Capítulo 24

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Nicolas sempre foi um homem que ao meu ver, foi mimado.

Como a palavra não é inexistente em seu dicionário.
Se torna uma pessoa arrogante quando contrariado.
Cada um tem uma forma diferente de lidar com a negação.

Me foi negado muitas coisas durante a minha vida.

Voltando ao meu passado vejo que a palavra não foi a mais usada e direcionada a minha pessoa, doque a palavra sim.

E nem por isso, sai por ai me vingando e maltratando as pessoas.

Meu pai me negou desde o momento em que descobriu o meu sexo.
Minha mãe me negava na frente do meu pai.
Meus irmãos nem se fala.
Nunca me protegeram e me negaram atenção quando mais precisei deles.

E onde estou agora?
Sofri na mão de um homem, no qual fui obrigada a conviver,  pois lhe disse não.
Fui maltratada, humilhada,  agredida física e mentalmente.
E porque?
Por dizer NÃO ao seu capricho machista.

Neste dois messes que vivi com Nicolas,  nem por um so minuto consegui entender o real motivo da sua obsessão por mim.
Sua explicação foi tão vaga.
Oque me leva a crer que o seu egoísmo foi bem além do que o tal amor que ele diz sentir por mim.

Eu quando me casei estava disposta a fazer valer a pena. O desejei como homem.
Quiz tentar. Mesmo não amando, acreditava que a nossa relação valia pela vida do meu pai.
Me conformei com a minha triste realidade. Amava meu pai,  mesmo ele me não me amando.
Porem,  acreditava que com minha atitude,  me olharia com outros olhos.
Mais era tudo uma farsa.
Ele ja sábia que eu teria que me casar para a empresa ser dele.
Só que com a empresa a beira da falência,  não se importava em não ficar com ela.
E descontava em mim, a sua frustração.
E com a oferta de Nicolas.
Viu uma oportunidade que para ele, era tudo que precisava.
Colocaria a empresa em ordem, e ela seria sua com o meu casamento.
Como eu não demostrava nenhum interesse por casamento.
Até mesmo por não ter encontrado alguém que ascendesse essa vontade.
Preferiu omitir que a empresa era minha.
Jamais imaginei que ela seria minha, após a morte de minha mãe.
E para falar a verdade, não me interessaria por ela.

Minha área era outra.
Com certeza deixaria meu pai com ela. E quem sabe mais a frente não me negaria a casar por interesse de ficar com ela.

Mais levei uma rasteira...
E hoje mesmo não sendo a minha intenção, estou aqui sentanda na cadeira de presidente da M.M Engenharia.

Então te pergunto.
Para quê?  Para que tantas voltas se estou no lugar que meu pai quis para si?
Ele perdeu tudo e eu não ganhei nada.
Apenas tomei pose do que já era meu por direito.

E se me perguntar se estou feliz?
Sinto em desapontar, mais não.

Sempre almejei,  ser jornalista. Estudei para isso.
Passei noites e noites em claro estudando. Me empenhei durante anos da minha vida e para que?
Para terminar sentada dirigindo uma empresa que não tenho a menor noção de como mante-la de pé.
Precisando de pessoas que nunca vi para me ajudar.
E precisando mais ainda da pessoa que me colocou nessa situação toda.
E no momento ele não esta apto a me ajudar.

Mais uma semana difícil na empresa.
Nicolas vem todos os dias, mais parece tão distante,  que era melhor não vir.

Pouco vejo e quando vem me ajudar com alguma coisa. Pouco fala.

Peço que Bia o chame.
Preciso conversar com ele.

Ele bate na porta e peço que entre.

_bom dia, me chamou?
_Bom dia Nicolas,  chamei sim. Entre e sente-se aqui.

Manuela Minha Obsessão.  Concluído. Where stories live. Discover now