Capítulo 13 (Revisado)

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Notas Iniciais: Qualquer erro de ortografia, qualquer coisa que pareça confusa, por favor me comuniquem. Boa leitura!

Eu havia passado a tarde inteira em um sono profundo induzido por Dramin. Sakura me mataria se soubesse que eu tomei medicações sem prescrição, mas eu precisava desesperadamente me desligar com excelência da minha realidade.

Era quase noite quando entrei em meu carro e liguei o rádio, "Suck It And See" do Arctict Monkeys tocava na estação. Tudo o que eu menos precisava era de algo que me remetesse à Sakura naquele momento. Minhas mãos estavam rígidas no volante de couro e o pé estava firme no acelerador, enquanto eu me dirigia distante bairro onde eu morei durante toda a minha infância e adolescência.

O carro fez um barulho escandaloso de freada quando parei na frente de minha antiga casa. Desci do automóvel enquanto observava a faixada: gramas cortadas, calçada de pedra, árvores podadas cercavam o imóvel branco de dois andares com uma porta singular de cor azul. Muito havia mudado por dentro, mas meu pai havia feito questão de manter a entrada glamorosa planejada pela minha mãe.

Toquei o botão ao lado da porta, campainha permanecia a mesma, agora velha e rouca.

– Sasuke – pronunciou Layla. Sem dúvidas a parceira mais lúcida que meu pai havia encontrado. As anteriores se afogavam em pílulas de colágeno para não envelhecer ou tinham manias doentias de organização – quanto tempo eu não vejo você por aqui?

Ela me deu espaço para entrar e logo que entrei fui domado por um sentimento que oscilava entre tristeza e nostalgia. Poucas coisas ali ainda tinham o toque de Mikoto: o papel de parede pistache que ela insistia em achar bonito e seu quadro emoldurado da Janis Joplin.

– Acho que mais de seis meses, Layla – respondi tirando meu casaco – onde está o papai?

– Seu pai está no porão, onde guarda os vinhos dele, você sabe – ela tinha em sua face uma expressão impaciente – ele sempre passa muito tempo escolhendo o que vai ser melhor para a ocasião.

– Sempre foi um dos poucos passatempos que ele teve – comentei, tentando reconfortá-la. "Desde que minha mãe faleceu" pensei em acrescentar, no entanto seria pouquíssimo educado. Meu pai havia colecionado uma série de costumes depois da morte de Mikoto, costume que nem mesmo Layla poderia reverter.

Ouvia certas vozes que, pelo volume e pela direção, vinham da cozinha.

– Itachi e Samui estão tentando fazer uma sobremesa– explicou Layla– só não sei o que vai sair dessa tentativa.

Direcionei-me a cozinha, agora desorganizada graças a presença de dois idiotas apaixonados. Eles eram o típico casal Nicholas Sparks que me fazia torcer o nariz.

– Hey, Sasuke – Itachi anunciou assim que eu entrei no cômodo – você já comeu o nosso fondue de chocolate?

– Temo que não me caia bem – disse eu, dando-lhe um sorriso irônico. Irmãos sempre e inimigos nas horas vagas.

– Quanto tempo faz que eu não os vejo no mesmo cômodo? – era a voz de Fugaku, agindo como se não víssemos há anos – só por causa disso, vocês estão intimados a passar Natal desse ano aqui.

Ele cercou os braços em volta dos nossos pescoços e nos uniu em um abraço desajeitado.

– Espero que gostem dessa receita – comentou Layla, tirando uma bandeja de vidro do forno – é a primeira vez que a faço.

Layla nos levou até a mesa, enfeitada com um arranjo de flores amarelas e arrumada de maneira tão simétrica que exalava seu perfeccionismo. Assim como Itachi e papai, sentei na mesma cadeira em que havia sentado durante toda a minha vida.

O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora