Último (Parte I)- O Tesouro do Destino Ao Longo Da Vida

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– Ah, eu ia atrás de você de qualquer jeito – ela começou, provavelmente tentando desviar o assunto – Ino me disse várias vezes precisávamos ter a conversa que tivemos – seu rosto começou a ficar vermelho – eu estava planejando que fosse outro dia, mas meu tanque de gasolina esvaziou aqui perto.

Fiquei sem reação.

– Eu estava esperando passar um táxi pra eu poder comprar um galão e nenhum estava passando, e foi aí que o Angelo me viu – ela baixou a cabeça e deu um sorriso sem graça – ele disse que chamaria um táxi, se eu subisse pra conversar com você primeiro.

Não evitamos uma gargalhada curta ao se lembrar do telefonema de Angelo.

– Aquele telefonema foi só pra provocar – comecei a me explicar – nunca tem garota nessa casa. Não sou tão promíscuo.

"Sasuke, você não seria nem se tentasse" falei para mim mesmo.

– Não precisa se explicar – Sakura disse.

"Não preciso mesmo, você não é minha namorada" afirmei em minha mente. Aquele fato me pôs contra a parede. Afinal, naquele exato instante, diante de todos os sentimentos e verdades expostas, o que éramos?

Ela havia terminado de comer e ambos encarávamos as louças, constrangidos com o silêncio e com a incerteza. Nós dois sabíamos que era aquele o momento em que toda e qualquer garota ia embora da minha casa e (parafraseando Arctic Monkeys, porque não vejo frase mais adequada) que as noites foram feitas especialmente para dizer coisas que não podem ser ditas no dia seguinte.

Eu tinha que ser o primeiro a levantar e colocar as coisas em seu devido lugar.

– Acho que até ele sentiu sua falta – eu disse, dando-lhe as costas e colocando as xícaras da pia.

– Oi? – ela perguntou. Conhecendo bem, ela só queria que eu repetisse a frase.

– Se você quiser escovar os dentes, tenho escovas novas no estoque do meu armário no banheiro. Deve ter uma azul, inclusive.

Eu estava de costas, mas sabia que Sakura havia se levantado e se encaminhado para o toalete. Ótimo, eu teria alguns minutos para resolver aquilo com a maturidade um adulto de 26 anos de idade.

– Itachi? – falei assim que ele atendeu.

Irmãozinho – sua voz era tediosa.

– A Sakura está aqui – quis ser o mais direto possível.

Depois do casamento do Naruto? – ele perguntou imediatamente com uma voz mais animada e maliciosa – e aí, teve?

– Não! – eu já estava com a resposta pronta pra pergunta que eu sabia que ia vir, então continuei – Não teve nada além de uma conversa sentimental e umas desculpas e daqui a alguns minutos ela provavelmente vai comprar gasolina e ir pra casa.

Jovem padawan, eu estou em um supermercado comprado fraldas para o futuro recém-nascido Fugako Neto que vai nascer em duas semanas. Tome uma atitude e, futuramente, você vai poder escolher entre comprar fraldas ou comprar preservativos! – ele disse – essa é a motivação que você precisava?

O conselho (bem óbvio, por sinal) era do Itachi, mas lembrei do meu pai: eu tinha sorte de ter uma escolha e, ao contrário do que eu pensava, Sakura não a havia feito por nós dois.

Tudo seria mais fácil se fosse uma garota casual, mas se tratava se dela. Por anos, ela achou que meus sentimentos não eram recíprocos, mas a verdade era que tomar uma atitude se tornava difícil pelo fato de eu sentir o mesmo por ela e ter a mesma dúvida entranhada em meu cérebro ansioso.

O Melhor Amigo da Noiva (Em revisão)Where stories live. Discover now