Último (Parte I)- O Tesouro do Destino Ao Longo Da Vida

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Ouvi o barulho da porta do banheiro sendo destrancada.

– Sim, Itachi – eu disse rápido – preciso desligar.

Meu olhar periférico a captou saindo de lá com o cabelo com o coque preso em suas próprias mechas, com um rosto mais acordado, segurando seu vestido de festa em um dos braços enquanto digitava alguma coisa em seu celular.

– Quer sair comigo? – virei de frente pra ela e perguntei tão subitamente que ela levou um susto – tipo, mais tarde?

Ela deu um sorriso sutil, porém o desfez rapidamente.

– Vou ter trabalhar mais tarde – ela disse – preciso acompanhar minha pesquisa diariamente no laboratório.

Ouvir aquilo dela me deixou feliz de alguma forma.

– Que tal sexta-feira que vem? – ela sugeriu – vou sair um pouco mais cedo do trabalho.

Eu poderia adiantar algumas aulas no decorrer da semana e teria tempo livre.

– Tudo bem, sexta-feira – confirmei. Pensei em perguntar onde ela queria ir, mas já que o dia havia ficado por conta dela, achei que o local deveria vir de minha parte – vamos ao PCS, por volta do fim da tarde.

A convidei como se estivesse chamando o Naruto pra sair amigavelmente. Eu não tinha clareza de quais eram os meus objetivos, porém a última coisa que eu queria que ela pensasse era que eu a estava chamando com segundas intenções.

Ela deu um suspiro alto e, por fim, anunciou:

– Agora, eu tenho que ir. Ainda tenho que comprar gasolina.

– Ah, tudo bem. A porta está aberta – falei despreocupado e me virei pra lavar as louças.

Liguei a torneira e comecei a ensaboar uma xícara, quando ouvi o barulho da porta fechando.

– Merda! – eu larguei a xícara na pia sem cuidado algum, sequer chequei se ela havia quebrado, enxuguei as espumas das mãos na minha bermuda de moletom e corri em direção a entrada.

– SAKURA! – chamei um pouco alto demais. Ela estava ao lado de um senhorinha que morava no apartamento ao lado, a dona Pilar, conversando enquanto esperava o elevador – Espera!

As duas direcionaram o olhar pra mim. A senhorinha começou a ficar vermelha e cobriu seu rosto com uma bolsa.

– Menino, coloca uma roupa! Você nunca leu o regulamento do prédio?

O Usain Bolt encarnou em mim e eu voltei ao meu quarto pra pegar uma camiseta qualquer e, com certa dificuldade, fui vestindo com no meio do caminho até, por fim, conseguir chegar perto da Sakura.

– Eu vou com você no posto de gasolina.

Seus olhos permaneceram fixos em meu tórax.

– Essa blusa é minha – ela apontou pra mim, com o cenho franzido. Olhei pra baixo e percebi que camisa deixava meu umbigo de fora e as mangas justas roçavam em meus bíceps.

– Girl Power! – apontei com os indicadores pra frase presente na blusa.

O elevador se abriu e Sakura, a senhorinha e eu entramos. "Que geração é essa, senhor?", provavelmente esse era o pensamento que ecoava na cabeça de dona Pilar, que se agarrava cada vez mais com sua bolsa, mas ao invés disso ela soltou:

– Bem, cross-dressing é uma boa opção pra apimentar as coisas, não é mesmo? – ela perguntou meio envergonhada. Sakura e eu nos entreolhamos, ambos com as roupas trocadas, e eu mordi a língua pra tentar segurar uma risada.

O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)Where stories live. Discover now