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44 | Aquele com o Melhor Encontro da História

Alguns minutos depois Draco abria a porta do carro para Gina.

— Preparada para o melhor encontro da sua vida? — ele perguntou.

— Ele começa agora? Que excitante — Gina falou com a expressão de uma criança no Natal.

Draco sorriu e a ofereceu a mão. Os direcionou para os fundos, aonde ficava o jardim de sua casa. 

Sabia, por causa de uma das várias conversas que os dois tiveram nos momentos que passavam juntos, que um dos sonhos de Gina era recriar a cena do filme O Diário da Princesa. Aquela onde a Mia e Michael se beijam nos jardins e, ao levantar de uma perna, as luzes se acendem e a fonte começa a funcionar.

Draco os posicionou no meio do jardim, agora escuro.

— Não vai ser exatamente como o filme, porque alguns anos se passaram e a tecnologia automatizou toda a nossa iluminação. A fonte também não é tão grande nem tão bonita, mas a intenção é o que vale. Certo? — ele disse antes de beijá-la.

A medida que ouvia Draco, Gina ia compreendendo a situação. Quando ele a beijou, ela levantou a perna, e Draco acendeu as luzes do jardim com o controle que tinha em mãos. 

Aquilo era um de seus sonhos mais bobos e juvenis que ela tinha confessado a Draco em um dos muitos momentos nos quais os dois eram completamente sinceros e sem filtro. Aqueles que tinham feito com que eles se apaixonassem um pelo outro. 

O fato de que ele tinha escutado, guardado e recriado a cena à sua maneira, era algo que a deixava sem palavras.

E ela não precisou de muitas quando os dois seguiram para o quarto de Draco.

No dia seguinte, Gina acordou sorrindo. Passou a mão no lençol de seda e percebeu que estava sozinha: Draco já tinha se levantado. Alguns minutos depois, ele apareceu pela porta carregando uma bandeja de prata com croissants, frutas vermelhas e suco.

— Café na cama? Esse é realmente o melhor encontro da história — ela falou.

Draco se sentou ao lado dela e eles passaram quarenta minutos sendo um típico casal apaixonado. Depois, Draco colocou a bandeja na mesa de cabeceira e a beijou. Enquanto os dois estavam aninhados na cama, ele disse:

— Você está preparada para a parte mais excitante do encontro?

— Uhm... — Gina fingiu estar em dúvida.

— Vamos almoçar com a minha mãe.

Se Gina estivesse comendo, teria engasgado.

— Sua mãe?

— Sim. Uma loira alta que me deu à luz. Chamo ela de mãe.

— Ela está aqui?!

— Ela mora aqui — Draco pareceu confuso.

— Espera... Você está me dizendo que ela também estava aqui ontem à noite quando a gente chegou?!

— É o que o conceito de morar em um lugar engloba, não? Que a pessoa de vez em quando vai dormir por lá.

— Draco!

Agora ele estava realmente confuso. Por alguma razão, Gina estava nervosa. E não parecia ser pelo almoço.

— Você pode me explicar o que está acontecendo? Por que você está com a sua cara de brava?

Não existia nada mais fofo do que o Draco quando estava confuso e tentando entender a raiva de Gina. Ela quase sempre abandonava a pose, mas dessa vez permaneceu firme.