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Amy

Depois que contei tudo ao Luke me sentir aliviada, ele me abraçou e eu percebi só pelo aperto que ele sempre estaria comigo, me protegendo, cessamos o abraço e eu fui para o lado de fora do quarto para ligar para meu pai.

Ligação On

Chamando...
Chamando...

" Droga pai, atende "

Chamando...

- Alô
- Pai? Sou eu a Amy
- Oi Filha, já está em casa?
- Ham, não pai eu.. Não irei hoje.
- Aconteceu algo com você?
- Não pai, calma... Eu só vou passar a noite aqui no colégio.
- Porque? O que você aprontou?
- Eu, nada, é.. Que.. Um amigo meu.. Ele... Sofreu um pequeno grande acidente, e eu prometi que ficaria aqui com ele.. Não fica bravo.
- Bravo? Claro que não Amy, você fez amizade, isso é bom.
- Pensei que ficaria, por eu não dormir em casa.
- Claro que não, mas toma cuidado.
- Ta bom, pai preciso ir.
- Ta bom, tchau meu amor.
- Tchau pai, beijos.
- Beijos.

Ligação Off

Depois que desliguei, voltei para o quarto, sorridente, o Luke estava deitando fitando o teto, ele parecia não muito consciente, parei perto da cama e percebi que ele estava dormindo, depositei um beijo e sua testa e me sentei na poltrona ao lado da sua cama, maca, sei lá.

Depois de alguns minutos demorados a enfermeira chegou e foi olhar como estava o local onde ele levou o soco e o corte, como só curiosa fui olhar também e estava irritado, vermelho, e parecia doer muito.

Enquanto a moça tocava ele gemia um pouco de dor mas, não acordou, ela abaixou a camisa dele novamente e saiu, me sentei novamente na poltrona e como não havia nada pra fazer fui estudar.

"Da uma de estudiosa as vezes é bom "

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Acordo com barulho, " pois é, acabei dormindo enquanto estudava ", olho para o Luke e ele estava com o rosto vermelhos, sua face parecia que ia explodir, ele parecia tentar algo que era em vão, quando fui perceber ele estava quase desmaiando, sem ar.

Me levantei desesperadamente e corri ate onde a enfermeira estava.

- Mo..ça, me.. aju..da - falo entre suspiros se fôlego.

- O que aconteceu? - ela perguntou aflita.

- O Luke... Está sem ar - falo, quase conseguindo respirar normalmente.

- Vamos até lá.

Assim que chegamos, ele estava com os olhos fechados, todo vermelho, cheguei perto dele e ele não se movia e estava queimando de febre, a enfermeira me olhou e foi onde a estava.

- Luke, acorda, Luke - eu mexia no mesmo que continuava de olhos fechados - o que vamos fazer? - pergunto a enfermeira com lágrimas nos olhos.

- Acho melhor levar ele para um hospital, não sou profissional e lá tem o aparelho respiratório e os médicos podem analisar melhor o ferimento dele. Aconselho avisar a direção quem foi o agressor.

- Vou ligar para meu pai - saio do quarto chorando e tentando achar o número do meu pai, eu sabia que não adiantaria nada avisar a diretora o que o Austin fez, é como ele disse, não foi a primeira vez.

Ligação On

- Alô? - Ele não demorou muito a atender.
- Alô? Amy? Aconteceu algo? Está chorando?
- Pai, preciso da sua ajuda.
- Me conta o que aconteceu.
- O Luke, não consegue respirar, ele não acorda, precisamos levar pra um hospital.
- Vocês estão onde?
- No colégio.
- Chego já ai, vou ligar para a emergência, tente reanima-lo.
- Certo, obrigada pai.
- Por nada, agora vai.

Ligação Off

Voltei para o quarto e a enfermeira ainda tentava animar o Luke, mas ele não se mexia, eu fui ate onde ele estava e fiquei lá, sentada acariciando seus cabelos.

Muito alvoroço não ajudaria em nada, ele precisava de ar e não reanimação, ele estava de olhos fechados, não veria nada, poderia até ouvir ou sentir, mas estava fraco para fazer qualquer tipo de movimento.

~~~~~~~~~~

Não demorou muito e a ambulância chegou, meu pai também na viatura, eu ainda estava no quarto com o Luke, ele ainda estava inconsciente e eu estava chorando de desespero.

Os enfermeiros entraram com a maca e o colocaram na mesma, vendo ele sendo levado daquele jeito me fez desabar, meu pai chegou perto de mim e me ajudou a sair de lá, eu chorava muito, não queria perde-lo, ele se tornou importante para mim, quando mostrou se importar comigo de verdade, mesmo que tudo isso tenha acontecido hoje.

Estava do lado de fora com um copo com açúcar e água em mãos, assim que terminei de toma-la, um enfermeiro veio na minha direção, eu estava chorando sentada no capô da viatura.

- Precisamos de uma pessoa para acompanha-lo.

- Eu irei - me levantei e meu pai segura meu braço - eu prometi que ficaria ao lado dele, e eu irei cumprir.

- Tudo bem filha, eu só irei em casa trocar de roupa e vou para o hospital, me da suas coisas que eu levo.

Entreguei meus materiais ao meu pai e fui para a ambulância com o enfermeiro, assim que entrei me sentei ao lado do Luke, ele estava deitado, amarrado caso o carro frei para ele não cair, e estava com um aparelho respiratório em seu rosto.

Me odeio por ele está desse jeito, era para eu está assim e não ele, me odeio por ele esta nessa situação por minha culpa.

~~~~~~~~~

Quando chegamos no hospital levaram ele com urgência para uma sala, eu queria poder ir junto mas, não podia entrar, então, fiquei do lado de fora, novamente.

Estava sentada no chão, quando meu pai chegou, assim que me viu foi em minha direção, se sentou no chão junto a mim e começou a acariciar meus cabelos, enquanto eu chorava.

- É culpa minha pai, não era pra ele esta aqui, assim - eu falava enquanto chorava.

- Não é culpa sua, não se culpe - ele tenta me acalmar, o que foi em vão.

- É sim, ele atravessou na frente, ele se machucou para me salvar.

- Do que esta falando? - meu pai me olha e faz com que eu o olhe também.

- Do que aconteceu com o Luke - falo entre suspiros.

- Me conta Amy, foi você que fez isso com ele?

- Claro que não pai, eu nunca o machucaria. - eu chorava.

Contei tudo que aconteceu a ele, e assim que terminei a porta da sala em que o Luke estava se abre e um dos médicos saem vindo na nossa direção, eu me levanto assim que o vejo.

- Então? - pergunto aflita, minhas pernas tremem e eu sinto que irei cair a qualquer instante.

- Seu amigo é forte e lutou muito, o corte não parecia profundo olhando de longe, mas ele estava bastante fundo e tivemos que dar pontos.

Na mesma hora que ele falou isso, meu mundo caiu, o único amigo que eu tinha não estava mais ao meu lado, a única pessoa que eu queria ao meu lado não iria está nunca mais.

Caio no chão com a maior facilidade do mundo, minhas pernas falham e quando percebi estou no chão esticada com meu pai ao meu lado, olho para o mesmo e vejo tudo escuro, e apago.

~ A Suicida E O Psicopata ~ (Em revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora