Cary, Carolina do Norte , EUA -
Dezembro, dia 13, domingo.– Meu Deus, a casa está lotada– digo enquanto Lucas estaciona o carro na garagem.
– Vai querer ficar aqui embaixo com eles ou quer ir pro quarto?– ele me pergunta antes de sair do carro e faço um sinal indicando que tanto faz.
Assim que saímos do carro Lucas me guia até a porta de entrada com as mãos presas no meu quadril, entramos na casa e o lugar parecia uma boate.
– Meu Deus– digo olhando para o tumulto na casa e Lucas ri– É sempre assim não é?
– Nem sempre– ele diz acenando para algumas pessoas.
– Estou muito arrumada para a ocasião– digo.
– Está linda– ele garante me apertando um pouco mais.
– Vou lá em cima me trocar– digo– Quero por alguma coisa confortável.
– Ta bem, vou cumprimentar uma galera e já subo– ele da um beijo na minha bochecha e enquanto caminho para a escada já o perco de vista.
Subo as escadas para o quarto em que estamos ficando e por sorte ainda não tem ninguém se comendo por ali, resolvo tomar um banho rápido já que passei a noite inteira fora e assim que saio do quarto procuro minha mochila para pegar uma roupa mais confortável.
– Ei, tem gente no quarto– um garoto diz enquanto me olha deitado na cama ao lado da janela.
– Me desculpa quando entrei não tinha ninguém, não te vi ai– digo sem graça e prendo a toalha com mais força ao corpo.
– Relaxa gatinha, não tem problema– ele se aconchega na cama– Nunca te vi aqui.
– É minha primeira vez na casa– digo enquanto procuro minha mochila no meio de milhares.
– Mora por aqui?– ignoro a pergunta enquanto não encontro a mochila mas ele a repete– Em, você mora por aqui?
– Não, sou de Miami– digo já irritada por não achar a mochila e ter que responder esse questionário.
– Vai ficar até quando?– ele se levanta vindo até mim.
– Ei– o repreendo assim que ele tenta encostar em mim– Eu não estou interessada ta bem?– digo me afastando um pouco e ele me olha de cima a baixo.
– Estamos em uma festa– ele diz como se fosse óbvio– Não vai ser uma estraga prazeres não é?– ele faz um biquinho levando a mão até o nó da minha toalha e seguro com força para que ele não solte.
– Eu estou com meu namorado– digo seria e ele ri.
– Não precisa inventar qualquer mentira.
– Não é mentira, Lucas e estamos juntos– o empurro.
– Holt?– concordo com a cabeça– Conheço Lucas e sei que ele não se importa de compartilhar seja quem você for. Não precisa se fazer de difícil– ele tenta por a mão na minha toalha novamente.
– Se você não sair desse quarto agora eu vou quebrar sua mão com um dedo– vejo Lucas fechar a porta assim que entra no quarto.