Capítulo 1.

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Elisa McCarthy.

O nome da garota que eu mais amei em toda a minha vida.

E não foi um amor clichê que aconteceu a primeira vista, foi um amor que aconteceu de forma lenta e incrível.

Dizem que o amor é como um vaso e pode se romper com qualquer esbarrão, mas mesmo a morte não separou meu amor com Elisa.

Vejo agora o pequeno santuário que fizeram na frente da escola, um retrato com a melhor foto de Elisa, na minha opinião as melhores fotos de Elisa eram as fotos que eu tirava quando ela estava distraída, mas a maioria escolheu aquela. Em volta do retrato, flores, bilhetes e objetos que lembravam o triste momento.

Hoje faz um mês, um mês que a morte abriu as asas e levou Elisa para longe. Acho que um tiro seria mais leve que a grande notícia.

Ainda não superei o fato de Elisa não estar entre nós, a lápide me faz lembra lembrar os bons momentos que vivemos.

15/6/1997
15/6/2016

Um suicídio. Era seu aniversário de 19 anos. Sim, Elisa McCarthy se suicidou em seu próprio aniversário.

E aqui estou eu, lembrando dos nossos momentos, e são cada momentos bons...

A aula perdeu a graça para mim, entrei no meio da multidão e sai do estacionamento da escola.

Fui caminhando até minha casa, pensando nas respostas que eu daria aos meus pais caso eles me afogassem em perguntas...

Cheguei até a porta de minha casa, encontrando de frente com uma caixa de sapato toda colorida e desenhada.

Segurei a caixa em minhas mãos e abri, era algo realmente estranho, fitas, eram fitas de áudio.

Entrei em casa segurando a caixa, fui direto para o quarto, ignorando a presença de meus pais.

Eram quatro fitas, peguei uma delas e ela estava com o número 1 escrito com pincel vermelho, do outro lado da fita tinha o número 2.

" Meu filho... Rafa... Por que não está na escola? " - Disse minha mãe chamando minha atenção.

" Um mês mãe! Hoje Elisa faz um mês de falecimento, a escola ta meio de luto... " - Respondi.

" Que fitas são essas na sua mão? "

" Recebi hoje! Tem algo com que eu possa ouvir? "

" Sim! Eu já volto! "

Minutos depois, minha mãe voltou,  segurando um tipo de suporte para fitas com um fone de ouvido.

Peguei a primeira fita, do lado do número 1 e coloquei no suporte.

" Olá, eu sou Elisa, Elisa McCarthy, se estiver ouvindo isso, você com certeza é um dos sete, ou é um intruso! "

" É fita de músicas Rafa? " - Pausei.

" Mãe... É algo pessoal... Pode me dar licença? " - Com um simples ok, minha mãe saiu do quarto.

Dei play na fita...

Born To Die • rafael langeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora