𝐀𝐋𝐋 𝐈𝐍 𝐦𝐨𝐧𝐬𝐭𝐚 𝐱

11. Minwon

ALERTA DE GATILHO: SUICÍDIO

Hyungwon não atendia as ligações e não respondia as mensagens de Minhyuk, o loiro estava preocupado com o namorado, porém também estava com medo de ir à casa do mesmo e presenciar a cena do dia passado.

Eram 10 da manhã, neste horário Jooheon tinha combinado com o resto do clã - incluindo os dois que não faziam parte do mesmo - de sair e se divertir um pouco, mas Hyungwon não estava lá.

- Ele não vai vir, tenho certeza. -Minhyuk suspirou frustrado enquanto deslizava os dedos por seus fios descoloridos - Eu não entendo, nesse tipo de situação Hyungwon praticamente gruda em mim, como se tivesse medo que eu o deixasse. Mas... desta vez ele está me ignorando. -dizia sem olhar os amigos em sua frente.

- Vá atrás dele! -Hoseok praticamente berrou com o amigo - Mesmo sabendo que ele está te ignorando você deixou-o, não foi atrás! Ainda há tempo para mudar isso, corra até a casa dele o máximo que puder, Minhyuk.

Minhyuk encarou o outro, vendo o resto dos amigos concordando com Hoseok. O loiro assentiu e fez o que o outro loiro havia lhe dito, correu como se sua vida dependesse disso - o que não era cem por cento errôneo -, suas pernas ameaçavam fraquejar mas ele continuava à correr.

Assim que chegou à casa de seu amado, entrou sem permissão. A porta estava aberta, de qualquer maneira.

- Hyungwon?! -chamou, mas como resposta veio o silêncio da casa.

O local era pequeno, então não precisava correr muito para estar nos outros cômodos. Entrou no quarto de Hyungwon, na cozinha e finalmente no banheiro.

Assim que entrou no cômodo, se deparou com a pior cena que poderia ter visto naquele dia.

Hyungwon estava dentro da banheira com água cobrindo-o quase por inteiro se não fossem suas pernas longas. Os olhos fechados e delfins em volta de seu corpo aparentemente sem vida.

Minhyuk entrou no cômodo e apoiou-se na parede branca e gélida, observando Hyungwon com o rosto completamente submerso na água.

Lembrou dos momentos juntos ao seu amado; a amizade que tinha com ele, mesmo namorando-o. Eles eram amigos acima de tudo.

Minhyuk sentou-se num banco mais próximo da banheira, sem tirar os olhos de Chae.

Encarou os lábios rechonchudos lembrando-se do primeiro beijo dos dois. Ambos tinham 14 anos e estavam rindo de um desenho animado que passava na TV, Minhyuk estava hipnotizado pela risada e todas as ações de Hyungwon, se lembra do quão apaixonado estava naquela época. Já não aguentava mais estar perto do garoto centímetros mais alto sem beijá-lo, então apenas o fez, e se surpreendeu quando o amigo retribuiu mesmo que de forma tímida.

"Obrigado por isso, Minnie." Minhyuk lembrou-se da frase que Hyungwon dissera ao acabarem de se beijar. Aquele foi um dos melhores dias de sua vida.

Para falar a verdade, todos os momentos ao lado de Chae foram os melhores de sua vida. Agora sua vida de tornaria amarga, como um café sem açúcar. Hyungwon era definitivamente o açúcar da vida de Minhyuk, um açúcar que ele sem perceber deixou cair, fazendo com que os grãos se espalhassem de forma que ele não poderia pegá-los.

Lee tirou de seu bolso um frasco com o exilir azul extraído do delfim e despejou na banheira de porcelana, os olhos petrificados e uma expressão vazia em seu rosto.

Ele não estava chorando, estava apenas sentindo a dor sem exibi-la, apenas sentindo seu peito rasgar e lembranças passarem rapidamente por sua mente.

Entrou na banheira junto do falecido namorado, sentiu a água fria molhando suas roupas e o corpo gélido esbarrando no seu. Retirou a cabeça submersa de Hyungwon e apoiou-a na banheira, encarando a expressão serena e os olhos fechados, lembrando-se do sorriso que nunca mais veria. Abraçou ele, lentamente caminhou seus dedos pelo braço no garoto e segurou sua mão, apoiou sua cabeça na banheira ao lado do maior, lentamente absorvendo que nunca mais sentiria as carícias de Chae.

Lee Minhyuk nunca mais veria ele. Chae Hyungwon estava morto.

Morto.

... ou quase.

NOTA

ME DESCULPEM POR TANTAS FOTOS EM UM SÓ CAPÍTULO MAS ESSA CENA DO MV É MUITO ÉPICA EU PRECISAVA COLOCAR TUDINHO