Finalmente Morgan sai junto a sua paquera de uma noite, os dois se despedem, ele promete ligar algum dia. Claro! O velho truque. O encaro quando o vejo vir na minha direção de sorriso aberto.
— Felicidade tem seu nome hein. — indago levantando.
— Essa moça é um furacão. Mas, vamos, acho que já nos atrasamos muito aqui. Você ficou todo tempo nessa mesa tomando uísque? — pergunta encarando a mesa, em seguida ele me encara.
— Se quiser posso relembrar porque nós estamos atrasados. Vamos logo comedor de gente ambulante. — começo a andar na direção da porta.
— Esse apelido não é meu. Esse apelido é seu. — diz Morgan vindo logo atrás.
— Não é mais. — finalmente saímos.
Para nossa má sorte começou a chover num dos trechos da estrada, chovia forte com direito a relâmpagos e trovões, não poderíamos perder tempo. Faltava uma hora e meia para o dia amanhecer. Enquanto eu dirigia Morgan reclamava:
— Essa chuva não está brincando. — retruca Morgan — Por que tinha que chover?
A visualização não era boa, parecia que cada minuto mais a chuva se intensificava. Apenas os faróis para clarear a estrada.
— Jason... tem alguma coisa ali. — diz Morgan apontando para frente, realmente, havia algo parado ali. Mas, eu não conseguia ver mais do sombra.
— Deve ser o reflexo de algo. — retruco.
— Jason!!! — Morgan grita.
Ouvimos o barulho de tiro e há um carro atrás nos seguindo, era possível ver as armas posicionadas na direção do nosso carro.
— Uma armadilha!!! — diz Morgan.
— Que merda. Mais que merda. — retruco muito enraivecido.
Vejo um carro vir a toda velocidade na contra-mão e o meu instinto me faz recuar ligeiramente. O carro perde completamente o controle e a minha visão fica turva.
Abro os meus olhos, sentia várias dores, minha vista está embaçada e ainda está chovendo. O que aconteceu? Meu joelho estava sangrando, logo vem a dificuldade para levantar. Mas, depois de ficar alguns minutos de pé, mesmo com toda a dor eu consigo me mexer! O carro estava no meio da estrada de cabeça para baixo, completamente destruído.
— Morgan... Morgan! — grito assim que penso que ele pode estar ali. — Morgan!!! — tento caminhar o mais rápido que posso, mas eu estou longe.
— Ja...s-o-n... — ouço enquanto estou a caminho num sussurro sofrido.
— Morgan? Onde você está Morgan? Me diz onde você está! — falo novamente em voz alta.
— Estou preso. — o vejo preso dentro do carro, me aproximo e abro a porta. Meu primeiro instinto me leva a puxá-lo.
— Morgan... Vou tirar você! — retruco o puxando. — Não desacorde. — falo o olhando.
Procuro o botão para destravar o sinto e finalmente ele consegue se soltar, Morgan cai e eu o seguro, estou muito fraco, meu joelho está doendo demais. Mas, não posso permitir que Morgan fique ali, ele está muito ferido e aquele carro pode explodir a qualquer momento. Puxo Morgan para trás.
— Jason... — diz Morgan.
— Nós vamos sair dessa. — retruco o deitando sobre o asfalto.
— Não Jason, eu não vou sair dessa... estou morrendo... — diz ele. O encaro.
— Morgan, você vai ficar vivo! Por favor Morgan...
— Jason... — O carro explode fazendo todo o ambiente clarear com o fogo.
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Dançando sobre o fogo
Roman d'amourJason Whittemore era o mais novo de três irmãos, e segundo seus pais o mais rebelde desde a infância, com uma personalidade forte e um humor para poucos, brinca com as mulheres e quase sempre estampa jornais. Há muitos anos Jason não via Ana, a filh...
CAPÍTULO DEZESSETE
Depuis le début