Capítulo 9

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Acordo duas horas da tarde e senti meu corpo todo doendo. Levantei com dificuldade e fui no banheiro. Enchi a banheira e coloquei a água na temperatura 5. Quando a água bateu na minha pele senti muita ardência. Terminei o banho lembrando de cada cintada. Sai do banheiro enrolada na toalha e fui até o closet pegar uma camisola e uma lingerie. Passei pomada na bunda, e pedi a Rosa que trouxesse um remédio para dor de cabeça e no corpo. Quando Rosa chegou no quarto, tentei ser mais natural possível, pois se não Ruan ia ficar sabendo e poderia ficar mais furioso.
-Você está bem menina?
-Sim Rosa. Só durmi de mal jeito. Menti.
-Tome esse remédio que logo vai passar. Quer comer alguma?
-Não agora, mas pode me trazer um chá de camomila?
-Sim minha menina. Disse me dando um beijo no rosto.
Tomei o chá que Rosa trouxe, lembrei de ontem e comecei a chorar.

Três meses depois...

Três meses se passaram, desde o dia que Ruan me bateu pela segunda vez. Nem vejo ele quase direito. Quando acordo ele já saiu para empresa. Estou me alimentando direitinho, para que Rosa não comente com Ruan. Nesses dias fiquei a maior parte no quarto. Já, era tarde da noite, quando acordo assustada e sento na cama com as mãos no rosto. Percebo que Ruan estava acordando olhando pra mim.
-O que você faz aqui? Disse eu olhando para Ruan.
-Esse é o meu quarto também? Ruan diz irônico.
-SAI DAQUI! Digo levantando da cama.
-PARA DE GRITAR! Diz impaciente. -E, volta pra cama.
O ignoro e vou para varanda e sento na cadeira. Ele sai da cama já nervoso e pega pelo meu braço.
-Me deixa aqui...por favor...
-Já está tarde! Vem dormir! E me puxa pelo quarto. Tento sair mais ele me segura com força.
-ME SOLTA! ME SOLTAAA!... Digo chorosa, batendo em seus peitos.
-FIQUE QUIETA PORRA! Diz grosso e me deitando com certa brutalidade na cama. Passa as mãos pela minha cintura e me junta mais a ele.
-Te odeio - digo sussurrando. Acho que nem ouviu, porque nem retrucou. Não aguento mais essa vida de apanhar e grosseria. Preciso fugir, mas não sei como se meu digníssimo marido é o maior mafioso e temido por todos. Não conseguiria ficar fora nem um dia se quer. Ele iria me procurar no fim do mundo até me achar. Sem contar que só posso sair de casa com sua autorização.

O possessivo do meu maridoWhere stories live. Discover now