K.O (+18)

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Seu amor me pegou
Cê bateu tão forte com o teu amor
Nocauteou, me tonteou
Veio à tona, fui à lona, foi K.O.

Amor.

Quem diria que Dean sentiria novamente isso algum dia?

Quem diria que depois de tudo o que passara, com todas as suas experiências nada boas com esse sentimento, estaria sentindo-o novamente?

Depois de Lisa, resolvera fechar-se por completo para romances.
Sua vida era as caçadas, seu irmão, noites em bares bebendo excessivamente e transando com mulheres que nem se quer lembraria o rosto no dia seguinte, e assim estava muito bem, estava certo disso.
Nada de envolvimentos românticos e emocionais que acabariam mal depois.

Estava indo muito bem apenas com isso, sexo casual e noites cheias de aventuras, era o suficiente para aliviar o stress de estar sempre a beira de um apocalipse.

Mas quando foi que essa vida de solteiro convicto e conquistador perdera o sentido?

"É mais uma noite de sexo como qualquer outra. Que diferença faz que ele é meu melhor amigo? Amigos fazem sexo às vezes, não?" Dizia para si mesmo. Mas no fundo sabia que não era daquela forma. Amigos às vezes se envolvem sexualmente, mas entre eles nunca fora somente um envolvimento sexual.

Uma noite virou duas, três, quatro... E fora impossível continuar contando.

Quando Dean se deu conta, não tinha mulher alguma que lhe chamasse atenção, por mais curvas, seios fartos ou bunda grande que ela pudesse ter, não faziam mais seu tipo.
Seu tipo estava mais para lábios rachados e róseos, cabelos negros levemente bagunçados, olhos intensamente azuis, corpo másculo e biologicamente masculino e músculos firmes nos lugares certos cobertos por um velho sobretudo. Ah, isso sim fazia o caçador vibrar!

Sempre fui guerreira, mas foi de primeira
Me vi indefesa, coração perdeu a luta, sim
Adeus bebedeira, vida de solteira, quero sexta-feira
Estar contigo na minha cama, juntos, coladin

Dean negava o sentimento para si mesmo. Tentava pôr em sua própria cabeça que tudo não passava de atração física (mesmo que antes do anjo nunca se dera chance de reparar em corpos vistos como masculinos) mas bastava Castiel se aproximar mais e invadir seu espaço pessoal para que todas as dúvidas, incertezas e negações fossem esquecidas.

Quando azul e verde se encontravam, não precisavam de palavras para definir o que sentiam. A falta delas já explicava tudo.

E foi aos poucos, sem que ele nem percebesse, que Dean foi mudando sua rotina pós caçadas. Sam e ele vez ou outra iam para algum bar - com a vida que levavam permanecer 100% sóbrio não era a opção mais saudável para suas mentes - mas o fim da noite era o que mudava.
Às vezes Sam flertava com alguma garota e saia do bar com ela, já Dean não. Dean bebia e voltava para o motel ou para o bunker e lá encontrava seu anjo. O caçador nem ao menos notou quando isso passou a ser costumeiro. Sam sim, mas não falava nada. O irmão parecia muito melhor agora, e o caçula sabia exatamente o porquê.

E essa noite tinha sido assim.
Uma caçada dura à dois ghouls que deram trabalho, mas haviam vencido e já estavam de volta ao bunker. Sam chamara Dean para ir a um bar perto dali, mas ele negara dizendo estar cansado, então Sam fora sozinho. E lá estava ele, no seu 4° copo de whisky, até ouvir o costumeiro bater de asas que lhe fazia arrepiar por completo.

This reminds me of you (DESTIEL SONGFICS)Where stories live. Discover now