O Assassino Cor de Rosa

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       As fotografias e recortes de jornais rodeando um grande mapa numa parede de uma sala mal iluminada indicara que alguém estava procurando por algo, uma cena habitualmente de federais ou que no mínimo sugeria uma investigação de longa data. E era de fato o que sugeria uma mulher de pé observando atentamente cada detalhe daquela colagem na parede.

      Era uma loira alta, e que aparentava ter seus quarenta e poucos anos, mas não era da justiça ou investigação policial, era da investigação jornalística, e estava lidando com uma pauta estranhamente bizarra. Um assassino em série estava à solta naquelas bandas e não havia pistas nenhuma do paradeiro do assassino, ou pelo menos, algum suspeito. A polícia por outro lado, nem parecia estar fazendo buscas decentes ou investigando conforme deveria, pareciam um tanto amedrontados.

     Mas para Martha, aquela jornalista americana, algo estava prestes a ser descoberto, se dependesse dela, iria vasculhar cada canto daquele lugar, cada vestígio do paradeiro daquele ser repugnante que rondava aquelas bandas, por aquele paraíso brasileiro, e transformando tudo em morte, uma por uma. Martha tinha experiência de sobra para lidar com um simples caso de um psicopata que matava suas vítimas do mesmo modo e que deixava sua assinatura como presente. Ela já havia enfrentado muitos sociopatas, psicopatas nos Estados Unidos.

       O perfil do assassino havia sido criado por Martha, não completamente, pois faltavam muitas informações e ninguém havia visto de verdade o tal assassino, porém ele sempre agia durante a noite, e todos os recortes de jornais, das matérias de mortes acontecidas em sequencia, haviam sido causadas da mesma forma, afinal, assassinos em série geralmente deixam sua marca na cena do crime, e felizmente com aquele não era diferente, ele deixou, suas vítimas eram mulheres entre vinte e trinta anos, mulheres que tinham o habito de beber e se divertir pelas casas noturnas no interior do Amazonas, e todas elas foram encontradas nas proximidades de onde o rio alcançava. As águas escuras e frias do amazonas foram as únicas testemunhas dos crimes causados por aquele psicopata, por outro lado, infelizmente aquele assassino intrigava pelo fato de não ter aparecido uma única testemunha.

      Em uma noite onde as estrelas brilhavam como diamantes ao longe e a atmosfera do local estava ótimo para um banho noturno, estava com um clima abafado, por isso Martha começou a dirigir seu carro em busca de um vendedor de água de coco, mas nada encontrou, estacionou por um momento para observar o rio que começava a provocar algumas ondas, lembrando um verdadeiro mar, a lua estava cheia e bela sobre a escuridão do rio, e ao longe havia um casal namorando na areia, eram as únicas coisas que pareciam estar vivos naquele lugar, sem perceber Martha se pegou observando o casal por tempo demais, e sem rodeios sua mente policial captou movimentos estranhos, eles não estavam namorando, mas sim brigando, parecia uma batalha pela vida, quando a mulher conseguiu sair das garras do homem e andar alguns metros até que ele a pegasse novamente foi o que fez Martha ter certeza do que desconfiava. Imediatamente ligou o motor do carro e dirigiu em direção ao casal, jogou o carro por entre os coqueiros e atropelou algumas lixeiras até chegar perto do casal, sacou seu revolver e pulou do carro gritando:

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