Eu (não) Estou a Fim de Você | Em Revisão

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Eu estava dançado loucamente ao som de Gilrs Talk Boys do Five Seconds of Summer, quando o acontecimento mais esperado pela humanidade durante todos esses anos, aconteceu:

- Amélia! - minha mãe gritou. - Tem um garoto te esperando aqui!

Eu desligo a música e desço correndo, com o coração a mil. Eu acabei desistindo da calça e optei por um short cós alto com a mesma blusa.

Minha mãe está ao lado da porta e me observa enquanto corro.

- Estou indo mãe, te vejo mais tarde. - digo beijando sua bochecha.

- Volte até as onze! - ela diz quando estou saindo pela porta.

Gunner está encostado no Jeep, usando uma jaqueta preta por cima da camiseta cinza e jeans escuros. Me chama de camiseta e me usa seu lindo.

- Oi. - digo me aproximando.

Ele se desgruda do carro.

- Oi. Você está muito bonita. - ele sorri. - podemos ir? - ele abre a porta do carro para que eu entre.

- Claro.

Na minha mente, a única coisa que se passa é: Sorria e acene. Apenas sorria e acene.
Tá dando pane aqui! Sinto a fumaça saindo dos meus ouvidos.

O carro tem cheiro de perfume masculino, eu poderia morar aqui dentro. Sério. O rádio está ligado e tocando Riptide do Vance Joy.

- Sua mãe parece ser legal. - ele diz ligando o carro.

- Ela é. - eu não consigo evitar um sorriso. - Ela trabalha bastante, mas é sempre muito presente para mim.

- E o seu pai? Quero dizer, para você ter nascido alguém é seu pai.

- Meus pais se separaram ano passado, acho que ele não era feliz e quis seguir em frente. - eu olho pela janela.

- E como é sua relação com ele? - ele para em um sinal vermelho.

- É boa, ele me liga e nós saímos às vezes. Ele não é de falar muito comigo coisas do tipo "Como foi seu dia hoje?" mas ele é legal. - eu faço uma pausa. - Ele faz muita falta quando aparece uma barata ou qualquer outro inseto nojento lá em casa. Principalmente quando minha mãe está trabalhando.

Gunner ri da minha cara de nojo misturado com repulsa.

- Ele se casou de novo?

- Uma vez ele me disse que estava conhecendo uma moça mas eu não dei muita importância. - eu enrolo meu cabelo e jogo pelo ombro. - E sua família, como é?

- Eles são legais. Meus pais ainda estão juntos, eu não tenho irmãos, e meu pai é um pouco implicante. - ele pousa a mão em sua perna.

- Implicante? Por que?

- Ele me acha submisso de Cassy. - ele me olha. - Ok, talvez muita gente pense isso, e talvez seja isso mesmo, mas eu simplesmente não sei como me livrar dela! - ele faz gestos com as mãos. - Ela é manipuladora e me manda centenas de mensagens o dia inteiro!

- Então por que você ainda anda com ela? - eu pergunto.

- Porque ela me persegue! Eu já fiz de tudo. Já dei uns foras nela, já disse que era gay, já disse que não a suporto, mas ela é louca!

Eu não me aguento e começo a rir.

- É sério! - ele ri também.

- Por que você não tenta ter uma namorada? Mesmo que de mentirinha? Talvez ela pare se você começar a namorar. - eu digo me contendo.