Capítulo 30: Sign of the times

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- Leah te contou que eu te indiquei? - Ele parecia desconfortável.

- É. Você não queria que eu soubesse? - Questionei cerrando um pouco meus olhos- Por que? Achou que isso poderia... Me confundir?

Ele se silenciou, parecia pensativo.

- Eu não sei, como isso te confundiria? - ele revidou a pergunta. Como sempre Charlie queria ir pelas beiradas, ele queria dar voltas ao invés de dizer claramente o que sentia.

- Charlie. - revirei os olhos balançando a cabeça- O que sente por mim? E não me diga que é raiva ou qualquer coisa parecida porque quem odeia não ajuda. Quem odeia não faz o que você fez por mim. - Seus olhos passaram de perdidos para profundamente entristecidos.

Ele colocou seu copo vazio dentro da sacola de papel com as outras embalagens.

- Não te trouxe aqui para falar disso. - ele respondeu com firmeza.

- Se não foi para conversar, por que me trouxe aqui? Não podemos fugir desse assunto por muito mais tempo.

- Eu não consigo dizer. Não dá Sam. Meu Deus- Ele abriu os braços parecendo perder a paciência- Você não consegue entender? É tão simples entender. Por que não consegue entender?

- Okay Charlie. Calma. Agora você está pirando. Como eu vou conseguir ler seus pensamentos? Eu tenho que saber o que você sente antes que... - O ar faltou em meus pulmões. Doeu em meu coração porque eu sabia que já estava ferrado.

- Antes de que? - ele perguntou e permaneci calado- Antes de que Sam? Me fala- Charlie tocou meu ombro.

-Não. Charlie, não dá okay? Você quer me enlouquecer? Por que está fazendo isso comigo? Porra, me diz agora que só me beija para zoar, me diz agora por favor que nada significou nada para você, que não dá a mínima. Só diz- sussurrei a última parte porque eu já estava sem conseguir respirar.

Foi impossível não se arrepiar quando olhei em seus olhos e Charlie estava prestes a chorar, tinha um sorriso no canto dos lábios e balançava a cabeça.

- Samwell, eu não posso dizer isso. Porque não é a verdade. Te beijar muda toda a minha vida. Destrói caminhos que eu tracei. Me põe em um risco que eu não estava preparado para correr. Mas...- ele abaixou a cabeça por alguns segundos mas logo depois encontrou meus olhos novamente- Eu queria fazer isso toda hora.

- Por que Charlie? Por que se te afeta tanto?

- Não sei. Só é assim.

Ficamos calados, eu encarava cada traço de seu rosto. Charlie era o garoto mais lindo de Holmes Chapel e de perto parecia mais ainda. Como ele pode dizer aquilo? Por que meu coração batia a ponto de eu achar que iria infartar. Olhei para sua boca carnuda e só tinha um destino ao qual eu queria ir, rumo à ela.

Encaixei meus lábios nos dele. Beijei-o delicadamente e não demorou para sentir suas mãos fortes passeando por todo meu corpo. Ele me puxou para seu colo e eu tirei sua camisa. Precisava sentir seus músculos novamente, queria que minha pele entrasse em contato com a dele.

Os beijos abandoram sua suavidade e agora eram como uma tempestade de verão. Intensa e incontrolável. Podia senti-lo crescer mais embaixo de mim. Isso só me instigava mais e mais. Não queria limites naquele momento. Retirei minha camisa e Charlie avançou sobre meu pescoço.

Meus gemidos preencheram o carro. Suas mãos apertavam minhas coxas e até esqueci que elas estavam doloridas naquele momento.

Me posicionei no banco de carona de forma a conseguir ir até sua calça. Massageei-o por cima do tecido. Ele gemeu e me olhou como se esperasse o que eu iria fazer em seguida. A verdade é que eu estava nervoso mas eu queria aquilo mais que tudo, queria ver até onde podíamos ir.

Abri seu zíper. Sua cueca branca ganhou espaço, passei a mão por ali e não esperei muito para desce-la de forma a poder tocar em seu membro, estava tão rígido e ao vê-lo uma onda muito maior de luxuria me consumiu. Comecei a massageá-lo e então ele segurou minha cintura e puxou-o para si abrindo minha calça em seguida, ambos expostos.

Sentei-me e quase delirei ao sentir sua mão tocando minha região mais íntima e sensível, eu estava completamente excitado ao seu comando. Juntos começamos a acariciar um ao outro. Gememos juntos. Nos beijamos mais e mais. Nunca senti tanto prazer em toda a minha vida. Quando terminamos caímos juntos no mesmo abraço. Ofegantes, satisfeitos, leves.

Vestimos nossas roupas outra vez. Não paramos de nos beijar até voltarmos à estrada.

Só então ao por meus olhos no caminho, percebi o que tinha acontecido.

- E agora Charlie? - perguntou em seguida.

- Agora nós continuamos nossas vidas. - ele sorriu sem tirar os olhos da estrada.

- O que significa isso? - Inclinei meus olhos para ele. E senti... Medo?

- Você não sai da minha vida. Eu não saio da sua. - Seu sorriso fez eu me sentir aliviado.

Não fazia ideia dos reais sentimentos de Charlie em relação a mim e nem dos meus em relação a ele. Era tudo tão contraditório e confuso mas eu sabia do que senti enquanto estava naquele carro. Senti-me completo. Cheio de diversos sentimentos e sensações que nunca senti antes. E era revigorante.

Só quando passamos em frente da casa dos Jones-Miller, ao avistar a fila de carros, lembramos da comemoração que os pais dele iam fazer.

- Se a festa terminar muito tarde você pode dormir aqui. - Charlie sugeriu ao tirar o cinto de segurança.

- Mas eu moro a poucos metros... - franzi o cenho.

- Verdade. Mas seria bom você dormir no quarto ao lado, tão próximo. - ele falou como se fosse algo natural de se dizer. Como se fosse uma sugestão inocente.

Saiu do carro.

Parei por alguns segundos. Talvez eu fosse morrer cedo por problemas do coração, talvez um infarto. Não sei se meu coração aguenta tantas emoções assim.

Continua...

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Fiquei meio tensa porque hoje( quando escrevo) é sexta-feira santa e eu escrevi um semi-hot, mas espero que não seja ofensivo. Escrevi com boas intenções seguindo o planejamento do meu trabalho. Mas estou postando no sábado.

Minha maratoninha de páscoa continua. VOTEM que posto mais!!!

Digam coisas que querem que eu escreva, algo sobre a história, algum casal ou sei lá, podem levar em conta todo o livro de no quarto ao lado, primeira, segunda e terceira temp.

Bjssss, love you so much!

Entre VírgulasWhere stories live. Discover now