O namorado do papai.

Confusão. (27)

Marisa abriu a porta, Lucas, Kaio e Eric entraram na frente, como três loucos desesperados, não tinha como ela segurar os três, Rafael e Melisa vieram atrás.

- Solte meu filho, graveto de roupa! -disse Lucas vendo Mário ser arrastado, por Tomás.

- Ele não é seu filho! -gritou Marisa, o puxando pela gola da blusa. - Saiam da minha casa, invasores!

- O Mário é meu filho sim! -Lucas correu até Tomás, mas ele segurou o pulso do rapaz mais forte. - Solte ele, ou vou lhe mostrar, o que acontece com quem machuca meus filhinhos!

- Não tenho medo de você, seu viado!

- Viado, lindo, sensual, cozinho bem...

- Pare de fazer propaganda da sua perfeição, e tire o Mário das garras desse brutamontes! -gritou Rafael.

- Tem razão amor... Solte ele agora... por favor!

- Não!

- Eu já pedi com gentileza, não posso bater em senhores de idade e mulheres, o que fasso agora? -perguntou se virando para os outros.

- Sai da frente! -pediu Kaio correndo até ele, e dando um soco de direita em Tomás, que imediatamente soltou Mário. - Ninguém machuca meu namorado! -afirmou agarrando Mário pela cintura, Melisa, Rafael e Eric aplaudiram a cena.

- Mário, quer mesmo voltar com eles?! -perguntou Marisa indo socorrer Tomás.

- Mas é claro, acha que vou ficar com você, depois de descobrir que não pode me aceitar do jeito que sou?! -Tomás levantou nervoso e foi atacar Kaio, enquanto Marisa partiu para cima de Lucas, que apenas a segurou, mas a mulher foi furiosa e deu um chute no meio das pernas dele.

- Eu estou vendo a luz... -dizia se ajoelhando com a mão entre as pernas. - É o fim, não vou andar por uma semana!

- Você está bem? -perguntou Rafael se aproximando, enquanto Kaio brigava com Tomás.

- Ótimo!!! -gritou de forma sarcástica.

- Sua louca! -disse Melisa indo até Marisa e puxando a mulher pelos cabelos. - Não basta iludir meu irmão burro, ainda por cima tem que machucar meu pai!

- Me solta!!! -enquanto todos brigavam e gritavam, Eric ficava em dúvida se deveria ajudar Melisa a puxar os cabelos de Marisa, Kaio a brigar com Tomás, ou Lucas com a dor.

- Já sei!

Eric saiu da casa onde todos estavam se matando, Marisa tentava se soltar de Melisa, mas a menina grudou nela, arrancando algumas partes do cabelo, Kaio trocava chutes e socos com Tomás, Mário tentava o ajudar em vão, enquanto Rafael aconselhava Lucas a respirar fundo e aguentar a dor, foi quando Eric voltou com uma mangueira.

- De cabeça quente não vamos resolver nada!

Ele ligou ela e molhou todo mundo, imediatamente eles pararam de brigar, no mesmo momento a polícia chegou, afinal, os vizinhos se assustaram com a gritaria. Como ninguém conseguiu explicar direito o que estava acontecendo, os policiais levaram todos para delegacia, chegando lá cada um foi prestar seu depoimento. Lucas saiu da sala onde deu sua versão, Rafael abraçou ele.

- Que dia horrível. -suplicou apertando mais o homem.

- Relaxa, vai ficar tudo bem, o delegado é um velho amigo, disse que no máximo o Kaio vai ter que pagar fiança e Melisa não pode responder por ter enchido Marisa de arranhões, já que é de menor.

- Mas e os dois? -perguntou se referindo a Marisa e Tomás.

- Eles também vão ter que pagar fiança, e eu duvido que ela vá querer a guarda dos nossos filhos, depois de hoje.

- Assim espero... -eles encaram Mário, que estava passando a mão nos curativos de Kaio. - Será que ele tomou jeito?

- Do Mário espero tudo, mas agora acho que ele entendeu como as coisas funcionam. -o rapaz foi até eles.

- Nem sei o que dizer... -disse de cabeça baixa, Rafael e Lucas apenas o encararam. - Mais uma vez fiz burrada, peço perdão e que me aceitem de volta.

- Jamais deixarei você, seu castigo já foi dado e sabe que se fizer outra besteira, vai acabar se dando mal, mas não posso deixar de ficar magoado, com o fato de ter me deixado, para ir com a Marisa... O que fiz para merecer isso? -perguntou​ soltando Lucas.

- Nada, a culpa de tudo é minha, mas isso foi bom, pois percebi que amo vocês mais do que imaginava, que sinto falta de estar com vocês, mesmo as brigas me fazem falta, percebi também, que vocês são as únicas pessoas as quais posso contar, afinal, quem mais invadiria uma casa, lutaria e gritaria por mim, mesmo sabendo que não mereço... mais uma vez eu estava errado, perdão.