Capítulo 7 - Mas o que é que eu faço?

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Olá!! 

Eu sei que deveria ter sido na quarta, mas foi-me completamente impossível publicar! Contudo deixo aqui o novo capítulo, falta meia hora para o casamento e mais uma pessoa aparece! Acham que ela se casa ou não?

Não se esqueçam de votar e comentar!

Beijinhos & Boas Leituras

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- Diz-me que não é com o filho daquele crápula que te vais casar? – Perguntou o meu pai, quando lhe anunciei o casamento.

- Ele chama-se Marcos. – Falei.

- A tua mãe é que a culpada disto tudo. – Resmungou.

- Eu vou-me casar porque quero. – Retaliei. Era mentira, ou pelo menos começara como uma imposição da minha mãe, e eu acabara por me habituar à situação.

- Diz-me nos olhos que te vais casar porque realmente amas esse rapaz e eu vou ao teu casamento com muito gosto. – Pediu-me.

Olhei para ele, eu tentei, juro que tentei. Procurei a ajuda que precisava em todos os anos de teatro da escola, no meu melhor lado de mentirosa, mas não consegui. Eu não consegui mentir-lhe nos olhos, mentir aquele que deu sempre tudo para que a minha vida fosse a melhor possível.

- Eu sabia Jéssica. – Falou, aproximando-se de mim. Pousou a sua mão no meu ombro e levantou a minha cabeça, que, entretanto, por vergonha se tinha direcionado para o chão. - Não és obrigada a fazer isto.

- Eu tenho que fazer, ele é bom rapaz. – Tentei arranjar desculpas, mas com o tempo a apertar eu precisava de mais do que boas desculpas.

- Eu não estarei lá. – Os meus olhos arregalaram-se, ele não me podia fazer isto. – Eu não consigo ver a minha filha a destruir a sua vida.

- Por favor. – Supliquei.

- Não filha, irei ao teu casamento quando for com o homem que realmente amas.

***000***

Falta 30 minutos para o casamento...

- Estás perfeita! – Exclamou a minha mãe quando a maquilhadora acabou o seu trabalho. Estava farta de envergar aquele vestido, tinha constantemente vontade de ir à casa de banho e com todo aquele tule era impossível.

- A perfeição não existe. – Retaliei.

- No teu dia de casamento tens direito a ela. – Respondeu-me a minha progenitora. Ela envergava um vestido que tinha sido tão caro quanto o meu, não percebia qual era o objetivo dela, provavelmente queria ter o seu protagonismo.

- Sim. – Foi a minha única resposta. Com isto ela saiu do quarto para minha grande alegria, finalmente estava novamente sozinha, e tinha tempo para pensar em mim.

A minha cabeça estava num turbilhão, tanta revelação num dia que deveria ser de paz e amor, estava a dar comigo em doida. Mas o que é que eu faço? Sempre me disseram que a noiva poderia ter problemas com os seus sentimentos, mas no meu caso eles basicamente não existiam. É esse o teu problema. Lembrou-me o meu subconsciente.

- Olá. – Falou o meu pai entrando no meu quarto. Por um lado, estava muito feliz por ele ter resolvido aparecer, teria todo o gosto em ser levada ao altar por ele, e não pelo meu padrasto, mas algo me dizia que a sua visita trazia água no bico.

- Resolveste vir. – Falei animada.

- Pensei que tivesses mudado de ideias. – Falou, fazendo-me suspirar.

- Pai...

- Sonhar não custa! – Exclamou. – Eu não quero que cometas um erro de que te vais arrepender para sempre, o casamento é algo importante. – Explicou.

- Estás arrependido de ter casado com a mãe? – Perguntei, afinal o casamento deles tinha acabado mal.

- Não, apesar de tudo não. Afinal nasceste tu, a coisa mais importante da minha vida e vivi bons momentos com a tua mãe. – Falou, senti que a sua voz vinha carregada de nostalgia. Aproximei-me dele, e abracei-o.

- Vou ter o prazer de ser levada ao altar pelo meu pai? – Perguntei na esperança que ele tivesse mudado de ideias.

- Não.

- Mas...

- Eu apenas vim para se quiseres desistir teres alguém para te levar daqui para fora. – Interrompeu-me.

- A sério?

- Sim, lembra-te de duas coisas, ninguém te pode obrigar a nada, e eu estou lá fora à tua espera. – Respondeu-me dando-me um beijo na testa. Sorriu e saiu.

Será que eu vou levar isto para a frente ou desisto? Era a pergunta que andava a pairar na minha cabeça, e durante todo o tempo desde que soube que me ia casar a minha mente andava numa interrogação, a meia hora do casamento estava prestes a dar um nó.


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