CAPÍTULO DEZESSETE

Depuis le début
                                    

Finalmente Morgan sai junto a sua paquera de uma noite, os dois se despedem, ele promete ligar algum dia. Claro! O velho truque. O encaro quando o vejo vir na minha direção de sorriso aberto.

— Felicidade tem seu nome hein. — indago levantando.

— Essa moça é um furacão. Mas, vamos, acho que já nos atrasamos muito aqui. Você ficou todo tempo nessa mesa tomando uísque? — pergunta encarando a mesa, em seguida ele me encara.

— Se quiser posso relembrar porque nós estamos atrasados. Vamos logo comedor de gente ambulante. — começo a andar na direção da porta.

— Esse apelido não é meu. Esse apelido é seu. — diz Morgan vindo logo atrás.

— Não é mais. — finalmente saímos.

Para nossa má sorte começou a chover num dos trechos da estrada, chovia forte com direito a relâmpagos e trovões, não poderíamos perder tempo. Faltava uma hora e meia para o dia amanhecer. Enquanto eu dirigia Morgan reclamava:

— Essa chuva não está brincando. — retruca Morgan — Por que tinha que chover?

A visualização não era boa, parecia que cada minuto mais a chuva se intensificava. Apenas os faróis para clarear a estrada.

— Jason... tem alguma coisa ali. — diz Morgan apontando para frente, realmente, havia algo parado ali. Mas, eu não conseguia ver mais do sombra.

— Deve ser o reflexo de algo. — retruco.

— Jason!!! — Morgan grita.

Ouvimos o barulho de tiro e há um carro atrás nos seguindo, era possível ver as armas posicionadas na direção do nosso carro.

— Uma armadilha!!! — diz Morgan.

— Que merda. Mais que merda. — retruco muito enraivecido.

Vejo um carro vir a toda velocidade na contra-mão e o meu instinto me faz recuar ligeiramente. O carro perde completamente o controle e a minha visão fica turva.

Abro os meus olhos, sentia várias dores, minha vista está embaçada e ainda está chovendo. O que aconteceu? Meu joelho estava sangrando, logo vem a dificuldade para levantar. Mas, depois de ficar alguns minutos de pé, mesmo com toda a dor eu consigo me mexer! O carro estava no meio da estrada de cabeça para baixo, completamente destruído.

— Morgan... Morgan! — grito assim que penso que ele pode estar ali. — Morgan!!! — tento caminhar o mais rápido que posso, mas eu estou longe.

— Ja...s-o-n... — ouço enquanto estou a caminho num sussurro sofrido.

— Morgan? Onde você está Morgan? Me diz onde você está! — falo novamente em voz alta.

— Estou preso. — o vejo preso dentro do carro, me aproximo e abro a porta. Meu primeiro instinto me leva a puxá-lo.

— Morgan... Vou tirar você! — retruco o puxando. — Não desacorde. — falo o olhando.

Procuro o botão para destravar o sinto e finalmente ele consegue se soltar, Morgan cai e eu o seguro, estou muito fraco, meu joelho está doendo demais. Mas, não posso permitir que Morgan fique ali, ele está muito ferido e aquele carro pode explodir a qualquer momento. Puxo Morgan para trás.

— Jason... — diz Morgan.

— Nós vamos sair dessa. — retruco o deitando sobre o asfalto.

— Não Jason, eu não vou sair dessa... estou morrendo... — diz ele. O encaro.

— Morgan, você vai ficar vivo! Por favor Morgan...

— Jason... — O carro explode fazendo todo o ambiente clarear com o fogo.

Dançando sobre o fogoOù les histoires vivent. Découvrez maintenant