Capítulo 3

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Donna POV.

Dois meses de Innova e eu não podia estar mais realizada. Tive meu primeiro feedback com o Benjamin e foi muito bom, na verdade, muito melhor do que eu imaginava. Foi engraçado, confesso. Ele falava pausadamente, escrevia no quadro branco, fazia gestos e até mímicas, mas no final das contas conseguimos nos entender bem.

Neste tempo comecei a reparar muito mais nele. Ele passou a viajar menos, então, consequentemente, eu passava mais tempo ajudando a Emily e às vezes diretamente ajudando ele também. 

Além disso, contratamos mais um assistente, Bruno Peterson. 

Na verdade, ele é estagiário e ainda está no último ano da faculdade

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Na verdade, ele é estagiário e ainda está no último ano da faculdade. É uma gracinha, mesmo sendo mais novo do que eu. Além disso, ele sabe se comunicar em Libras! Fiquei tão feliz quando soube disso que ao conhece-lo abracei tão forte a ponto de ser zuada pela Emily por vários dias. Ela desenhava corações nos meus blocos de papel e dentro dos corações escrevia a letra B. Deus, eu estava mesmo lidando com adolescentes. Tá, isso foi uma ironia, porque eu, às vezes, era pior que eles. Bruno também não ficava para trás e logo se enturmou conosco. Todas às Sextas, depois do trabalho, íamos para o bar ao lado do escritório para fazermos o nosso happy hour semanal. Como Bruno dominava muito bem Libras ele traduzia o que eu dizia para a Emily e vice e versa. Ainda usávamos muito o bloco de anotações, mas realmente falar a língua dos sinais era mais rápido e fácil.

Benjamin parecía estar satisfeito com o time e eu estava muito feliz até conhecer um dos sócios da Innova. Um cara nojento, e desculpem o termo, mas não há outra palavra para tal. Ele sempre me olhava como se fosse me atacar e me tocava sem que eu permitisse. Isso, que eu saiba é Assédio Moral no meu país, mas como ele é sócio preferi ficar na minha. O que eu entendia quando lia seus lábios eram coisas sem nexo, besteiras, palavras chulas e era visível como Benjamin também se incomodava. 

...

Bati na porta duas vezes e entrei em sua sala. Acenei com a mão e ele sorriu. Aquele sorriso ainda ia me matar.

 Aquele sorriso ainda ia me matar

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"Fiz o relatório do mês. Quer dar uma olhada?"

- claro! 

Sorri ao ler seus lábios e me aproximei. Ele puxou uma cadeira para eu sentar ao seu lado e pela primeira vez eu pude sentir de verdade o cheiro dele. Era um perfume que eu reconheci na hora. 

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