CAPÍTULO 15 - A Carta

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Os soldados me soltaram e foram para suas formações. Olhando em volta, pude observar com mais clareza o lugar. Um grande deserto vermelho com grandes marcas de fogo ao chão e pedras escarlates que iam a altura de uma árvore bem grande.

Marcos em sua forma de lobo se aproximou de mim e fez sinal com a cabeça para que eu entrasse na caverna, entrei e ele veio logo atrás.

Passei a noite sem conseguir dormir folheando meu livro de criaturas mágicas a procura dos Murlocks e mais informações sobre os mesmos, só mesmo depois de muito tempo de procura, encontrei uma página com um desenho pouco parecido com as criaturas que vi mais cedo e um pequeno texto.

"Murlock é uma espécie de demônio nascidos a partir do sofrimento das fênix nos rios de lava de Beldhum; fortes e extremamente impulsivos, os Murlocks se sobressaem com técnicas primitivas, porém, muito eficazes de caça e sobrevivência."

Passaram-se algumas horas e os Murlocks nos apressaram para seguir viajem em direção ao palácio de Molvack, levaria mais ou menos cinco dias de viagem até as terras de Molvack.

Depois de algumas horas caminhando, percebi que o colar que Celeste me dera estava brilhando e vibrando incessantemente em meu peito. Descobri também que o nome do líder dos Murlocks era Dolvin e que ele fez um tratado de paz com Molvack fazendo dos Murlocks umas das poucas criaturas sub-humanas que não foram aniquiladas completamente na grande guerra de prata.

O amuleto não parava de brilhar e vibrar em meu peito e isso estava ficando nítido. Depois de horas e horas de uma caminhada exaustiva debaixo de um sol que parecia fritar a minha pele e me deixar no ponto para um assado; o que me lembra que não como nada descente desde que saímos da cidade.  De hora em hora os Murlocks se alimentavam do fogo que saiam das crateras abertas pelo caminho, eu recusava alegando que me alimentava da luz do sol (é, não se pode ser uma boa mentirosa sempre né?). Minha salvação era o período da noite em que Marcos achava caça para nós dois e eu podia comer algumas frutinhas e/ou pedaços de carne de animais que ele caçada pela região.

Era noite e o colar brilhava mais que em qualquer outro momento, me levantei para (TENTAR) respirar um pouco de ar fresco em meio a esse inferno. Ouço algo vindo de cima.

Um pássaro?! Sim, um lindo gavião acinzentado sobrevoava-me lenta e graciosamente pairando sobre minha cabeça. 

A ave se aproximou e soltando um pergaminho se afastou sumindo no imenso céu rubro daquela noite quente. 

Abri o pergaminho, e para minha surpresa era uma carta de Thommus!

"Jovem Safira, sei o que estás passando e lhe peço calma.

Calma, pois, sabemos que não está sendo fácil e que não virá a ser. Calma pois sua jornada está apenas a começar e tens um longo caminho a percorrer. Me desculpe por não podê-la acompanhar em sua jornada, porém, estou a lhe enviar a lista dos itens deixados pelos 5 grandes líderes das Terras de Prata. Com eles, você encontrará o seu destino e nos guiará para a luz novamente.""- 1; O Diadema, da rainha Hecate. 2; O amuleto "coração de dragão", da rainha Flora. 3; O escudo de Alastor, o Druida. 4; O lamento de Jonith, a fada e 5; A lâmina sagrada de Erdhon, o rei de prata." 

Após ler a carta eu corri em direção a Marcos que estava dormindo em sua forma de lobo.

-Marcos, Marcos acorde.- sussurrei sacudindo-o.

Ele acordou e se transformou novamente em homem.



As Crônicas da Terra de Prata (Wattys2017)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu