||capítulo VI - A mulher dos sonhos||

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Kethellen Cristhina


Ian ainda estava acordado me observando, baixei a cabeça novamente com vergonha de está deitada com ele na mesma cama e ainda colados como se fôssemos um só. Meu pai vai me matar. E se eu falar que é por uma boa causa, papai poderia refletir? Não, um não com letras maiúsculas no letreiro mais enorme que possa enxergar para entender o óbvio.

—Se seu irmão me ver com você, serei um cara morto. —sorriu de canto.

— E eu serei uma garota morta. —Abri um sorriso de lado.

—Falamos que é por uma boa causa. — escutei sua voz rouca, desfiz o sorriso, exatamente o que pensei.

Devo ser muito óbvia, será que sou chata? Por que estou pensando essas coisas? Me incomodo com meus pensamentos. Bufei.

—Você é imprevisível. Você parece com um mulher que sonhei, mas a personalidade é diferente. Alguns traços são semelhantes como o seu olhar, a boca... e tinha o nome.

—Qual? —perguntei curiosa.

— Kellen, aparentemente com 22 anos, cabelos tão lisos como uma lã, perfeita... com aqueles cabelos negros, e usava vestidos longos com cores fortes e marcantes. —suspira apaixonadamente.

Meus cabelos nem chegava perto de ser tão lisos, são bem cacheados e nunca cheguei perto de um vestido, então realmente não sou seu tipo. Arregalei os olhos quando percebi a descrição da mulher que sonhou, sonhei com alguém assim.

Lembrei do sonho.


Caiu no chão quando viu meu sonho, seu corpo tremia enquanto seu nariz sangrava, ele estava morrendo. Em um embarque profundo ficou inconsciente.

— Guilherme! Estou lhe chamando, acorda agora! Você não pode morrer! A culpa é minha só minha, não devia ter mostrado o futuro. Eu quero está com você, se pudesse voltar no tempo, se pudéssemos ser só nós sem conflitos. Nunca permitiria que entrasse na minha cabeça...
***

—Estamos tendo os mesmos sonhos? —ele encarou no mesmo momento que levantei o olhar.

— Impossível. — abaixei a cabeça voltando a dormir.

×××


-Acorda chata! Vou te levar pra casa.

Escuto a voz de Gustavo com animação, abro os olhos na hora que tirou o lençol, Ian acordou caindo da cama do hospital.

—O que ele faz com você? —gritou, irritado.

—Não é o que você está pensando! —Levantei movendo as mãos para cima em forma de rendição.

—Falei para ficar longe dela!

Pegou pela camisa de Ian encostando-o na parede antes de levantar do tombo. Encarei surpresa o limite que Gustavo estava irritado, agora ficha caiu, foi ele que havia batido no Ian e não a coisa que me assusta.

—Foi você que machucou o rosto dele? — perguntei querendo que fosse mentira, então foi por minha causa.

—Vamos nos acalmar. —Sorriu sem graça. — E-Eu não... — Gustavo interrompeu com punhos cerrados acertando a parede do lado, felizmente sou grata por isso. Ele nem parece que se machucou e nem fez aquela cara de que doeu.

O soco arrebentou a parede, inacreditável.

—Responde... — falei mais baixo do que imaginava. Agarrei o ombro de Gustavo, o mesmo me olhou com fúria até que eu fiquei com medo. Ele tirou a minha mão do seu ombro com bastante vigor.

Quem sou eu? Quem é Você?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora