Catarina, A Grande (MASSIE, Robert K.)

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Título: Catarina, A Grande

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Título: Catarina, A Grande

Autor: Robert K. Massie

Tipo: Biografia

Classificação Indicativa: Livre

Editora: Rocco

Quando eu estava em São Paulo, meu primo me jogou na Saraiva e mandou eu pegar o livro que eu quisesse, pois ele me daria de presente. Lembro-me que rodei a livraria praticamente toda decidindo qual livro eu deveria pegar. Quando bati meus olhos em Catarina, senti que era ele que eu deveria levar para minha casa para ler; foi o que eu fiz.

Eu não tinha muito conhecimento sobre Catarina, apenas que ela tinha sido uma czarina da Rússia. Infelizmente, quando falamos do império Romanov, lembramos apenas da última família, mas, surpresa, Catarina também era uma Romanov, por casamento com o herdeiro do trono, Pedro.

Ela não era russa e não se chamava Catarina. Surpresos? Vou explicar como a vida dessa princesa germânica mudou tanto.

Antes, ela se chamava Sophia, e morava em um ducado localizado na Alemanha. É bastante claro no livro que ela e a mãe não se davam muito bem, e, após o nascimento do irmão de Sophia, a relação entre as duas se agravou ainda mais. Quando eu li as partes de como Joana a tratava, fiquei muito irritada, pois não havia necessidade daquele tratamento com a própria filha.

Sophia noivou de Pedro, o herdeiro do trono russo. Quando você vai lendo o livro, se aprofundando mais, percebe o quão esse homem foi uma das piores coisas que aconteceu na vida de Sophia. Tenho uma quase certeza que ele era louco, porque não é possível que as atitudes dele fossem normais. Odeio ele por tudo que fez a ela.

Ela passou a se chamar Catarina Alekseyevna depois da conversão dela para a Igreja Ortodoxa Russa. Quando se convertia, precisava mudar o nome para algum ortodoxo, algumas vezes a própria pessoa escolhia, poderia ser o nome do santo ou santa do dia, ou poderia ser o czar ou czarina que escolhia. Logo após sua conversão, realizou-se o noivado entre ela e Pedro, e não demorou muito tempo para se casarem, e para mais problemas surgirem.

Elizabeth exigia um herdeiro do jovem casal de noivos, mas como poderia Catarina gerar um filho se Pedro nem a tocava? Com isso, ela teve seu primeiro amante, e ficou grávida, nascendo Paulo Petrovich, o herdeiro que a czarina tanto desejava. Catarina quase não teve acesso ao próprio filho, assim não criou muito afeto por ela, veio se aproximar dele depois da morte de Elizabeth.

Catarina era conhecida por sua inteligência, o próprio Pedro pedia ajuda para ela resolver os problemas do ducado dele na Alemanha. Ela também era iluminista, foi uma grande amiga de Voltaire. Ao chegar na Rússia, dedicou-se ao máximo para aprender o idioma russo, andando pelo palácio descalça no chão gelado a noite, o que a levou ter uma forte pneumonia.

Ela não se tornou czarina apenas por estar casada com Pedro, mas sim, por ter dado um golpe de estado nele. Juro, eu ri tanto quando foi descrito a reação de Pedro diante dessa situação, pedindo e implorando perdão para Catarina, que o mandasse de volta para Holstein na Alemanha. Mas é aquele ditado: "Mantenha seus amigos perto, e seus inimigos mais perto ainda."; Catarina seguiu muito bem esse ditado. Porém, Pedro foi assassinado, não a mando dela, mas eu sei que no fundo ela ficou feliz por isso.

Não tenho palavras para descrever Catarina como uma czarina. Achei ela uma verdadeira autocrata, bastante diferente dos monarcas da época, era simples, até mesmo o título que lhe foi atribuído "A Grande", não gostava de usá-lo. Mandou construir hospitais, universidades, orfanatos, etc. Financiou diversos escritores, compositores, pois ela era amante da arte, literatura e educação. Acreditava que para a Rússia crescer, precisam de educação. Chegou a ter, se não estou enganada, 24.000 quadros. Atualmente estão expostos no Museu Hermitage no Palácio de Inverno em São Petersburgo.

Mas sabem do que as pessoas gostam de lembrar sobre ela? Os amantes. Sinceramente, a mulher tem tantas coisas boas para serem consideradas e lembradas, mas as pessoas focam nos amantes que ela teve durante a vida. É revoltante!

Bom, eu recomendo esse livro com muito amor. Catarina é uma das minhas monarcas preferidas, com absoluta certeza. É uma ótima leitura, uma biografia leve, Robert soube escrever a história dessa grande mulher com perfeição.

"Devo ser uma autocrata: esta é minha tarefa. E o bom Deus me perdoará: esta é a tarefa dele."

(Catarina, A Grande)

Com amor e carinho,

Com amor e carinho,

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