Capítulo 17: O Terço da Misericórdia meditado por Santa Ir. Faustina

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Vós morrestes, Jesus, mas uma fonte de vida jorrou para as almas e abriu-se um mar de misericórdia para o mundo.
Ó fonte de vida, insondável misericórdia de Deus, envolvei o mundo todo e derramai-Vos sobre nós. (Diário no. 1319)

Reza-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Creio.

1º mistério:

Oração e agonia de Nosso Senhor Jesus Cristo no Horto

Nesse momento, a minha mente foi estranhamente iluminada.
Surgiu diante dos olhos da minha alma uma visão que era como a de Nosso Senhor no Jardim das Oliveiras. Primeiramente, os sofrimentos físicos e todas as circunstâncias que os agravavam; em seguida os sofrimentos espirituais em toda a sua extensão e ainda aqueles dos quais ninguém saberá.
Essa visão englobava tudo: julgamentos injustos, difamações.
O que escrevo é um resumo, mas esse conhecimento era tão claro que, o que mais tarde passei em nada era diferente daquilo que experimentei nesse momento.
O meu nome devia ser “vítima”.
Quando terminou a visão, um suor frio me cobria a testa.
(Diário no 135)

Fazei de mim, Jesus, um sacrifício agradável e puro ao olhar de Vosso Pai.
Jesus, transformai-me a mim, miserável pecador(a), em Vós, pois Vós tudo podeis, e entregai-me ao Vosso Eterno Pai.
Desejo tornar-me uma hóstia de expiação diante de Vós…
(Diário, no. 483)

Na conta do Pai-Nosso:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e os pecados do mundo inteiro.

Nas contas da Ave-Maria:

Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.



2º mistério:

A Flagelação de Nosso Senhor Jesus Cristo

Quando cheguei para a adoração, logo me envolveu o recolhimento interior, e vi Nosso Senhor amarrado ao tronco e logo sobreveio a flagelação.
Vi quatro homens que se revezavam a açoitar o Senhor com azorragues.
O meu coração parava só de olhar para esses suplícios; então, o Senhor me disse estas palavras:
“Sofro uma dor ainda maior do que a que estás vendo.”

E Jesus deu-me a conhecer por quais pecados submeteu-se à flagelação: foram os pecados da impureza.
Oh! por que terríveis sofrimentos morais passou Jesus quando se submeteu à flagelação!
Então, Jesus me disse:
“Olha e repara bem o gênero humano na presente condição.”
E imediatamente, vi coisas horríveis: afastaram-se os algozes de Nosso Senhor e vieram flagelá-Lo outras pessoas que seguravam nas suas mãos os chicotes e castigaram sem piedade o Senhor.
Eram sacerdotes, religiosos e religiosas e os mais altos dignitários da Igreja, o que muito me admirou.
Havia leigos de diversas idades e classes;
todos descarregavam sua maldade sobre o inocente Jesus.
Ao ver isto, meu coração entrou numa espécie de agonia.
E, quando o flagelavam os carrascos, Jesus se calava e olhava para o longe, mas quando o flagelavam essas almas que mencionei acima, Jesus cerrava os olhos e um gemido surdo, mas terrivelmente doloroso, escapava-Lhe do Coração.
E o Senhor deu-me a conhecer, detalhadamente, a gravidade da maldade dessas almas ingratas:
“Estás vendo, este é o sofrimento maior que a Minha Morte.”
Então, calaram-se também os meus lábios e comecei a sentir em mim a agonia e senti que ninguém me consolaria nem arrancaria desse estado a não ser Aquele que me introduziu nele.
Então, o Senhor me disse:
“Estou vendo a dor sincera do teu coração, que trouxe enorme alívio ao Meu Coração.
Olha e consola-te.”(Diário no. 445)

Na conta do Pai-Nosso:

Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e Sangue, Alma e Divindade de Vosso diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e os pecados do mundo inteiro.

Diário de Santa FaustinaWhere stories live. Discover now