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Após a morte

BEACON HILLS 20/10/2018

–Ela não está respirando! – Scott pressionava o peito da coiote, tentando fazer o coração da mesma voltar a ativa – Acorda Malia! Por favor! – Eu te amo, pensou, mas não chegou a falar as três palavras.

–Vamos levar ela para a clinica! – Stiles disse, preparando o jipe que estava estacionado a alguns metros

Chegando na clinica, o lobisomem deitou a sua beta na mesa de operações que logo começou a ser atendida pelo Dr. Deaton

–O que aconteceu?– suas mãos não paravam, enfiava injeções nos braços da jovem.

–Os caçadores! Eles encontraram ela e a atingiram com tudo. Foi o que ela disse antes de desmaiar. – a banshee suspirou, não aguentaria perder outra amiga.

–Ela esta muito fraca! Se sobreviver vai ser um milagre. – o veterinário disse desapontado, o alfa não tirava os olhos da garota.

–Tem que ter um jeito! – o humano já estava estressado e passava as mãos na cabeça

–Eu posso fazer uma coisa arriscada, que por lendas místicas, já fez pessoas chegarem a morrer, mas quando morreram, ficaram presas em um mundo psicológico. E tem como sair de lá, vivo. – ele encarou a meia parte da alcatéia esperando uma aprovação. – Mas é muito arriscado!

–Faça! – Scott ordenou sem hesitar

–Mas Scott, se ela não conseguir sair de lá, nunca encontrara a paz. – a ruiva não conseguia gostar da ideia dada pelo doutor

–Não importa! É a Malia gente! Não podemos perde-la. – respondeu de volta. – Dealton... Faça!

O coração da coiote ainda batia lentamente, e colocando alguns pós supostamente mágicos, e também alguns artefatos de druidas, logo Malia estava perdendo totalmente seus batimentos cardíacos.

–Ela está morrendo! Salve-a! – Stiles já estava desesperado, e andava de um lado para o outro

– Ela ira morrer! Mas continuara viva em outro mundo. Um mundo prisão! Apenas cabe a nós descobrir como tirar ela de lá!

–Pera! Você não sabe? – o lobo arregalou a sobrancelha direita e fez uma cara séria

–Eu disse que era arriscado! – logo a maquina que estava conectada na garota, começou a apitar, alertando da morte da mesma.

–Ela está mesmo morta! – Lydia em fim disse, encarando o rosto mutilado, mas mesmo assim delicado, da amiga. – Malia Hale esta morta!

Mundo prisão de 1994 (Mystic Falls)

   Malia estava pronta para o que diabos a esperava, não sabia se seu destino de fato era o céu, ou o inferno. Uma luz atingiu seus olhos com uma grande potência, uma luz clara como o sol. Lá vamos nós. pensou.

   Do nada se viu em uma estrada, de um lugar que não conhecia. Certamente não era Beacon Hills. Então isso é o famoso paraíso? pensou.

–Tem alguém ai? – ela gritou, mas não recebeu uma resposta.

   Após andar pelas estradas abandonadas da cidade, achou um jornal jogado no chão. Não deu muita importância, mas já que aquilo seria o único meio de comunicação que tinha achado até agora, resolveu ler o mesmo. As noticias não eram de fato importantes, apenas coisas do cotidiano de cidades pacatas. Mas o que chocou a garota foi a data do jornal. 20/03/1994! Como isso é possivel? A moça se perguntava.

Continuou andando pela cidade, então um pouco mais distante do centro urbano, avistou um casarão um tanto antigo. Malia não hesitou em entrar, já tinha percebido que estava sozinha nesse mundo, não custava nada xeretar. A porta da mansão não estava trancada, então logo entrou e percebeu que nunca estivera numa casa tão grande daquele jeito. Os móveis eram italianos, pareciam ter um alto valor. Fotos de um homem aparentemente de 30 anos, juntamente com uma mulher negra (gravida em algumas fotos) estavam espalhadas pelos cômodos da sala de estar. Também tinham fotos de um garoto loiro, uma das fotos era de 1917, um tanto estranho.

Logo achou um telefone e discou o número de Scott, ela lembrava bem desse número. "Esse número não existe" a secretária telefônica já tinha repetido essa mensagem umas 7 vezes, pois Malia não desistia de contatar seus amigos.

–Você não vai conseguir nada com esse telefone! – uma voz masculina invadiu a sala, assustando a coiote que logo virou de costas, e deu de cara com um homem moreno e alto. – Se quiser falar com alguém. Terá que falar comigo. – fez um sorriso sínico

–Onde estou? – perguntou

–Em Mystic Falls. Mas você deveria perguntar, quando você está.

–Acho que eu sei a data. 1994! Certo?

–Garota esperta! Gostei de você. – mas Malia não sentia o mesmo, não ia com a cara do homem misterioso. – Prazer, Milachai Parker. Mas pode me chamar de Kai. – ele se aproximou, deixando a garota desconfortável. – E o seu?

–Malia. Malia Hale. Ou Tate. Tanto faz. – ele sorriu com o desespero da menina. – Como que eu estou aqui?

–Provavelmente você é uma pessoa muito má, então alguma bruxa te aprisionou aqui. — riu. – Esse é meu caso. Tentei matar meus irmãos e meu bendito pai e seu clã me colocaram aqui. Mas eu sai, e então outra bruxa vadia me aprisionou nesse inferno.

–Bruxas? – riu. – Você quer me assustar. Não tenho medo disso tudo. Logo meus amigos vão me tirar dessa.

–Amigos? Interessante. Algum deles tem o sobrenome Bennett?

–Não

–Então sinto muito. Eu e você ficaremos por aqui por muito tempo. Então Malia, o que você fez para parar aqui. Matou seus irmãos?

–Minha irmã e minha mãe adotiva. Mas eu não estou aqui por isso. Eu morri! E apareci aqui. – fez alguns sinais com a mão na hora de falar. – Significa que aqui é o inferno?

–Não Malia. Esse lugar é muito pior que o inferno. E acredite, eu já estive em ambos para afirmar isso. Mas é interessante você já ter matado membros da sua família, para uma humana.

–Quem disse que eu sou uma humana? – sorriu

–Você não tem cheiro de morte como uma vampira. Não acredita em bruxas. Só pode ser uma lobisomem então.

–Coiote. – corrigiu

–Interessante. Eu sou um vampiro e um bruxo. Deveria ter medo, eu posso te matar.

–Vampiro, ata. – caiu na risada

–Não acredita em vampiros, amor? – logo amostrou suas veias que saiam direto do olho. Malia ficou surpresa, nunca tinha visto algo assim – Eu posso te matar em uma fração de segundos. Mas não irei. Você vai me ajudar a sair daqui, e também a matar todos que me colocaram aqui

– Porque eu mataria alguém?

– Porque não mataria?