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Como é difícil dizer adeus,expressar
seus sentimentos,escoar sua raiva.Desabafar!!.
Tudo que eu queria era seguir em frente sem olhar para trás.
Mas não dá,antes de ir,preciso colocar em palavras o tanto que meu coração sangra.... Só assim est...
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Naomi 🍃
Estou andando sem saber como agir. Ele está me guiando até sua casa,e eu simplesmente estou o seguindo. Assim,feito uma criança fazendo o que sua mãe manda.Não sei dizer exatamente o que senti quando ele me beijou.Não foi apenas raiva,fiquei brava sim,ele me tocou,me beijou sem minha permissão.Mas eu não o tirei,não mandei que parasse,eu queria mais.Se eu tentar descrever o que sentir,tentar encontrar algo para comparar...Talvez eu pudesse dizer que é a mesma sensação que temos ao tomar água depois de andar quilômetros com sede. Eu nunca senti o que ele me causou apenas com um beijo.Nem no meu momento mais apaixonada pelo Renato. Esse estranho que está andando agora lado a lado comigo tão pensativo quanto eu,me deu apenas um beijo,ele não me tocou em nenhum outro lugar além da minha nunca e cintura.Ele usou apenas sua boca na minha.Claro,sua língua fez uma belo trabalho também,dançou conforme a música. Realmente estou numa enrascada.Ele agora tem uma prova contra mim,uma vez que eu retribui o beijo,ele já pode me acusar. E nem me pergunte onde estou com a cabeça indo para casa dele. Não saberia te responder.Minhas pernas estão me levando sem meu consentimento.Juro!!!
—Estou vendo sair fumaça dos seus ouvidos ...O beijoqueiro diz me olhando de lado.—Não pense tanto.Faz doer a cabeça.
Estalo minha língua em desaprovação.
—Eu estou me perguntando desde quando me tornei uma molengas.Eu deveria estar indo no sentido contrário.Para minha casa.
Ele nega com a cabeça.
—Você não vai se arrepender.Confie em mim!. Ele me diz e volta ao seu modo pensador.
E eu voltei também com meus pensamentos.Agora um pouco mais além.Ele usando a palavra confiança,e eu que não acredito que posso confiar em mais ninguém.Não depois de tudo que passei. Andamos por poucos minutos,e logo ele para em frente ao que me parece uma loja .
—Essa é minha marcenaria,eu moro ao lado mas fechei a passagem social e deixei apenas por dentro da loja .
Eu balanço a cabeça assentindo.Olho ao redor e me sinto constrangida,percebo que algumas mulheres nos observam,algumas torcem o nariz...Antes que eu diga algo ele parece que percebe minha agonia.Chega próximo a mim e tenta me tranquilizar.
—Ei.Não precisa ficar constrangida, muito menos preocupada com nenhuma delas,elas devem estar estranhando me ver acompanhando.Eu não trago ninguém para minha casa, não sou uma pessoa muito sociável. Elas só estão curiosas.
Eu tento sorrir e não tenho sucesso.Logo ele abre a porta menor e me da passagem, entrando logo atrás de mim.No momento em que ele fecha a porta e o breu toma conta do espaço eu me sinto estremecer um pouco.Rapidamente ele se aproxima e segura minha mão.
