A Primeira Artimanha

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Carlos estava determinado a fazer qualquer coisa para manter aquele segredo guardado, mesmo que fosse algo que mais tarde ele se arrependeria. Entrou lentamente naquela casa e ao fazer isso preparou-se para atirar em Gael, seu segredo deveria ser mantido a qualquer custo.

Gael nem teve tempo de se defender, apenas conseguiu pediu para que suas filhas se escondessem e tentou apaziguar a situação toda, mas Carlos não estava afim de conversas. Ele atirou sem uma gota de arrependimento, a filha de Gael assistiu tudo e não pôde fazer nada, o mesmo aconteceu com sua mãe. Após a morte de seus pais ela saiu correndo desesperada dali. . .

P.V.O JOSH

Os dias foram se passando e eu estava pensando numa maneira nova de rever Carla. Logo pensei em passar de frente a casa dela novamente. Com isso sem dúvida eu conseguiria conversar com ela, procurei minha melhor roupa, coloquei uma camisa jeans preta e ajeitei-a, pouco depois desci as escadas velozmente e fui até a casa dela. Bati na porta assim que cheguei, ela demorou mais me atendeu pouco depois.

- Carla eu tava pensando que poderíamos sair juntos o que acha? - olhei-a para ver qual reação teria diante disso

- Seria uma boa ideia! - sorriu e aquilo foi o suficiente para ver seu interesse em mim, estava completamente feliz com isso tudo

- Que dia seria bom pra você? - aproximei-me mais dela

- Esse fim de semana seria bom - falou animada

- Ótimo! Vamos nos encontrar no sábado o que acha? Sábado a noite!

- Combinado

- As 19h00? - estendi a mão para cumprimentar ela

- Claro - me cumprimentou amistosamente

Voltei para casa animado, vi meu pai andando de um lado para o outro no escritório, não consegui ouvir o que ele falava no telefone.

P.V.O. JOÃO

Uma das minhas secretárias ligou para conversarmos, fiquei eufórico quando ela disse que uma carta havia chegado na empresa e que tinha apenas uma coisa escrita

"Presente de Gael!"

O nome Gael me fez lembrar de muita coisa e comecei a andar de um lado para o outro, peguei as chaves feito um louco e fui até o meu carro, fui dirigindo até o escritório, assim que cheguei lá a minha secretária entregou-me o papel

- Pensei que fosse uma carta - disse tomado pela euforia

- Foi escrito até uma parte dele
- Irei ler

"O seu segredo não permanecerá escondido para sempre, você acabará sendo descoberto, eu sei o que você fez no passado e sei que todos vocês estão nessa vida boa enquanto uma inocente passou por um longo inferno, você terá o seu passado revelado. . ."

Guardei a carta comigo, o suor escorreu pela minha testa e eu não sabia o que pensar, era impossível alguém mais saber sobre isso, Gael morreu há muitos anos e não tem como alguém mais saber sobre sua morte, mandei um homem de minha plena confiança investigar de onde poderia ter vindo esse recado para mim

P.V.O CARLA

Estava tudo esquematizado, nessas horas João deve estar recebendo a carta, não é nem um grão de areia do que ele merece, Josh esteve aqui mais cedo me pedindo para sair com ele, já sabia que ele viria, pois meu plano nunca falha.

-O que está pensando ? Na sua vingança maléfica?- Elias pergunta enquanto encara a tela de seu Notebook

-Não é vingança...É justiça- Falo e jogo uma almofada em sua cabeça.

-Hey- Ele praticamente grita e começa a rir- Nossa segunda artimanha do dia já está pronta- Ele diz se levantando e Indo em direção a cozinha, ele abre o estoque de Champanhe e pega o melhor da casa, um Comte d'Ormont, será que ele não para de beber champanhe ?

-Lá se vai a minha estocagem de bebidas- Falo revirando os olhos.

-Você me deve isso cruela- Ele diz e abre a garrafa bebendo no bico.

-Credo… pegue uma taça- bufo- Então coloque em ação a artimanha!- o encorajo e ele sorriu e sentou-se deixando a garrafa e pegando o seu velho amigo.

-Em 3…2...1…Já !- Ele diz gritando e aperta o enter fazendo com que a sua tela fique preta e códigos apareçam.

-Não vão te rastrear ou descobrir quem que mandou né ?- pergunto preocupada e ele olha para mim com uma cara de "não acredito que disse isso"

-Tá achando que faço trabalho pela metade ?- Ele revira os olhos.

-Não está mais aqui quem disse- levanto a mão em rendição.

-A secretaria acaba de abrir o arquivo - Ele diz fazendo a dancinha da vitória- Provavelmente agora ele irá ter um AVC em saber que mandei um vírus que acabou transmitido para todos os outros computadores com a seguinte mensagem "se prepare" e que tão cedo não irá conseguir tirar sem um outro bom hacker como eu- Ele diz rindo- Ele vai ficar louco- agora ele gargalha.

-veja só… a cruela encorporou em você agora - Digo rindo e ele bufa.

-Cruela é você… eu sou cruel, está me estranhando Jessica Robbit ?- Ele ri e me devolve com a almofada em minha cara.

P.V.O ELIAS

Eu fiz uma das maiores faculdades de tecnologia, desde adolescente sei hackear facilmente como um profissional. Ajudar a Carla é a melhor coisa, já que essa família um dia já me destruiu, nem sempre quis mal a alguém, longe disso, sempre usei meus dons de hackeamento para ajudar as pessoas, mas depois do que houve… não consigo mais ser o mesmo, não depois daquele dia infernal.
Quando eu olho para Carla não vejo como uma amiga vejo-a como uma irmã, mas ultimamente eu tenho sentido algo estranho quando estou perto dela… eu não posso confundir meus sentimentos, não mesmo !
Ao mandar aquele vírus senti que meu dia valeu a pena, valeu a pena acordar mais uma vez só para sentir o gosto da justiça, pelo menos um grão do que fizeram comigo, o maldito João deve estar enlouquecendo de tanta preocupação, e não tem nada melhor que isso.

-Irá jantar com o seu querido amado?- pergunto e ela sorri - Ops… ou o seu querido capacho ?

-Dá para parar Elias ?- ela diz rindo- Apenas meu querido fonte de acesso- Ela diz e pego a garrafa, terminando de beber Comte d'Ormont.

Já que não tem uísque vai champanhe mesmo, depois que tudo aconteceu eu não consigo parar de beber, não sei se isso significa que sou um álcoolatra, quando eu voltar para a minha cidade depois que tudo estiver a acabado, vou comprar caminhões de Uísque.

Coração de FogoWhere stories live. Discover now