XIV

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Liguei para eles e atenderam todos chateados e aos berros, só me apetecia desligar-lhes na cara (nem sei porque me dei ao trabalho de lhes responder). Dissemos quase em coro para se calarem e perguntamos se queriam vir jantar connosco a uma pizaria maravilhosa, que certamente conheciam, para ver se paravam de berrar connosco. Disseram logo que sim sem qualquer hesitação.
Mal chegamos lá, senti uns braços à volta da minha cintura e um beijo no pescoço. Pensei que me ia chatear mais um bocado, mas estava enganada. A cada dia que passava estava mais carinhoso comigo. Parece que a ideia da piza resultou.
Às 23h, depois de um passeio noturno, fomos para casa. Parecendo que não, as férias estavam quase a acabar e o dia das provas aproximava, deixando-me nervosa pois iam decidir o meu futuro.
Quando cheguei ao quarto, acendi as luzes e vi petalas de rosas vermelhas em cima da cama e algumas velas pelo quarto que o Ivan não tardou em acende-las. Perguntei para que era aquilo tudo, mas ele não me respondeu, apenas me encostou à parede e beijou-me de uma forma tão intensa que até me fez ficar sem ar. Ele nunca me tinha beijado daquela forma! Afastei-o um pouco de mim, delicadamente, para que pudesse respirar e perguntei-lhe novamente para que era aquilo tudo. Ele decidiu responder, um pouco triste:

- No momento em que reparei que não estavas em casa, fiquei em desespero! Pensei que te tinham raptado ou algo do género. Liguei-te várias vezes mas tinhas o telemóvel desligado, e as tuas amigas não atendiam... Pensei de algum modo que te iria perder. Perder-te para sempre.

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