5- Infiltrados

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—Rosena Willians, Jasper Victorine, Jason  Kirspy e Mally Elliss. – O ajudante de meu pai nos chamou através das caixas de som espalhadas nos corredores, já que Sr. Elliss estava numa reunião – Tenho uma missão para vocês.

Olhei para eles. Acabamos indo direto até a sala principal, e eu achava que era apenas mais uma missão para levar uma alma. Ou Quatro almas.

—Sim, Albert? –Entramos e observamos o homem de terno preto que mantinha os dedos de sua mão esquerda entrelaçados com os de sua mão direita.

—Sentem-se. –Ordenou, e nós cumprimos – A missão de vocês é nessa dimensão.

Franzi o cenho.

—Como assim? – Rosena inclinou a cabeça.

—Precisam ir até Strootherith resgatar Sammy Parkson. –Não acreditei. QUERIAM MESMO QUE EU AJUDASSE A RESGATAR AQUELE PROJETO DE ÚRSULA?!

Os três notaram minha careta e olharem um para o outro.

—Sammy Parkson? Aquela loira? –Jason interrogou.

—Essa mesmo.

Respirei fundo quase quebrando a mão de Jasper involuntariamente, pois estava segurando a mesma para tentar me acalmar. Eu ia explodir por dentro, santa Morte.

—Okay, apenas dê as coordenadas e vamos logo. – Interrompi Albert que abriu  a boca, mas sem emitir som algum  por minha causa.

Ele entregou um papel e saímos daquela sala, mas eu pensei: ela poderia sofrer um acidente grave e entrar em coma durante o resgate.
Não era uma má ideia, mas lembrei que não estava sozinha. Sinceramente, eu estava quase seguindo o conselho do meu diabinho.

Pus a máscara e fui de garota para corvo, seguindo as coordenadas e eles ao mesmo tempo. Se eu estivesse na minha forma normal, acho que daria para ver meu rosto arder em vermelho de raiva, e meus olhos vazios fuzilando o horizonte – Suposto lugar onde a Úrsula estava.

Pousamos na continuação distante daquela floresta de Pinheiros apresentada lá no capítulo passado.  Poucos metros á frente,  um portão enferrujado com um muro branco, flores e plantas coloridas de modo forte, folhas descoloridas fazendo parte do solo. Mesmo assim, aquele lugar não parecia vivo e animado, mas sim peculiar, abandonado e sombrio, não poderíamos passar por ali por causa dos sensores acima dos muros e as câmeras vigiando a parte da frente e os arredores.

—É aqui. –Jasper, que estava abaixado atrás de um arbusto conosco,  encarou o papel, que no verso havia um desenho de como era a suposta entrada

—Como vamos passar? Se formos como corvos, vão nos identificar na hora e missão perdida. Nesta forma, vai acontecer a mesma coisa. – Olhei para Rosena.

—Vamos olhar ao redor. Virem corvos, peguem um ramo destas flores que seja grande o suficiente para cobrir seu corpo e comecem a voar e pousar discretamente na vegetação. – Sua voz era concentrada, mesmo que fosse um sussurro – Se acharem algum tipo de entrada discreta, avisem balançando o raminho para cima e para baixo.

Nós três assentimos, e de humanóides viramos corvos. Fiz o que Rosena indicou e peguei um ramo de flores e folhas, voando discretamente pela vegetação com aquilo no bico.
Não demorou muito e achei um buraco que parecia ter sido escavado por algum animal, mas este  foi feito debaixo do muro. Havia muita vegetação tapando aquilo, por isso as câmeras não viam. Voei para um galho alto, fazendo o sinal combinado.
Os outros três pousaram debaixo da vegetação, observando o buraco. Passamos por ali, e por sorte havia um contêiner  velho sabe-se lá do que na frente do buraco, o que nos ajudou mais ainda a nos esconder.
Etapa Um, entrar na base, foi cumprida.

Por uma brecha- A Outra dimensão.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora