CAPÍTULO 03.

23.3K 2K 121
                                    

      O sol escondia-se atrás das montanhas expondo os últimos raios solares nas nuvens rosadas e alaranjadas. Com o afastar da luz do sol a lua já começava a retornar seu brilho iluminando os bosques.

     Pequenas e belas criaturas noturnas despertavam com o nascer da lua, aves voam pelo céu estrelado a procura de alguma pressa e pequenos seres luminiscentes, que usam sua luz para atrair presas pequenas, já vagavam pela floresta iluminando e embelezando a natureza com as diversas luzes em tons diferentes com cores fortes.

     Em meio a floresta noturna uma pequena fada voa desviando-se dos galhos das árvores e de plantas carnívoras, sua forma pequena atraia muitos predadores, mas por ser a sua forma mais ágil de vôo opitou por continuar. Ela escondia-se ligeiramente por entre as folhas ao ver aves noturnas sobrevoando o local, logo avistou o caminho entre as flores brancas amareladas. Bateu as asas delicadas rapidamente e foi até a entrada mais próxima do seu refúgio, passou pelo buraco estreito até sair completamente em seu hábitat natural, o Reino Γαβιιζζ.

     O Reino Γαβιιζζ era repleto de encantos e belezas exóticas. A entrada era infestada por flores mágicas que eram responsáveis pela segurança do bosque, elas impediam que seres sem luz entrem. A pequena fada voa por entre as flores que brilham em tonalidade de branco puríssimo, as pétalas soltam pó brilhante feito purpurina ao sentirem a alma pura e a luz da fada que bate as asas apressadamente.

     Ao atravessar as flores, chamadas φaως, devido a sua alta densidade de luz e pureza do branco das pétalas. A fadinha sobrevoou o céu iluminado pela lua azul, atravessando a aurora boreal e já tomando a sua forma natural, que consistía em um corpo grande com longas e grandes asas borboletas pontiagudas. Sua roupa torna-se leve, cobrindo os seios com tecidos brilhantes semelhante a pétalas de girassol, possuía no pescoço um cordão com um cristal que revelava o seu dom dado pelo Criador.

     As orelhas eram pontiagudas e na cabeça havia uma coroa simples composta por pequeninos girassóis. Sua barriga era coberta apenas por um fino tecido transparente que descia para a cintura tornando-se branco amarelado, transformando-se em um longo e majestoso vestido. Seus cabelos são loiros com leves mechas brancas e alaranjadas, já as asas pareciam uma seda tão fina que possibilitava a luz de atravessa-las, a cor cintilante lembravam ao arco-íris, já as pontas pontiagudas eram desenhandas com um amarelo bem forte. O tecido fino desce como cascata pelo seu corpo até os pés. O vestido possuía diversas divisões em pontas finas e esvoaçantes, já os pés eram apenas enfeitados por tiras douradas que entrelaçam um dedo do pé e sobem trançando fazendo caracóis na panturrilha.
As asas suavizaram seus batidos e ela preparou-se para pousar em uma gigantesca folha azul, a entrada do Bosque sempre estava vazia tendo poucos animais alados pelo local.

      ζμηα possuía uma categoria mágica da luz tendo uma patente alta, foi solicitada pela Protetora do Bosque quando um rastro negro adentrou o Reino apodrecendo a natureza e acabando com o encanto e a magia daquele lugar. Ao pousar, observou uma neblina densa e escura fazer um rastro fino, porém poderoso ao ponto de destruir por onde passava. ζμηα aproximou-se e esticou os dedos finos tocando a neblina que envolveu sua mão, subindo para seu corpo que começou a sentir a intensidade da negatividade esmagadora pressionando seu corpo, mas logo afastou-se aquela escuridão quando ela assustada clamou por proteção ao seu Criador. As trevas conteve-se quando o nome יֵשׁוּעַ foi dito, pois tamanho era o temor daquele que tinha poder e autoridade sobre o mundo.

      Afastou-se inquieta, bateu as asas e adentrou o bosque. O pequeno caminho era enfeitado e iluminado por cristais e animais que possuíam listras brilhantes pelo corpo, logo a frente uma grande cascata com águas azul fluorecente caía em um belíssimo rio que corria por todo o local transformando-se em uma água cristalina. Apesar da beleza genuína do local e a paz que era transmitida pelo povo que sempre lutou para viver em constante harmonia com os demais Reinos, uma energia estranha corria pelo lugar.

A Sereia. (Repostando 01/08/2021)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora