7. Peladas 👅

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Luiza

--- Anda Luiza, não tem nada que você tenha entre as pernas que eu também não tenha. - proferiu analisando meu corpo, e eu sentia cada membro do meu corpo queimar com seu olhar, sentia-me nua mesmo com as roupas, será que Valentina sabia o que estava fazendo? Ou fazia sem perceber ?

--- Não sei... Eu tenho uns serviços pra terminar Valentina...
--- Estou começando achar que tens medo de água. - retrucou mergulhando rapidamente.

"Não é a água quem me da medo, e não é exatamente medo que me dar".

Não que fosse a tarefa mais ardilosa do mundo, me juntar a Valentina naquela banheira japonesa, mas para mim, era de longe a mais perigosa, eu corria o risco de morrer sufocada com todas as palavras que nunca falei.

--- Venha, eu prometo que vou fechar os olhos, e somente abro quando você estiver aqui dentro. - fechou os olhos espremendo as pálpebras e eu sorrir de sua atitude.

Ah Valentina... Em bora sejas uma mulher serena com quase todo mundo em seu cotidiano, você as vezes da espaço para a criança que habita dentro de si.

Os segundos se arrastaram e você permaneceu com os olhos fechados, eu deduzi que realmente não abriria os olhos até eu entrar naquele banheiro, eu suspirei sentindo um turbilhão de anseios presos em meu estômago.

"Tudo bem Valentina, você venceu..."

Eu estaria mais segura se não colocasse minha alma em tudo, por que para você talvez isso seja apenas um jogo Valentina, mas para mim sou eu o jogo.

Desde pequena tenho algumas inseguranças com meu corpo, sempre me comparei com outras garotas formosas, e me frustrava por ser desprovida de bunda e peito em abundância, mas isso nunca foi um problema para você Valentina, que muitas vezes elogiou minha cintura fina.

Comecei retirar meu avental e minhas vestes pouco a pouco, de forma relutante, checando se você permanecia de olhos fechados, quando me restavam apenas as roupas íntimas eu me aproximei dos degraus daquele Ofurô, a água estava morna, compatível com a temperatura do meu corpo naquele momento, aquela banheira era mais profunda do que imaginei cobria até meus ombros, exatamente como você Valentina, sentei de frente, e a sensação de relaxante foi quase instantâneo.

--- Pronto, pode abrir os olhos. - pedi com a voz trêmula.

Você abriu seus olhos esverdeados em minha direção e eu senti um choque percorrer meu corpo mesmo embaixo da água, seus olhos analisaram meu rosto corado, e eu podia jurar que você tinha notado, pelo jeito que seus lábios se curvaram em um sorrisinho satisfeito, ah querida, se você soubesse o poder que seus olhos tem sobre mim, talvez abusasse menos deles.

--- Viu? Não foi tão difícil, e você precisava relaxar um pouco Luiza, sei que não me conta tudo, te achei tão tensa desde que cheguei... Posso perguntar como está sua vó ?

Ah Valentina, você reparou em mim ? E em toda tensão que me rodeia ? Como posso me deixar ser tão transparente a ponto dos teus olhos ver, o que há todo custo tento esconder ? Preciso suspirar fundo e trazer a calmaria em um suspiro, mesmo sabendo que uma tempestade no pacífico estaria mais calma que minha mente agora.

--- Minha vó está bem agora, mas ela teve um ataque de amnésia, e quase matou uma paciente jurando que era sua inimiga de infância.

--- Nossa, eu sinto muito Luiza... - sua voz soou cautelosa e me olhava de forma atenciosa.

--- Mas está tudo bem com ela agora... - Retruquei, e me custava acreditar em minhas próprias palavras.

Pelo seu olhar minucioso, eu sei que também não se convenceu, mas desviou os olhos brincando com seus dedos na água e eu observei o anel de casamento em seu dedo, e as lembranças me ofuscaram.

O Diário De Uma Faxineira Killer #ValuOnde histórias criam vida. Descubra agora