Capítulo 8

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Donna POV.

A semana passou devagar até demais. Mesmo estando ali todos os dias, ele era ocupado demais para ficar me dando nem que fosse o mínimo de atenção. Não quis invadir o espaço dele, nem demonstrar que eu estava ansiosa, mas foi impossível, principalmente quando tínhamos as aulas de Libras.

Ele estava se esforçando e muito. Já tinha aprendido frases prontas e isso era um avanço e tanto. Não é fácil lembrar de todos os gestos, principalmente quando se tem uma vida como a dele. A agenda era insana. As reuniões era demoradas e era um problema atrás do outro. Eu realmente não sei como ele conseguia levar uma empresa nas costas e por isso, eu o admirava. Tão novo e tão responsável.

Agradeci aos céus quando olhei no calendário e vi a palavra "Sexta-feira". Nós passaríamos um final de semana inteiro juntos, nos conhecendo melhor, curtindo esse momento só nosso, longe de tudo e de todos.

Conversei com meus pais sobre isso. Eles ficaram receosos, claro, mas deixei o endereço da casa de praia e o telefone do Benjamin, caso eles estivessem muito preocupados. Também prometi mandar mensagem, então, estávamos bem em relação a isso.

...

Sexta-feira.

Arrumei uma pequena mala e desci até a recepção do prédio. Benjamin pediu para que eu esperasse dentro do edifício para me ajudar com a bagagem. Sentei em um pequeno sofá que havia por lá e distraída completamente pelo celular sinto um vento ao meu lado. Era ele.

- oi!

Leio seus lábios perfeitamente e logo eles estão em minha boca

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Leio seus lábios perfeitamente e logo eles estão em minha boca. O beijo dele era com certeza o melhor dos cumprimentos.

Nos afastamos rindo um do outro e logo levantamos para ir até o carro. Ele me ajudou com a mala e pegamos a estrada. Quase duas horas depois estávamos na casa de praia dele em Hamptons. Que casa! Deus, eu nunca entrei em uma casa tão grande e luxuosa.

Havia dois empregados esperando por nós. Benjamin disse alguma coisa para um senhor, que logo estendeu a mão para mim, falando um monte de coisas. Não entendi nada, mas o cumprimentei de qualquer forma. Não consegui ler os seus lábios e Benjamin percebeu. Ele disse algo novamente ao senhor que me olhou assustado e fez cara de pena. Claro, ele com certeza falou sobre a minha deficiência.

Respirei fundo e dei um sorriso tímido. O senhor saiu de nossas vistas e Benjamin me puxou para mais perto para que eu olhasse seus lábios.

- desculpe, ele não sabia sobre você. Ele se apresentou, disse que o nome dele é Joseph. Ele toma conta da casa na minha ausência e na ausência dos meus pais.

Terminei de fazer a leitura labial e sorri assentindo. Então aquela casa era também dos pais dele? Pensei.

Benjamin me levou até o quarto e acomodou nossas coisas lá. Era enorme e com vista para o mar. O cheiro de maresia já estava impregnado nas minhas narinas. Eu amava aquele cheiro.

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