Capítulo 12

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– Não encosta em mim! – Castiel brigou tentando se libertar rosnando para a pessoa que o segurava.

– O gatinho está zangado? – O homem riu enquanto apertava o híbrido em seus braços o impedindo de se mover.

– Me solta! A hora que Dean colocar as mãos em você, ele não vai deixar isso barato. – O Novak comentou ainda tentando sair do aperto.

             A pessoa que o segurava riu de forma sonora e perguntou:

– Acha mesmo que ele vai conseguir? Pobre gatinho. Acha mesmo que Dean te ama? 

– Ele me ama. – Castiel respondeu convicto.

– E ele te disse isso? – Perguntou o agressor.

– Sim, ele disse. 

– Oh, e quem garante que ele não disse isso para todas putas que passaram pela cama dele? – O homem tentou controlar o menor que se debateu tentando arranha-lo. 

– Ele me ama. – Castiel aumentou o tom já se desesperando por não conseguir fugir do outro.

– Por que ele iria te amar? O que te faz diferente de todas e todos ômegas que já transaram com ele? Olha para você, ele só está com você por pena já que você nem tem onde cair morto! Ele tem estado tão ocupado com você que vem perdendo fornecedores? Você é uma coisa tão estranha que ele sequer cita você como algo importante para ele.

            O ômega tentava ao máximo se livrar das garras do homem e fingir não ouvir as provocações, mas elas faziam sentido em sua cabeça.

" Por que Dean iria me querer? Eu sou uma aberração da natureza."

– Me responde! – O homem berrou. – Não tem uma resposta não é? Sabe porquê? Porque não tem um por quê.

– Ele me ama. – Castiel disse baixinho tentando se convencer.

– Ele não te ama, ele só tem pena de você. Olha para você. Ele só estava contigo por causa do cio, você não é diferente de todos que passaram na cama dele. – O homem disse virando o garoto para o vidro da porta do carro o mostrando seus reflexos, enquanto arrancava a touca e puxava o rabo do menor, respectivamente, recebendo um miado de dor. – Tá vendo? Você é só uma criatura abominável, olha esse rabo e essas orelhas. Acha que o Dean precisa de uma criatura como você, híbrido? Ele merece ser feliz com uma pessoa de verdade, você não acha? Me responde.

– Ele merece. – Castiel disse chorando silenciosamente enquanto parou de se debater, ficando na defensiva.

– Você é só um órfão e uma abominação Castiel, sim, eu sei quem é você e sei o que você está fazendo, já não basta ter afastado e matado toda sua família você tem que trazer desgraças pra vida do Dean. Ele merece ser feliz Castiel e não será com você. É isso que você quer? A infelicidade dele?

– Não.

– Então você tem que ir embora Castiel, tem que deixa-lo ir para o bem dele. Você tem que deixar o Dean ser livre e feliz. Eu vou te soltar e nem pense em fugir, tudo bem? – A pessoa indagou recebendo um aceno afirmativo do ômega.

– Mas eu não tenho para onde ir.

– Ah não se preocupe, eu te ajudo. Você está tomando a melhor decisão Castiel. Venha comigo.

              Castiel se derramou em lágrimas e então aceitou a proposta. Entraram no carro e o homem logo o levou a um bar.

– Um bar? – O híbrido perguntou dando uma olhada na fachada.

– Não é um bar qualquer. Você não quer ser desejado? Você é uma puta Castiel e é aqui que ficam pessoas como você.

– Não, me tira daqui! – O Novak pediu tentando sair dali, mas teve seu cabelo puxado pela nuca.

– Diga olá pro seu mais novo lar. – O homem disse colocando algo sobre o rosto do menor levando várias unhadas e algum tempo depois apagou.

            Assim que sentiu o peso, pegou o híbrido no colo e o levou para dentro do local.

– Olá Crowley. – O homem cumprimentou o dono de lá.

– Olá, então essa é a mais nova vadia, adorei. Quem sabe ele não se torna meu. – Crowley disse dando uma olhada melhor no híbrido. – Até que você sabe fazer algo direito. 

– É bem inocente e vai dar trabalho, essa vadia me arranhou todo, eu devia espanca-lo por isso.

– Não, não vai ousar tocar um dedo nesse híbrido. Leve-o para o dormitório e o coloque junto dos outros.

– Como você quiser Crowley.

           O homem se afastou e andou em direção ao local indicado, chegando no corredor havia vários seguranças, na porta do alojamento haviam dois.

– Brinquedinho novo. – Ele falou e os grandalhões o deixou entrar.

        Havia várias mulheres e mais um híbrido no local, Castiel foi jogado de qualquer jeito no meio deles e o homem saiu rindo pela porta, sua risada de escárnio podia ser ouvida ainda no fim do corredor.

        As pessoas que estavam lá ignoraram o menor, exceto duas: uma garota e um outro híbrido. Algumas horas depois, Castiel acordou se sentindo extremamente tonto e tentou se levantar quase caiu, mas foi amparado pelas duas pessoas.

– Hey, não se levante poderá se machucar mais. – A garota falou amparando o ômega e o ajudando a se sentar.

– Tome, beba isso. – O outro híbrido disse entregando um comprimido e água.

          Cass pegou e bebeu, com ajuda dos dois ele se apoiou na parede tentando entender tudo que estava acontecendo.

–Obrigado, onde eu estou?

– Em um puteiro. – O híbrido de coelho de orelhas brancas assim como o rabo falou sendo analisado ligeiramente pelo outro.

– Eita, não precisa ser tão direto pomponzinho. – A morena falou provocando tentando apertar o rabo do híbrido.

– Não me chama de pomponzinho, a culpa não é minha se nasci com essas orelhas gigantes e um rabo que parece algodão. Agora deixe meu rabo fora disso. – Ele respondeu batendo na mão da amiga.

– Isso é um pesadelo.– Castiel disse olhando ao redor ao notar que de fato era um puteiro havia tantos itens e coisas que ele preferia nem acreditar que era real.

– Infelizmente não, prazer sou o Kennedy, mas pode me chamar de Ken. – O híbrido de coelho se apresentou.

– Eu sou Castiel. – Respondeu.

– E eu sou a Meg. – A morena logo fez sua apresentação também.

          Logo a porta abriu escandalosamente assustando os três.

– Vocês tem uma hora pra estarem prontas suas vadias. – Um baixinho disse e se aproximou do novato. – E você também gracinha.

– Mass... – Castiel tentou falar, mas levou um tapa na cara.

– Sem nenhuma mas. Você...– O baixinho disse pegando Meg pelos cabelos a fazendo segurar a base do cabelo para evitar dor maior. – ...arrume uma roupa para ele. Quero ver do que esse gatinho é capaz de fazer com esse bunda.

        Ela assentiu a contragosto tendo seus cabelos soltos e ele saiu.

– Castiel, nunca diga nada a ele a menos que ele permita. – Kennedy se aproximou tocando suavemente o rosto do outro.

– Quem é ele? – Castiel indagou assustado.

         Kennedy e Meg olharam-se e engoliram seco, então ela falou baixo:

– Ele é Crowley, o dono desse inferno ou como ele mesmo se denomina, O Rei do Inferno.

Castiel: Meu pequeno híbridoUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum