Capítulo 15

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Eu estava realmente sem sono, desde minha última decepção amorosa eu não podia dormir bem e estava acordando antes mesmo de Min Jun que costumava madrugar para fazer seus exercícios matinais.

Como estava cedo demais e minha barriga ainda não recamava por comida permaneci sentada na cama encarando a parede à minha frente e pensando em alguma forma de esquecer aquele homem e tirá-lo de minha cabeça. Eu precisava esquecê-lo, afinal nem meus remédios para dormir faziam mais efeito. O amor é algo verdadeiramente poderoso.

Min Jun se moveu na cama e vagarosamente abriu os pequenos olhos e esticou seus braços bocejando me fazendo também bocejar.

— Ei.

— Ei – Disse sonolento – Já está acordada de novo? – Ajeitou-se sentando na cama – Ainda não superou?

— Se eu disser que estou bem, estaria mentindo. É um amor de muitos anos, não dá para simplesmente superar de um dia para o outro, esquecer leva tempo.

— Eu não sei se fico triste por estar deprimida ou feliz porque nunca mais encheu meu saco!

— Idiota! – Dei um soco em seu braço – Isso é sério.

— Estou tentando te animar se ainda não percebeu!

— Eu deveria te dar os parabéns por isso? Estou sofrendo muito sabia!

— Aish! Está tão mal assim?

— Estou me sentindo uma merda, acho que nunca encontrarei o amor novamente – Choraminguei um tanto dramática e ele franziu o cenho se afastando pouco a pouco de mim.

— Às vezes você me assusta Lisa! – Saltou da cama com uma disposição invejável e entrou no banheiro.

A campainha tocou quando tomávamos nosso café da manhã, eu comia cereais coloridos e leite, enquanto Min Jun bebia seu suco verde e comia algo saudável cujo nome era desconhecido para mim.

O estranho era que nossa campainha nunca tocava. Sequer tínhamos vizinhos. E se Genna precisasse falar conosco, apenas nos ligava e gritava no Viva-Voz.

Hyun Min Jun parou de beber seu suco e de comer o que quer que fosse aquilo em seu prato e arregalou os olhos.

— Você também ouviu isso?

— Sim, talvez seja só o carteiro!

— Carteiros não tocam a campainha e mesmo se tocassem nossa correspondência vai para nossas casas de verdade.

— Então quem é?

— Não tenho a menor ideia, eu deveria verificar – Abandonou sua comida e saiu marchando em direção à porta da frente e o segui receosa.

Ele parou em frente a porta e girou a chave para a destrancar, girou o trinco e abriu uma pequena fresta, o suficiente para descobrir quem estava do outro ado.

— Omo! Omo!

— O que está acontecendo aí! – Indaguei atrás dele tentando ver algo.

Min Jun abriu a porta e um jovem rapaz alto, de olhos pequenos, cabelo castanho liso e um sorriso encantador aguardava do lado de fora.

Confesso que segurei minha respiração por alguns segundos e tenho plena certeza de que devo ter babado um pouco.

Sabe quando acontece nos filmes que um personagem vê alguém muito bonito sopra um vento em seus cabelos e tudo ao seu redor fica radiante e em câmera lenta? Foi desse jeito que eu o vi. Seus cabelos balançavam com um vento que eu tinha quase certeza que só existia em minha mente e havia uma aura radiante em torno dele. Saí de meu transe quando ele abriu a boca e gritou animado olhando para meu marido que parecia incrédulo com o jovem a sua frente.

Recém Casados [Reta Final] Onde as histórias ganham vida. Descobre agora