CAPÍTULO 01.

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Dois Mundos.

Duas Almas.

Um sentimento.

      A água salgada batia nas rochas oceânicas em um constante vai e vem, a espuma branca subia para o céu azul rico em estrelas e com poucas nuvens

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      A água salgada batia nas rochas oceânicas em um constante vai e vem, a espuma branca subia para o céu azul rico em estrelas e com poucas nuvens. Algumas sereias saltavam as ondas enquanto outras apenas dançavam rodando as nadadeira ao som de harpas e corais.

     A Lua Dourada iluminava o céu com seu brilho glorioso, os raios lunares amarelados parecían ouro ao tocarem o mar. A música semelhante a batidas de coco ecoava pelo lugar em um timbre suave e harmonioso.

     Sēllėnå descansava a cauda em uma parte mais afastada do resto do povo, sentada em uma pedra coberta por musgo e conchas antigas, a longa cauda repousava sobre a pedra tomando quase todo o espaço da mesma. O reflexo da luz do luar batia contra as escamas mostrando sua cor tão sedutora. O começo era branco como as nuvens no céu e logo o branco mesclava com o azul celeste que logo tornava-se ciano, a nadadeira era em um lilás quase transparente, tão tênue e claro como um véu de uma noiva, que parecia que a qualquer momento fosse rasgar. A cauda possuía barbatanas semelhantes a nadadeira, duas tiras pontiagudas nas laterais desciam pelo comprimento.

      As escamas brancas subiam pela pele clara da barriga, era possível ver desenhos delicados sobre a pele próximo aos seios expostos. As ondas batiam fortemente na pedra respingando a água salgada nos mamilos, os bicos enrijecidos e rosados eram rodeados por escamas.  O corpo de uma sereia levava ao delírio qualquer homem e qualquer humano, o corpo é sedutor, chamativo e extremamente atraente, belo em curvas que pareciam ser desenhadas a mão.

     O rosto continha uma feição delicada, lábios medianos e rosados, já os olhos era uma cor que ninguém nunca viu, um tom de lilás que mesclava com um roxo intenso. Sereias poderiam ser facilmente identificadas por conta da coloração peculiar dos olhos, nunca era uma cor só. Um azul sempre mesclava com o rosa ou vermelho, castanho mesclava com o esmeralda ou ciano, tudo dependia da coloração especial dos cabelos.

     Os cabelos de Sēllėnå batia até o início da cauda, possuíam a raíz branca e logo tornava-se lilás ao chegar no comprimento, continha ondas que ao chegar no final tornavam-se cachos grosos. Sereias eram o sinônimo de perfeição, lindas e delicadas, mas tudo que é belo é perigoso.

Por que tão sozinha, bela dama?

     Sēllėnå permanecia afastada do cardume, admirando a Lua Dourada brilhar no céu. Não assustou-se quando o timbre rouco pronunciou palavras em seu idioma materno, um tritão aproximava-se cuidadosamente pela água escura do mar. A cauda verde esmeralda bateu sobre a água enquanto as ondas o empurravam em direção a pedra.

O que queres? — o tom saiu desinteressado ou até mesmo tedioso, estava pensativa e queria ficar sozinha.

Sempre tão arisca... — Sēllėnå estica a cauda batendo-a contra a pedra, não queria companhia, principalmente a dele, seu futuro noivo. — Sabes que não podes fugir do destino, meu amor —  um chiado parecido com de uma cobra sai de seus lábios, ele finalmente ganhou sua atenção. O idioma era complexo e impronunciável por qualquer ser que não seja de sua espécie aquática, mas sereias também se comunicavam bastante por sinais, movimentos do corpo e olhares. Pois, por serem seres aquáticos não estavam muito acostumados a ficarem batendo papo, então a comunicação corporal era sempre a mais frequente e mais importante.

A Sereia. (Repostando 01/08/2021)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora