CAPÍTULO QUATRO

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Jason:

Foram mais de vinte minutos para eu conseguir me levantar e mesmo assim com muita dificuldade, nunca havia sentido tanta dor, maldita Ana! Como ela pode fazer aquilo comigo? Essa mulher me odeia a esse ponto? Caminho lentamente até o carro e adentro, daquela vez, com certeza eu teria ficado estéreo. Meus olhos fervem de raiva e o meu coração continua acelerado, nunca em nenhum momento, havia sido tão rejeitado e maltratado por uma mulher.

Nem me façam lembrar hoje no banheiro do Hotness com Libby, eu parecia estar morto, olhava para ela e tentava sentir desejo sobre seu corpo, mas não conseguia ter nenhuma reação. Me senti um robô, apenas cumprindo funções sem sentir nada! Deixei o bar assim que finalizei, enfurecido, tenso e frustrado.

Dirijo lentamente quase parando e o percurso que demoraria apenas vinte minutos, demorou quase o dobro do tempo. Sinto ainda uma forte dor em meu saco, e ainda bem que consegui chegar a meu apartamento ou cairia bem no elevador. Caminhava lentamente, até chegar ao meu quarto e deitar-me na cama:

— Você há de me pagar senhorita Ana... Você há de me pagar... — Sussurro em meio a gemidos de dor.

Nunca uma mulher ousaria em fazer aquilo, muito pelo contrário, faria mais um belo carinho! Será que aquela mulher queria ver eu rastejar aos seus pés? E o pior é que isso quase aconteceu. Que inferno!

Só tirei os sapatos e dormi, a dor era tão grande que só adormecendo eu a esqueceria. Pela manhã doía menos, mas ainda estava difícil caminhar, há uma certa vermelhidão no local, a maldita pareceu um lutador de Box. Até para tomar banho foi difícil, sem dúvidas aquilo fora uma demonstração de ódio eterno.

Caminho lentamente até a cozinha, Ellie já estava ali e logo notou a lentidão dos meus passos:

— Jason, o que houve com você filho? — Pergunta a me olhar.

— Ontem eu me machuquei em uma porta. Acidente doméstico é uma droga! — Retruco, não contaria que fora uma mulher.

— Você deveria ir ao médico, isso pode ser grave! Onde machucou? — Olho pros lados um pouco constrangido a pensar no que diria.

— Próximo a minha virilha. Não é necessário um médico, fique tranquila. Ellie, por favor, me sirva um café! — Ellie caminha até a cafeteira.

— Seu pai ligou pedindo que você aparecesse hoje. — O que? Albert Whittemore ligando para mim? Aquilo significava chateação.

— Mas, o que diabos ele quer comigo?

— Seu pai e você um dia terão uma relação normal. Eu ainda torço. — Falou Ellie colocando a xícara com café sob o balcão de mármore.

— Não faz mal sonhar Ellie. Nossa relação normal é esta. — Retruco.

Apesar de não gostar destas "conversas" com meu pai, eu iria, mesmo que não fosse ser nada importante. Alguns minutos após eu deixo o apartamento e vou em direção a casa dos meus "queridos" pais, ao chegar, adentro a casa e não encontro ninguém, nem mesmo os empregados. Aproximo-me um pouco do escritório da casa e meu pai e Nathaniel conversam distraidamente, aproximo um pouco mais e encosto meu corpo próximo da porta. A porta estava encostada, e dava para ouvi-los:

— Terei alguns meses até que a casa seja vendida. Até lá, pode crer, a tornarei minha noiva! — Falava Nathaniel.

— Sei que ela é uma mulher inteligente. Seria maravilhoso tê-la em nossa família, e sem dúvidas, filho, sem dúvidas, você é o homem ideal para ela. — Diz meu pai sorrindo.

— Ontem, enquanto jantávamos a noite, pude perceber que ela procura um homem sério. Ana é maravilhosa, aquela será a minha esposa. — Sinto um leve toque que me faz ter um susto.

Dançando sobre o fogoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora