10.

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Me encostei no Pietro. Sentia minhas costas doerem.

Guto: Devia estar em casa - me olhou através do retrovisor. Meu pai se esticou para me olhar.

Bobby: Caralho, Gabriella! 

Gabriella: Eu estaria pior em casa - quase choraminguei. Meu pai revirou os olhos.

Bobby: Maldito Carlos! - rosnou. Olhei pro Pietro. Ele estava com a mandíbula trincada. Ele odiava Carlos porque sabia tudo o que ele fez comigo. Meu pai odiava sem saber. Mas ele não podia saber. Ia matar Carlos, podia até ser preso. Não queria destruir minha família. Não agora que tinha ela completa.

Gabriella: Eu to bem pai, sério - garanti. Meu pai apenas balançou a cabeça e voltou à olhar pra frente. Estava bravo, mas não era comigo. Menos mal. Entrelacei meus dedos com os do Pietro e fiquei olhando pela janela.

Polegar: Perigosa você, tenho que ficar de olho - murmurou. Revirei os olhos. 

Gabriella: Você conhece a namorada que tem - disse apenas. Ele suspirou.

Polegar: É, eu conheço.

Minutos depois chegamos na rua de trás de uma avenida cheia de bancos. Acho que era a Paulista, mas não tive certeza. Estava meio atordoada por causa dos analgésicos.

Saímos dos carros, eram muitos. Peguei minha arma. 

Melinna: Eu não acredito nisso! - quase gritou.

Bobby: Po, Melinna! - chamou a atenção dela. Me virei. 

Melinna: Em casa a gente conversa! - passou por mim sem parar. Ameaça. Essa é a dona Melinna brava. Meu tio beijou minha testa, mas não falou nada também. Eu ia tomar tanta bronca. 

Manuella: Filha da mãe! - correu pra perto de mim e me abraçou.

Gabriella: Você achou que eu não ia vir hoje, né? - brinquei. Manu riu.

Manuella: Achou que eu não ia rebolar minha bunda hoje, né? - brincou também.

Polegar: Vem! - passou o braço pela minha cintura, me levando pra longe. Ele e Manu estremecidos. Que grande novidade. 

Paramos na porta de trás de um banco. Estávamos todos de boné. E armados. Muito bem armados. 

Gabriella: Um banco só? - perguntei.

Bobby: Se der, 4 bancos - murmurou parando do lado da minha mãe. Por que se der? 

Polegar: Perto de mim, é a sua primeira vez - disse. Assenti, parando atrás dele. 

Bobby: No 4... - sussurrou. Contamos mentalmente. Explodiu algo e nós entramos. Tinham poucos guardas e os pivetes deram conta. Esvaziamos o cofre. Tinha muito dinheiro. Até jóias. Encontrei até uma arma bem escondida. - Boa - elogiou. 

Manuella: Shopping me aguarda - murmurou, saindo do banco. Segui ela com a Babi do meu lado.

Larissa: Só pensa em gastar - suspirou. 

Kelly: Deixa ela - revirou os olhos.

Agatha: É a Manu - deu de ombros. Só estavam elas. A Mari ficou em casa. Sabia que ela não participaria disso. Há algum tempo atrás, nem eu. 

Partimos pro segundo banco. Dessa vez foi maior. Tinha mais coisa para pegarmos. Quando entramos no terceiro e começamos a esvaziar o cofre, ouvimos sirenes ao longe. 

Deco: Porra! - rosnou. 

Bobby: Salve! Vamos - gritou. Segui Pietro até a rua. Os carros estavam cheios e os cofres vazios. Entramos e aceleraram pro morro. A polícia estava na nossa cola. Dessa vez minha mãe veio no nosso carro, e nosso tio. Guga e Guto foram para outro. Meu tio estava dirigindo e meu pai do lado. Eu estava atrás, no meio, com minha mãe e o Pietro.

Gabriella: A polícia já perseguiu vocês? - perguntei.

Bobby: Algumas vezes, nunca pegaram - respondeu vagamente. Eu estava preocupada. Mas passou assim que entramos no morro e os portões foram fechados. Me sentia exausta. Saimos dos carros na boca mesmo. 

Gabriella: Quero dormir com você - disse ao Pietro. Ele beijou minha testa. 

Polegar: Vamos amor, você tá cansada - me puxou pro carro dele. - Sogra ela tá comigo - gritou.

Melinna: Tudo bem. Boa noite, amores - mandou beijos. Dei um tchauzinho e entrei no carro do Pietro. Eu estava meio absorta. Talvez fossem os remédios ou os assaltos.

Pietro entrou comigo na banheira e me esfregou. Eu não estava bem. 

Polegar: Amor está com dor? 

Gabriella: Não. Eu... Talvez seja cansaço

Polegar: Vou colocar você na cama - saiu da banheira. 

Minutos depois eu estava confortavelmente deitada na cama do Pietro com uma das camisetas dele. Ele me fez um chá e eu tomei tudo. 

Gabriella: Muito obrigada - agradeci, dando a xícara para ele. Ele colocou na mesinha de cabeceira.

Polegar: Nada amor - deitou do meu lado e me puxou pro seu peito. - Dorme, você tá precisando.

Gabriella: Eu te amo - sussurrei.

Polegar: Eu te amo, morena - sussurrou, beijando minha testa.

***

Que capítulo, hein?! Muita adrenalina.
E esse final de Gaetro? 
Semana que vem tem mais Gaetro pra vocês.
Até logo!

Mulher de Traficante (TEMP 3) COMPLETAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora