Manuela Minha Obsessão. Concluído.

Capítulo 44.

_estou aguardando Nicolas.

Respiro fundo,  ja sem paciência.
Após ficar por minutos o vendo calado olhando para o nada.

_promete que não ira sair correndo?
_que pergunta é essa Nicolas?
Olho em seus olhos,  e tenho medo de sua resposta.

_Ta bom Nicolas,  não vou ficar aqui esperando a sua boa vontade.
Me levanto seguindo para a saida.
Sim, covarde!
Me senti covarde e com medo do que esta por vim.

_não manu! Espere!
Eu vou contar tudo.

Me sento novamente, meia receosa.

_manu peço que me escute antes de tomar alguma atitude.

Não digo nada apenas o observo.
Nicolas respira fundo e diz.

_Manuela...

Cresci em uma casa onde o amor e a obsessão andaram de mãos dadas

Minha era mãe uma mulher linda e feliz.
Amava a vida e suas rosas.
Todos os dias ela ia até o jardim da frente e cuidava ela mesmo com todo amor que podia dar.
Ela era uma mulher encantadora. Diferente do meu pai.
Um homem que tudo nunca estava bom.
Vivia reclamando e sentia ciúmes de tudo e todos que pudesse tirar a atenção de minha mãe.
Ele achava que o mundo tinha que girar ao seu redor.

Quando minha mãe engravidou, o mundo do meu pai caiu.
Ele não queria ter um filho,  e contra sua vontade minha mãe engravidou.
Gerando uma guerra sem fim dentro de casa.
Mais seu desejo era maior.  E minha mãe nem por um segundo pensou em interromper sua gestação.

Cresci vendo meu pai maltratar minha mãe.
Todos os dias eram brigas intermináveis.
Ele a acusava de ter outro, de cuidar mais de mim doque dele.
O ciume dele era tanto que sempre que podia me fazia mal.

Um dia minha mãe cansada de brigas e após ser agredida encontrou uma brecha na segurança da casa e conseguiu fugir. Me deixando para trás.
Minha mãe mesmo amando meu pai e vivendo em cárcere se manteve ali.
Na esperança que um dia ele mudasse.
Mais depois daquela surra resolveu seguir e eu fiquei para trás ...

Dali em diante eu paguei por isso.
Meu pai me colocava medo apenas para eu chorar e ele ter motivos para me bater e me trancar no quarto escuro.
Eu me tornei uma criança frágil e traumatizada. Aquele quarto era o terror da minha vida.
Ficar trancado ali era como se eu fosse a pior pessoa do mundo.
A partir de um certo tempo
Vivi pelos cantos escondido.
Sentia tanta falta de minha mãe,  que até tentou na justiça me tirar dele.
Mais o dinheiro falou mais alto e meu pai teve por fim minha guarda.  Perante o juiz ele era um pai perfeito,  mais quando chegava em casa eu pagava por minha mãe me amar e querer minha guarda.
Por diversas vezes tentei fugir, mais nunca passei dos portões sem ser capiturado antes.

Meu medo a cada dia ia almentando.
E junto dele um ódio que não conseguia controlar.
Meu pai conseguiu seu objetivo maior.
Me tornar igual a ele.
E quando ele morreu eu já era frio, temido, porém quem era medroso era eu.

Eu sempre tive medo.
Mais meu pai me obrigava a não ter.
A palavra" não "era inadmissível no nosso vocabulário.
Tudo posso, tudo quero, tudo terei...
Era o mantra dele.
Mesmo que para isso, ele ferisse,  maltratassem ou ate matasse para ter aquilo que almentava.

E esse sou eu.
a copia perfeita dele.
Ja fiz tudo de ruim nessa vida, para ter oque eu queria.
Obriguei,  maltratei.
Mais sempre tive o que quis