Capítulo V- Confrontos e desentendimentos

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Sabe quando você acorda e senti como se tivesse sido atropelado por um caminhão? Eu me sentia assim, mal consegui grudar os olhos, levantei sem precisar do despertador, tomei meu banho matinal, ganhei o mundo antes mesmo de tomar café, nada descia na minha garganta parecia que algo estava entalado e precisava ser posto para fora, meu peito pesava uma tonelada, hoje sou um morto vivo literalmente.

Andei tranquilamente pelas ruas do meu bairro até chegar ao colégio, e lá estava ela na porta, hoje eu realmente não estava com paciência para as alucinações da Andreza, ela iria ter que entender que eu não estava a fim de papo, melhor se ela me deixasse em paz, porque não estava a fim de ser grosseiro com ninguém.

"Oi amor! Eu vou te perdoar por ontem e te dou uma nova chance se você pedir desculpas e disser que foi o álcool que subiu a sua cabeça."

Ela dizia me agarrando com aquele jeito grudento dela, eu já até me esquecia de novo porque gostava dela, ela era muito chata! Um corpo tão chamativo para uma personalidade tão fútil que me dava nos nervos, agora que eu a conhecia melhor não a suportava de novo, acho que para ficar com ela eu teria que sei lá, andar bêbado? Drogado? Insuportável essa garota.

"Não estou de bom humor Andreza. Deixe-me em paz hoje. Ok?"

"Sinceramente imaginei que você fosse me tratar melhor, mas você não tem jeito. Vou ter que lhe aplicar um corretivo Max. Nós estamos juntos Max para sempre."

"Como assim estamos juntos? Não viaja não existe nada entre nós dois e nem vai haver. Nunca vou ser seu vê se entendi isso."

"Acontece Max que comigo não é assim. Eu sempre consigo o que quero e você vai aprender isso de um jeito ou de outro. Você é meu e pronto e se não for meu não será de mais ninguém."

"Eu estou sem paciência para seus delírios e se quer saber, meu cachorro sumiu, acabei de perder meu melhor amigo e não estou a fim de ti aturar hoje."

"Tudo isso por causa de um vira-lata? Realmente Max você é muito sentimental, chega a ser bonitinho. Como eu não estou muito a fim de escutar seus choros por causa de um cachorro. Vou indo depois nos falamos."

E ela saiu rindo de mim com um brilho diabólico no olhar, eu realmente não entendia essa garota, vive dizendo que gosta de mim e agora quando surge uma oportunidade de demostrar faz desdém e chega a ser um tanto cruel pensar somente em si pouco se importando com os outros.

Sabe o lado bom dos animais? Eles são sinceros e não sabem fingir ou mentir. A manha foi longa, parecia que o relógio se negava a andar, esse é motivo pelo qual muita gente não gosta da segunda feira, é o dia da semana que é longo demais e cansativo também, parece que muita coisa de ruim acontecia na segunda, ou talvez seja eu que estava nenhum pouco a fim de estudar e quando por fim acabou, estava o colégio inteiro falando de mim e Andreza o casal do ano, e ainda que fosse verdade eu não queria ninguém falando da minha vida o povo estava tão sem noção que já falavam que estávamos de casamento marcado, tínhamos ficado apenas algumas horas e eles já faziam planos para nós da nossa vida inteira como o povo é criativo, também fui levado à sala do direto fiquei me perguntando o que aquele homem enorme queria comigo.

O diretor do colégio era um homem robusto, alto e gordo com bigodes enormes, sua sala cheirava a enfermaria, com uma mesa no fundo e algumas estantes abarrotadas de livros, um computador sobre a mesa, ele sorrio a me ver entrar.

"Sente-se Maxsuel. Já fazia tempo que queria conversar com você. Como você deve ter ficado sabendo a escola recebeu verba para implementar uma sala de informática, eu sei que você tem dons com os computadores e queria que você organizasse um sistema de controle em todos os computadores."

"Ah sim Senhor Francisco. Quando os computadores irão chegar?"

"Eles chegarão semana que vem e, além disso, nos vamos também começar com os laboratórios de informática e gostaria também que você ficasse sendo um monitor auxiliar. Acredito que você seja capaz, eu posso contar com você Maxsuel?"

"Claro senhor assim que estiver tudo pronto o senhor me avisa para que eu me prepare."

Foi uma conversa meio estranha para mim, sabe o reconhecimento do meu talento vem aos poucos, talvez assim minha mãe me deixasse em paz e passe a aceitar-me como sou o mais estranho é que o dia estava um sol frio, carregado de nuvens dia estranho.

Cheguei a casa peguei uma foto do Pipoca que tinha no meu computador e coloquei para imprimir várias cópias para distribuir na região tiradas as cópias me preparei para sair. Saí pelas ruas colando fotos do pipoca por todos os lados a esperança é que eu ainda o encontre.

Rodei o bairro inteiro novamente, mostrando a foto perguntando um e outro e nada por fim cansado de tanto andar retornei a minha casa. Entrei e me joguei no sofá quando acabo de sentar a campainha toca, vou atender sem animação nenhum quando abro a porta me deparo com uma figura a minha frente incomum, alguém que eu nunca pensei que um dia fosse estar na minha casa, era surreal, mas ela estava lá, meus olhos brilharam quando vi o que ela carregava nos braços, mal pude conter um sorriso largo e verdadeiro.

Kathy estava na minha frente com Pipoca nos braços a garota rica filha do dono da empresa que minha mãe trabalha com meu cachorro vira lata, ás vezes o destino nos prega peça e parece nos dizer que muitas vezes apesar dos bolsos recheados eles ainda são humanos.


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(Continua...)

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Amores que Curam ( Degustação)Where stories live. Discover now