Sissi, A imperatriz solitária (PATAKI, Allison)

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Título: Sissi, A imperatriz solitária

Autor: Allison Pataki

Tipo: Biografia romance

Classificação Indicativa: Livre

Editora: Guttenberg

Primeiramente, antes de começar essa resenha eu devo dizer que sou extremamente admiradora da imperatriz Elisabeth da Áustria-Hungria. Não sei o que ela fez comigo, mas meu coração foi totalmente fisgado por ela.

Eu sempre procurei livros sobre ela no Brasil, mas nunca achava; o que sempre me deixava bastante triste. Porém, como se Deus tivesse ouvido minhas preces, a Laura me marcou em um comentário e lá estava o próximo lançamento da editora: Sissi, a imperatriz solitária.

Chorei de emoção, e criei expectativas extremamente altas sobre esse livro, e vos digo, superou todas as minhas expectativas. E não, não estou dizendo por admirá-la, mas por que a autora soube descrever perfeitamente a rotina da imperatriz.

O livro começa com Sissi já na Hungria, ou seja, ela está com 30 anos, rainha da Hungria, mãe de quatro filhos, e afastada um bom tempo da corte de Viena — com que ela nunca se deu muito bem, e a autora explica perfeitamente ao longo do livro. Apesar dela estar longe de toda a restrição de Viena, uma carta de sua filha mais velha, Gisela, a deixa preocupada, ao dizer que seu filho, Rudolph, o herdeiro do trono, está recebendo maus tratos devido a sua educação.

Sissi retorna a corte de Viena o mais breve possível, encontrando seu filho completamente amedrontado e com medo. E finalmente eu a vejo enfrentando seu marido e sua sogra. Finalmente vejo ela usar seu poder de mãe sobre a educação do seu filho, de que tanto foi privada todos aqueles anos. Ela protegeu Rudolph como uma leoa, achei lindo. Mas, não posso deixar de dizer que ela tinha atitudes egoístas em demasia, o que me incomodou bastante durante a leitura do livro.

Um dos momentos que me emocionou bastante, foi quando a arquiduquesa Sophie, tia e sogra de Sissi, estava morrendo, e ela abriu o diário da sogra para ler. Engraçado que eu sempre odiei aquela mulher que tanto fez mal a Sissi, mas naquele momento eu tive pena dela. Percebi que ela só queria o bem da nora e dos seus netos, apesar de não aparentar isso.

Ao longo do livro você vai conhecendo os gostos e as manias de Sissi. O quão ela era excêntrica e apaixonante. Em raros momentos que ficava feliz, não consigo explicar, mas meu coração enchia-se de uma enorme alegria. Não posso deixar de falar dos longos cabelos dela, era mágico ler como ele era enfeitado e penteado.

Em uma cena, eles vão para o teatro assistir a uma nova composição do maestro Johann Strauss II — um dos melhores compositores de valsa em Viena, se não, um dos melhores do mundo. Essa nova composição era inspirada no imperador Franz-Joseph, e se chama "Kaiserwalzer", ou seja, "Valsa do Imperador". Todos estavam muito ansiosos pela nova valsa, inclusive eu, mesmo tendo ouvido dezenas de vezes, pois é minha valsa preferida. Porém, não posso negar, essa valsa tornou-se ainda mais especial quando eu li a descrição que Sissi fez sobre ela; a valsa ganhou um novo sentido. E depois que essa valsa foi apresentada, e todos haviam voltado para o palácio, Franz faz a declaração de amor mais linda que eu li em minha vida, sem nenhum exagero, juro a vocês.

"[...] Você seria o mais delicado dos violinos em um jardim, banhado pelo luar, com o aroma doce do jasmim perfumado do ar noturno. Você, para mim, Sissi, é a obra de arte mais perfeita que eu já vi. [...]"

Depois dessa declaração maravilhosas, as coisas começam a desandar na vida de Sissi de uma maneira trágica. Fico impressionada como ela teve forças para suportar tantas coisas na vida, porque eu acho que jamais conseguiria. Principalmente quando seu filho, o herdeiro do império Austro-húngaro, suicida-se juntamente com sua amante, e todos colocam a culpa sobre ela; coisa que eu realmente não entendo.

O final, oh, o final. Chorei tanto, mais tanto, que eu pensei que iria passar mal. Eu sabia como aquilo iria acabar, mas eu nunca aceitei o final dela. Jamais aceitarei. Uma vida ceifada por puro capricho de um homem que desejava matar alguém importante. E o pior de tudo foi a reação de Franz ao receber a notícia, aquilo partiu totalmente meu coração.

Indico esse livro com a maior paixão e admiração do mundo que sinto por ele. Aposto que ninguém vai se arrepender se ler ele algum dia, pois é fantástico. O final pode não ser feliz, mas vale a pena a leitora. Fora o contexto histórico que é maravilhoso, lugares por onde ela passou. Enfim, é maravilhoso.

E diante de toda essa história, eu aprendi diversas coisas. E a principal delas foi: Por mais que você possua títulos, riquezas, palácios, se você não obter felicidade e paz, nada disso adianta.

Amavelmente e carinhosamente,

Sua alteza imperial,

Sua alteza imperial,

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