O Diário De Uma Faxineira Killer #Valu

6. Lésbica 💋

Os erros ortográficos, anda serão revisados.

08:25

Enquanto tomava um café quentinho na varanda, escutei a campanhia tocar e minhas mãos estremeceram e eu derramei um pouco de café quente sobre meu avental, a campanhia voltou a tocar e eu imediatamente corri para abrir.

Era você.

Oh doce Valentina, se você soubesse o quão mi'alma se alivia ao vê-la voltar para casa, sua silhueta entrando pela porta com suas malas, tudo parece se torna câmera lenta, um embrulho aperta meu estômago e eu só queria poder te abraçar.

Você chegou com seu batom vermelho vibrante, e aquela imagem do sangue de Fábio me veio a cabeça imediatamente, me lembrando que eu fiz a maior faxina da sua vida, e que eu era oficialmente uma criminosa.

--- Good mornning. - saudou entrando em sua própria casa, e eu me prontifiquei em ajudar com as malas.

--- Mornning. - respondi te despertando um sorriso voluntário.

De tanto lhe ouvir praticar seu inglês por ligações, eu comecei aprender algumas coisas.

Eu observo a fração de seus movimentos
largando as duas enormes malas caríssimas de cor lilás pela sala.

Seus lábios se curvando em um aconchegante sorriso ao me ver lhe olhando, você inspira e transpira sentindo cheirinho de casa limpa, eu vejo seu peito subir e descer satisfeita e o sorriso se espalhar ainda mais.

O amor se assemelha a isto Valentina, "voltar pra casa depois de uma longa viagem, e sentir o cheiro, que só sua casa guarda".

--- Seja bem vinda a sua própria casa. - saudei forçando um bom humor.

--- Sentiu minha falta ?
Perguntou retirando o terninho e ficando apenas com uma camiseta branca e uma saia de cor preta.

--- Um pouquinho. - brinquei.

Ah Valentina, se você soubesse o quanto me adaptei a sua rotina, e quando viajas me deixas um vazio, ah se você soubesse que eu te espero, como as andorinhas aguardam o verão, talvez se soubesse você ficasse em meu peito em todas as estação.
Mas você nunca vai saber, não posso correr o risco de te perder e perder meu emprego, são só palavras que eu escrevo em meu diário.

--- Esse palito não é do Fábio ? Ele já chegou ? - perguntou e eu percebi que havia esquecido completamente deste grande detalhe.

Ela me olhava de forma intensa com aqueles olhos verdes sedutores e eu assenti.

"Droga, e agora o que eu direi ? Anda Luiza, pensa em alguma coisa rápido..."

--- Não, fui eu quem passei no ferro, e acabei esquecendo aí, que cabeça a minha me desculpe.
--- Tudo bem...

Você levou sua mão pelo piano lisinho há qual eu limpei está manhã com pano úmido, estava tão limpo que refletia sua feição.

Ela tocou um perfeito Dó, seguido de Lá, e eu sorrir, era um sinal.

Você está feliz Valentina, está lúcida, você está vibrando coisas boas, eu posso sentir daqui, mas você não tem ideia do que está por vim, de todas as decepções que eu já te causei sem você saber, essa era de longe a mais cruel...

- Alguém está de bom humor. - Retruquei enquanto lhe observava sentar na poltrona e retirar seus saltos scarpin pretos.

- Como foi a viagem ? - Perguntei.

- Há Lu você precisava ver, o que eu pensei que seria uma viagem há negócios chata e tediosa, se tornou uma aventura inesperada! Afinal, ninguém pode ir a Paris e não senti-se encantada não é?