser uma avó que vai mesmo cuidar de sua neta, você não cuidou nem da filha e agora quer cuidar da neta, faça me rir mãe e por favor me deixe em paz uma vez na vida-- era o ponto final, eu ja não aguentava guardar tudo para mim, eu falei o seu nome mas não senti nada além de nojo, Hayes Grier me dava nojo, todos eles me davam nojo. Eu os odiava e se dependesse de mim, nenhum deles saberia sobre minha filha.


Messages ² || Hayes Grier Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz