|Capítulo 4|

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Bella.

Posiciono o ultimo talher sob a mesa de jantar e me afasto para admirar meu serviço, tudo impecável. Victor havia ligado algumas horas atrás avisando que teríamos convidados para o jantar, iriam comemorar alguma coisa que duvidava muito que me interessasse.

E apesar do pouco tempo consegui preparar um belo pato assado e alguns acompanhamentos deliciosos. Já havia tomado meu banho e vestido um vestidinho tubinho prendendo meus cabelos em um coque elegante, estava no mínimo apresentável. Já que não sabia qual era a ocasião.

O dia tinha sido ligeiramente corrido com minha agenda apertada, a ultima coisa que eu queria era ter que fazer qualquer coisa que não fosse deita em minha enorme cama e ler um bom livro até meus olhos pesarem pedindo por um minuto de descanso.

Minha noite tranquila foi por agua abaixo.

Quando ouvi os carros estacionando em frente a casa corri para pegar o vinho no porão, em nossa pequena adega de vinhos antigos. Victor havia especificado o dessa noite.

Coloquei a garrafa de La Chapelle sobre a mesa e corri para esperar Victor entrar junto a seus amigos.

A porta se abre e no mesmo instante ouço as risadas histéricas entre eles.

—Olá querido– o comprimento.

—Está tudo pronto?– pergunta ele me entregando o casaco, assinto– ótimo.

Victor irrompe em direção da sala de jantar sendo seguido junto a seus amigos que conforme vão passando, vão me entregando os casacos.

Penduro todos no armário ao lado da porta e vou atrás deles que já estão todos sentados em volta da enorme mesa.

—Nos sirva o vinho Bella, por favor– Victor pede se concentrando nos amigos que conversam sem parar tornando uma grande algazarra barulhenta.

Assinto e abro o vinho para servir as taças, sirvo de uma em uma rodando pela mesa, ao acabar retiro as tampas de toda a comida e antes mesmo que eu possa dizer algo eles a atacam como se fossem mortos de fome.

Reviro meus olhos levando tudo para a cozinha.

Caminho de volta tomando meu lugar a mesa ao lado de Victor que não para nem um instante de conversar.

—Pense bem, se todos os presídios ao redor do mundo tomassem esse tipo de providencia, nunca mais haveria brigas– diz ele– mas nem todos são tão inteligentes quanto eu– se gaba no final.

—A enfermeira disse quanto tempo os detentos vão demorar para se recuperar?– um dos policiais a mesa pergunta me fazendo arregalar os olhos levemente– Enquanto estiverem na enfermaria sendo mimados vão gostar, não vai ter adiantado de nada no final.

—Não é algo que eu esteja preocupado– Victor dá de ombros– até por que Tauros chorou como um leitão filhote jurando que não arrumaria mais brigas.

—E o outro?– outro policial se pronunciou.

—Romeo está sendo um grande problema, aquele imbecil acha que é intocável e parece pouco se importar com as chibatadas ou em recebe-las novamente, preciso de outro método para ele e...

—Chibatadas?– digo chocada sem poder conter minhas palavras.

Victor me lança um olhar repreendedor, eu sabia que não poderia me intrometer, ainda mais na frente de seus amigos, mas eu estava tão chocada em saber que Victor havia chegado a esse ponto.

Condenados a Amar. (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora