Amor Doentio - Concluído

Último Capítulo II - Uma Nova Esperança

E aqui estou eu novamente ao observar o homem que tanto me fez chorar e sofrer em seus braços à minutos atrás que agora se encontra totalmente frágil e indefeso, ainda deitado sobre o piso gelado agonizando de dor sobre o seu próprio sangue. Apenas me levantei do chão e fui até a cama rasgando um pedaço do lençol da cama para que assim colocasse o osso quebrado do meu pulso no lugar, assim que o fiz apenas dei um pequeno grito e logo nem precisei amarrar o pequeno pano já não sentia dor alguma como se nunca tivesse quebrado.
Então depois de minutos depois de rolar e rolar para todos os lados finalmente olhou ao fundo dos meus olhos enquanto agora apontava o dedo na minha cara tentando me lançar um olhar intimidador.
E claro eu que não sou nem um pouco perversa e vingativa, ando em sua direção e agacho ao seu lado lhe mostrando dois grandes vidros de álcool e dois limoes grandes. Dando uma pequena piscada e um grande sorriso travesso aos cortá-los ao meio com o mesmo punhal que a minutos antes lhe fez um grande estrago em seu membro.

- S-sua V-vadia, V-você pagará c-caro P-por t-ter f-feito e-essa b-barbaridade C-comigo!..., S-sua desgraçadaaaa... Maldito foi o dia que te reencontrei e mais desgraçado ainda foi o dia que te
amei n-novamente...

Gritou Aaron demonstrando todo o seu ódio em suas palavras enquanto direcionava cada palavra a mim enquanto ainda apontava o dedo na minha cara, aquilo me irritou tanto que sem pensar mais, cheguei mais próxima a ele e com o punhal ainda em mãos, peguei em sua mão e o forcei para que ficasse aberta e firme sobre o piso o que não foi nada difícil pois Aaron estava completamente a minha mercê, ele no entanto parecia fraco e perdido não tentava nada contra mim apenas observava com atenção tudo o eu que fazia ou pretendia fazer , então fiquei de joelhos sobre a sua mão para que ele não tentasse tirá-la quando arrancasse seu maldito dedo como forma de punição.
Então assim o fiz, peguei firme no punhal e mirei bem seu dedo indicador e o arranquei rapidamente, apenas foi se ouvido um pequeno estalo do osso se partindo e gritos e murmúrios agonizantes de Aaron que encarava a sua mão faltando um dedo, ele chorava e gritava ao mesmo tempo e eu apenas observava não conseguia sentir qualquer tipo de emoção ou sinais de arrependimento.
Me levantei ainda nua e me direcionei ao guarda-roupa peguei uma charmosa langerie vermelha e a vesti juntamente com uma camiseta de Scott que bateu no meio das minhas coxas que agora as olhando bem dava para ver perfeitamente marcas de agressão e do abuso que havia sofrido há poucas horas.

- O q-que f-foi p-piranha? Cansou-se d-de t-tentar l-limpar a S-sua d-dignidade q-que V-você n-nem m-mesmo t-tem?... Kkkkkk

Disse rindo e tentando debochar da minha cara com o seu sarcasmo idiota, apenas lhe respondi com um pequeno sorriso enquanto me sentava no chão perto de si, peguei o litro de álcool em uma das mãos, enquanto ele se distraia olhando para os meus lábios entreabertos com o meu sorriso falso, então fui chegando mais próximo de sua boca e colei a li os nossos lábios, então a sua língua pediu passagem e rapidamente cedi abrindo mais a boca para beijá-lo com verocidade, foquei em todo ódio que sentia dele e tudo que ele me tinha feito passar enquanto ainda o beijava, minhas presas apareceram no momento certo então grudei em seu lábio inferior e o arranquei com toda a minha raiva, senti o gosto do seu sangue novamente em meus lábios e mais que depressa sem resistir o engoli.
O gosto do seu sangue era fantástico parecia diferente e ao mesmo tempo mágico, poderia me viciar facilmente em seu sabor pena que para mim Aaron já era um homem morto, tirei rapidamente a pequena tampa que continha no litro do álcool e joguei sobre a boca do cretino que agora faltava um pedaço, ele chorou e gritou novamente de dor quando aproveitei e joguei sobre todo o seu corpo aonde havia feridas e estragos que eu mesma havia feito.

- Última chance para se confessar Aaron, pois depois daqui é uma passagem livre para o inferno... Kkk

Ele no entanto nada disse, apenas se aproximou do meu rosto e com um sorriso sarcástico e medonho por conta de sua boca machucada, juntou todas as suas forças e me deu uma bela cuspida em meu rosto, misturada com sangue e todo seu ódio presente . E a partir daquele momento resolvi por um fim naquilo tudo, me levantei do chão rapidamente enquanto limpava minha face com a própria camisa tentando tirar qualquer vestígio daquele ser repugnante. Joguei o último litro de álcool sobre todo o corpo fraco de Aaron, que continuou a me olhar sem entender nada então fui em direção a escrivaninha e de lá tirei o que tanto precisava para acabar de uma vez com todas com essa tortura.
Risquei o fósforo sobre a lateral da caixinha e atirei sobre o corpo imóvel do canalha, que agora gruninha e choramingava sobre o piso do quarto enquanto as chamas subiam e queimavam a sua pele ainda mais. Tudo que ele fazia era gritar e rolar pelo chão, o fogo agora começava a se esparramar por todo o quarto, a fumaça já tomava conta de tudo.
Dei uma última olhada para Aaron que agora nada fazia ou falava sua pele estava negra pelas queimaduras e seus olhos que um dia foram verdes e perfeitos estavam irreconhecíveis por um tom cinza. Desci pela janela e saltei sobre a grama úmida, assistindo agora a casa toda de madeira pegar fogo por completo.
Virei de costas e comecei a caminhar pela floresta sabia que em algum lugar por ali existia uma única trilha e assim poderia me direcionar a estrada que provavelmente me levaria até Scott. Andei por mais de vinte minutos pela longa e deserta trilha sombria, até que finalmente avistei a estrada e faróis de carro a iluminando, meu coração então se alegrou por completo pois eu tinha a plena certeza de quem estava a dirigir esse carro em alta velocidade.
Rapidamente me direcionei a frente do carro e levantei as mãos para o alto para que o motorista parasse. Mais que de pressa Scott parou bruscamente o carro e abriu a porta com agilidade correndo até mim já me abraçando com carinho.